segunda-feira, março 29, 2010

Criacionistas e a Astronomia

Os céus manifestam a Glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos.
Salmo 19:1

Um cientista grego de nome Aristarco, que viveu no século III a.C., acreditava que a Terra e todos os outros planetas giravam em volta do Sol. Não o podia provar, no entanto, e por isso foram muito poucos os que se mostraram dispostos a acreditá-lo.

Muitas centenas de anos passaram antes que se pudesse reunir um número suficiente de informações exactas sobre os planetas capaz de enfraquecer a convicção de que tudo girava em torno da Terra.

Em 1543 o astrónomo polaco Nicolau Copérnico publicou um livro em que renovava a tese de que os planetas descrevem órbitas à volta de um ponto situado perto do Sol, e não em torno da Terra. Ainda não se dispunha de observações capazes de demonstrar a verdade da teoria, mas desta vez a tese foi bem recebida pelos outros astrónomos. Embora o sistema copernicano continuasse a utilizar deferentes e epiciclos, tornou muito mais simples o cálculo de futuras posições dos planetas.

Menos de cem anos depois de Copérnico, o astrónomo alemão Johannes Kepler efectuou uma série de cálculos sobre a órbita de Marte. Em consequência disso, descobriu que se podia por de lado toda a complicada utilização de deferentes e epiciclos. Marte, descobriu Kepler, desloca-se em torno do Sol numa trajectória oval, chamada elipse; com certeza que os outros planetas se deverão mover da mesma maneira, foi a conclusão a que Kepler finalmente chegou.

Mas ninguém sabia ainda porque é que os planetas deveriam descrever elipses.

A resposta não seria descoberta antes de 1687, quando o inglês Isaac Newton descobriu a Lei da Gravitação Universal. Newton mostrou que a gravidade «exigia» que os planetas se deslocassem em círculos ou elipses à volta do Sol.

Finalmente tínhamos uma teoria que combinava todo o conhecimento que o homem até então alcançara sobre o Universo, e que também provava que todos os corpos celestes, sejam eles quais forem, se comportam de harmonia com as leis da Física.

Fora dado um gigantesco passo em frente na maneira de os homens conceberem a Astronomia.

Fonte: "Segredos do Cosmos", Colin A. Ronan, página 30, (1964)


Os crentes ateus tem sempre o cuidado de contrapor "ciência" com "criacionismo", e "cientista" com "criacionista", como se um homem não pudesse ser ambos, e como se o criacionismo não estivesse em pleno acordo com a ciência. Ao fazerem isto, os ateus não só estão do lado errado da ciência, mas também estão do lado errado da História da ciência que eles tanto dizem seguir.

Reparem nos nomes dos homens que estão citados em cima: Nicolau Copérnico, Kepler e Isaac Newton. Todos eles eram criacionistas Bíblicos, e sem eles, a astronomia como nós a conhecemos provavelmente não estaria tão avançada.

Isto de maneira nenhuma "prova" que Deus criou o mundo em 6 dias, nem prova que o universo tem 6000 anos, mas serve, sim, de evidência muito forte contra a crença de que não é possível ser um homem de ciência e um criacionista Bíblico.

A ciência deve muito a homens como Galileu, Newton, Pascal, Mendel e outros criacionistas, mas se levássemos em conta apenas o que os ateus dizem, nunca haveríamos de saber acerca das raízes criacionistas da ciência moderna.

Diversos académicos já ressalvaram as origens Bíblicas da ciência moderna, mas pelos vistos muitas pessoas (incluindo muitos de nós cristãos) ainda não se aperceberam disso.

Loren Eiseley afirmou:

A filosofia da ciência experimental...começou com as suas descobertas e fez uso dos seus métodos na posição de fé (e não de conhecimento) que propõe que estamos a lidar com um um universo racional controlado por Um Criador que não age caprichosamente, e que não interfere com as forças que Ele pôs em funcionamento.....

É certamente um dos grandes paradoxos da história que a ciência, que profissionalmente pouco tem a ver com a fé, tenha as suas origens no acto de fé que afirma que o universo pode ser racionalmente interpretado, e que a ciência sustenha essa pressuposição.

Rodney Stark:

....suposições teológicas únicas ao Cristianismo explicam o porquê da ciência [moderna] ter nascido apenas na Europa cristã. Contrariamente à sabedoria prevalecente, a religião e a ciência não só são compatíveis, mas eram inseparáveis.

David A. Noebel acrescenta:

O facto da ciência ter emergido de todo é um testemunho poderoso para a veracidade do Cristianismo.C omo Louis Victor de Broglie afirmou, "Nós não estamos suficientemente perplexos com o facto de qualquer tipo de ciência ser possível".

O historiador e filósofo da ciência Stanley Jaki diz que "a crença Num Deus Pessoal e Racional, como manifesta na fé Cristã, suportaram a visão de que o mundo era um entidade objectiva e ordenada, investigável pela mente porque a mente era também um produto ordenado e objectivo proveniente do Mesmo Criador Racional, Consistente e Ordenado".

O ser humano acreditou que a ciência era possível porque o ser humano acreditou no Deus da razão e da ordem.

Conclusão:

Na era em que vivemos que controla a informação e os livros escolares, controla a população. Quem contra o que se ensina às novas gerações, controla o futuro. Hoje em dia, e principalmente na Europa, vivemos uma era pós-cristã onde tudo o que pode de alguma forma suportar a Bíblia tem que ser rejeitado. Uma das formas onde isto é manifesto é na História da ciência. Escondem-se as raízes cristãs da ciência moderna como forma de avançar com o ateísmo biológico (teoria da evolução) e ateísmo político (socialismo). A única forma de se vencer as várias formas em que nos é apresentado o ateísmo, não só é manter-mo-nos informados mas também disseminar a informação.

As falsas ideologias não toleram o livre acesso à informação que eles não possam controlar.

1 comentários:

Mats :

Dois reparos:

Depois de Newton deram-se também grandes passos na compreensão do universo. A relatividade e a mecânica quântica acrescentaram muito e alteraram novamente a nossa visão do espaço e do tempo.

Não me parece que haja qualquer polémica entre ciência e religião.

Excepção feita aos Mórmons e CTJ que pela sua peculiar interpretação religiosa pretendem que hipóteses já descartadas há muito sejam tidas como ciência.

Muitos cientistas actuais são Hindus, Cristãos e de muitas outras religiões e convivem bem com a ciência.

Na época de Copérnico e Newton, no ocidente, a explicação mais aceite era a da narrativa do Génesis ser literal. Nada havia a opor.

Já no tempo de Lord Kelvin, que tanto se opôs à T.E. (com bons e sólidos argumentos cientifico há época) a hipótese dos seis mil anos já tinha sido descartada há muito.

Repara que todos estes cientistas foram homens extraordinários mas é claro que não adivinhavam o futuro.

Com os conhecimento do século XXI (ou mesmo do inicio do século XX) já não é possível ensinar que a terra tem 6000 anos, que o universo idem aspas, etc e etc.

E parece que os CTJ só embirram com a T.E.

Há um conjunto sólido de ciências, que por métodos diferentes, validam as datas e os fenómenos de forma frontalmente contrária à cronologia do CTJ.

Mesmo crentes devotos de épocas mais recentes, Lord Kelvin por exemplo, não aceitavam a cronologia dos seis mil anos.

Nem a história, nem a astrofísica, a física, a química, a antropologia, a semiótica, a sociologia,etc e etc.

Ou pretendes afirmar que há um conluio de todos os cientistas, de todas as áreas, de todas as religiões e de todo o mundo, nos últimos 150 anos, para contrariar a versão literal da Bíblia?

Como é que poderias fazer um sistema de ensino que ensinasse que a terra tem seis mil anos mas que os nossos antepassados há 20000 anos já pintavam cavernas e que a luz das estrelas demora milhões de anos a cá chegar?

Ou tiravas só a evolução e, sem ela, já não há problema da cronologia bíblica não ser verdadeira?

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