sexta-feira, agosto 20, 2010

As pegadas do réptil e a imaginação do ateu

Existem inferências científicas que são plenamente justificadas, e existem "inferências" que nada devem à ciência. Este texto é um exemplo da segunda.
Pegadas de répteis com 318 milhões de anos

Marcas são as mais antigas de répteis e foram feitas quando havia a Pangeia.

As marcas estão em rochas junto à baía de Fundy, em New Brunswick, no Canadá. Datam de há 318 milhões de anos, do chamado período Carbonífero, de quando a Terra ainda tinha apenas um continente, a Pangeia.

Eles conseguiram ver isso apenas pela análise das pegadas?
Foi nessa época que os répteis começaram a caminhar pela Terra. É isso que as marcas mostram.
Pegadas num pedaço de rocha mostram que "foi nessa época que os répteis começaram a caminhar pela Terra"? Como é que chegaram a essa conclusão? É mesmo isso que as marcas mostram, ou é isso que é assumido pela teoria da evolução?
As conclusões da equipa acabam por confirmar uma suspeita de longa data da comunidade científica: a de que os répteis foram os primeiros seres vivos a penetrar no interior dos continentes, por terra.
Sim, antes da descoberta destas pegadas, essa suspeita não estava confirmada - pese embora ter sido propagada por todas as universidades seculares, museus evolucionistas, jornais "científicos" evolucionistas e praticamente todos os órgãos de informação maciços. Não estava confirmado mas foi anunciado como tal.

Ah, e por "comunidade científica" entendam por "comunidade evolucionista".

A antiguidade das pegadas foi importante para esta demonstração porque colocou no seu contexto temporal esta caminhada para o interior.
Mas a "antiguidade" das pegadas é assumida à partida. Como é que algo que é assumido sem evidências se torna evidência para a imaginada transição da água para a terra
"A princípio, a vida estava restrita aos pântanos costeiros, onde existiam florestas luxuriantes, que estavam cheias de fetos gigantes e de libélulas.
Não nos foi dito como é que eles sabem disto.
No entanto, quando os répteis entraram em cena, levaram as fronteiras mais para diante, conquistando o interior seco dos continentes", adiantou o mesmo investigador.
Não foi dito como é que os répteis entraram em cena nem como é que eles conseguiram levar "as fronteiras mais para diante". Não foi mostrado qualquer mecanismo capaz de transformar um não-réptil num réptil de forma que este possa levar as "fronteiras mais para adiante.
Ao contrário dos seus primos anfíbios, os répteis não necessitam de estar sempre a regressar à água para respirar e essa vantagem deu-lhes autonomia para se embrenharem pelo interior, afastando-se cada vez mais da costa.
Ou então os répteis sempre foram o que são hoje (embora variando dentro do seu tipo), e a forma de vida que foi identificada pelas pegadas é apenas um réptil que vivia nessa área. O facto do réptil ter a capacidade de navegar mais profundamente em zonas mais afastadas da água não implica que ele seja o percursor dos animais terrestres.

Conclusão:

O tipo de inferências que suportam a teoria da evolução tem tendência a serem circulares:
  • Estas pegadas provam que este animal é o link entre animais marinhos e animais terrestres.
  • Como é que se sabe disso?
  • Ora, porque os animais evoluíram do mar para a terra, e este animal encaixa-se bem nessa história.
  • Ah, então este animal não serve de evidência uma vez que a história já estava feita mesmo antes de se encontrar estas pegadas. As evidências devem vir de outra fonte. Além disso, tudo o que as pegadas mostram é que um réptil andou sobre esta rocha.
  • Sim, mas esta rocha de milhões de anos.
  • Como é que sabes disso?
  • Porque os métodos de datação assim o mostram.
  • Mas os métodos de datação só "funcionam" e "mostram" alguma coisa quando os mesmos confirmam a história; se encontrarmos (e datarmos) um fóssil com uma idade que não esteja de acordo com a história, essa datação vai ser rejeitada ou esse fóssil vai ser rejeitado.

  • Sim, mas isso é porque a evolução é um facto. Os fósseis mostram isso.

  • Mas já vimos em cima que os fósseis são irrelevantes para a teoria da evolução, uma vez que os mesmos não são usados como evidência para a história evolutiva, mas sim a teoria é que é usada como forma de se saber se um fóssil é válido ou não.
Se nós pressionarmos os ateus de forma consistente, eles vão a dada altura exibir pensamento circular. Isto não é um ataque à sua inteligência mas sim uma exposição dos constrangimentos que o ateísmo e a teoria da evolução colocam à sua volta. O nosso propósito é ver o que eles dizem - e principalmente, ver o que eles não dizem - como forma de ressalvar a circularidade da sua ideologia.

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