I. Padres pedófilos. O assunto, como seria de esperar, está a merecer toda a atenção possível. As televisões falam disso. Os jornais também. A net anda animada com a coisa. Ora, eu acho muito bem que se fale sobre o assunto. Mas faço só uma pergunta: por que razão só se fala da pedofilia de alguns padres católicos? Por que razão a pedofilia só é discutida quando surgem casos na Igreja? É bom lembrar uma coisa: os actos dos padres pedófilos representam uma ínfima parte do total dos actos pedófilos. E a pedofilia do primo, do pai, do vizinho, do professor? Não se fala disso?
II. Parece-me que, mais uma vez, a Igreja funciona aqui como "bode expiatório" para um problema que varre toda a sociedade. Como não se pode bater em toda a sociedade, batemos na Igreja, que é um alvo fácil (fica sempre bem criticar a Igreja, não é?). Batemos na Igreja para nos sentirmos bem. Batemos na Igreja para não termos de olhar para o lixo que está debaixo da carpete (que até pode ser a carpete lá de casa).
III. A Igreja Católica não é sinónimo de pedofilia. Aproveitar a maldade de uns quantos padres para denegrir a Igreja e a fé de milhões de pessoas é uma demonstração de desonestidade intelectual. Quando um professor é acusado de pedofilia, alguém se lembra de colocar em causa a profissão de "professor"? Perante um professor pedófilo, alguém se lembra de colocar em causa a ideia de "escola pública"? Claro que não. Ora, por que razão essas generalizações abusivas só acontecem quando falamos da Igreja?
2 comentários:
O que se critica foi o encobrimento.
E quem abre tanto a boca com a moral alheia e, dentro de sua casa, esconde e não denuncia torna-se cúmplice do crime.
João,
Concordo contigo em relação ao encobrimento. Nunca se deveria encobrir tais coisas.
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