quinta-feira, agosto 26, 2010

O anti-intelectualismo do evolucionismo

John Horgan providenciou um lembrete poderoso do cepticismo que Karl Popper tinha em relação à teoria da evolução e como isso não é nada de importante (supostamente).

O grande filósofo considerava a teoria da evolução "quase uma tautologia" e "um programa metafísico de pesquisa e não uma teoria científica testável". Devido as estes ataques à "sagrada" teoria da evolução, Karl Popper foi alvo de ataques ferozes provenientes dos ícones de "racionalidade" e "espírito crítico" da altura. Como consequência disto, ele teve que voltar atrás no que tinha dito. Mais ou menos.

Sim, "mais ou menos" porque quando foi entrevistado por John Horgan em 1992, Popper disse que "tem que se procurar alternativas!" Quem acha que se deve procurar alternativas à teoria da evolução ainda não está totalmente convertido à fé, portanto, acho que é seguro dizer que Popper não era um evolucionista tradicional - se é que ele alguma vez chegou a ser.

"Mas", diz o evolucionista tradicional "todos os cientistas procuram modelos alternativos!" Sim, mas Popper não diz que se deve procurar um outro modelo evolutivo mas uma outra teoria por inteiro.

Uma das formas que os ateus encontraram para resistir aos ataques científicos que a sua religião sofre é perguntar "Qual é a tua alternativa?!!!".

Esta pergunta revela de forma inequívoca o conteúdo religioso da caixa de pensamento evolutivo. Abrindo essa caixa nós encontraremos pensadores como Leibniz e Kant no "Iluminismo", Jerry Coyne e Ken Miller nos dias de hoje a pronunciarem verdades metafísicas que exigem uma narrativa estritamente naturalista sobre as nossas origens.

A teoria da Darwin é, no fundo no fundo, uma forma de se dizer o que Deus pode e não pode fazer. Segundo essa teoria, Deus nunca poderia ter criado este mundo. Isso é um "facto". Portanto quando os evolucionistas perguntam "qual é a tua alternativa?!, está implícito que "Deus" não pode ser a resposta. Esta resposta é rejeitada à priori porque a teoria da evolução "refutou-a".

Há alguns anos atrás eu mandei um email a um professor universitário que tinha assinado a lista de cientistas que estão cépticos em relação às alegações evolutivas. Eu perguntei-lhe o que lhe levou a colocar o seu nome nessa lista, e ele disse que uma das razões para tal é precisamente o anti-intelectualismo dos evolucionistas. Basicamente o que eles dizem é "se não aceitarmos Darwin, temos que aceitar Deus e nõs não queremos isso". E reparem nisto: o ambiente onde este professor ouvia este tipo de "argumentação" não era nas tavernas mas nos ambientes universitários, sítios que alegadamente são um local onde ideias novas e teorias com maior poder explicativo devem ser testadas e avaliadas no seu próprio mérito e não rejeitadas por motivos ideológicos.

Conclusão:

A teoria da evolução é anti-intelectual e baseada num pensamento religioso. A diferença é que todos nós pagamos para ter essa religião ensinada aos nossos filhos

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