terça-feira, abril 13, 2010

Ateu Critica Darwinistas Dogmáticos

O dogma tem que ser abandonado. Jerry Fodor, um filósofo na "Rutgers University", está perturbado com darwinistas dogmáticos que vêem a selecção natural como "pau para toda a obra" no que toca às mudanças evolutivas. Mas ele não é um criacionista: ele é um ateu convicto.

Ele debateu o seu livro What Darwin Got Wrong, co-escrito com Massimo Piattelli-Palmarini (professor ateu de Ciências Cognitivas na Universidade do Arizona) no site Salon.com. Thomas Rogers, que entrevistou Fodor, ficou surpreso com a existência de um ataque a Darwin que não partia da "Direita Religiosa".

Ele diz:

O livro de ambos mostra detalhadamente (em linguagem técnica) como as recentes descobertas na Genética questionam muitas das nossas "verdades" em torno da selecção natural, e como estas descobertas tem o potencial para fragilizar muito do que nós sabemos acerca da teoria da evolução e da Biologia.
Por questionarem Darwin, Fodor e Piattelli-Palmarini receberam comentários obscenos nos blogs ateus e evolucionistas. Como é normal, os evolucionistas respondem a ataques à teoria da evolução com o seu tradicional fervor religioso fundamentalista.

O problema de Fodor com a selecção natural é a sua propensão para contar histórias. Porque é que as pessoas possuem características como cabelo nas suas cabeças, e porque é que possuem cabelo escuro com olhos escuros?

Tu podes inventar uma história para explicar como era bom ter essas propriedades no ambiente de selecção original. (...) Será que temos alguma razão para pensar que essa história corresponde a verdade? Não.
Por outras palavras, a invocação à selecção natural permite aos evolucionistas inventarem qualquer tipo de histórias. Basta-lhes dizer que ter esta ou aquela característica era evolutivamente seleccionável, e pronto. Se é verdade ou não, isso é evolutivamente irrelevante. O que importa é que seja plausível.

Fodor afirma que não há forma de se saber quais eras as características que eram seleccionáveis por contribuírem para a aptidão, e quais as características que apareceram ao longo do caminho.

Dentro da visão darwinista não há nada que responda a questão:

"Porque é que temos unhas nos pés?"

Será que há um propósito evolutivo? Como é que podemos saber? Até pode ser que no ambiente em que as unhas nos pés apareceram houvessem factores que favoreceram o seu aparecimento. Mas também pode ser que não.

(...)

Agora, a questão é: quanto da variação evolutiva é determinada por factores ambientais e quanta dessa mesma variação é controlada pela organização do organismo? A resposta é: ninguém sabe.

Fodor chega mesmo a afirmar que escolher uma característica pode ser irrelevante e sem sentido. A girafa tem um longo pescoço. Será que a natureza seleccionou característica, ou será que faz parte do "pacote de características" da girafa?
Os animais podem ter pescoços longos e unhas nos pés, mas se tu tentas particionar essa criatura em características, e dizes "Muito bem, O que é que seleccionou esta característica?", cometes um erro logo à partida. (...) A desintegração dum organismo em características é em si uma actividade artificial.
Fodor acredita que a selecção trabalha no organismo como um todo, e isto não é difícil de se entender porquê. Imaginem o que é necessário para transformar um carro que anda sobre as estradas, num veículo de transporte 100% restrito a movimentar-se na água. De que é que me vale ir transformando o método de locomoção pouco a pouco, sem mudar, ao mesmo tempo, a forma de conter oxigénio dentro do carro, para quem estivesse lá dentro?

Agora imaginem o mesmo num ser vivo. Imaginem o que seria preciso levar em conta para transformar um dinossauro (um réptil) numa ave, ou transformar um animal 100% terrestre num animal 100% aquático. Pensem na forma de locomoção, comunicação, reprodução, visão, aleitamento, respiração e tudo o mais.

Estudarem-se características sem se levar em conta o todo é superficial e vazio. Os evolucionistas sabem disso, mas como não tem mais nada com que defender a sua fé, eles continua com a ilusão.

Conclusão:
Para quem segue com relativa atenção o que os órgãos de informação cristãos tem vindo a dizer, as palavras deste ateu não são novidade. A teoria da evolução é "uma actividade artificial", vazia, sem estrutura e sem valor científico algum. Inventar histórias sobre as "vantagens selectivas" duma características é tão válido (em termos científicos) como dizer que a fada madrinha gerou essa funcionalidade dum dia para o outro. Se é para ouvir histórias, talvez os evolucionistas devessem restringir as suas palestras aos jardins infantis, deixando os laboratórios de biologia para verdadeiros cientistas.

Adivinhação não é ciência, e a primeira permeia a teoria da evolução. Qualquer semelhança entre a evolução e a astrologia é pura coincidência.

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