Se mais evidencias fossem necessárias para a promoção da abstinência antes do vinculo do casamento, este dado científico deveria ser suficiente.
O famoso papiloma vírus, ou HPV, causador de mais de 200 tipos de doenças cutâneas na área genital, está em foco por um grupo de cientistas.Um estudo de casais inovador descobriu que mais da metade (56%) de jovens adultos em um novo relacionamento com sexo foram infectados pelo pequeno vilão. Liderada pelo biólogo brasileiro Eduardo Franco, diretor da Cancer Epidemiology Unit da Universidade de McGill, no Canadá, em parceria com colegas da Universidade de Montreal e do Centro Hospitalar da Universidade de Montreal, no mesmo país, a pesquisa trouxe à tona também que quase a metade desses (44%) foi infectada por um tipo do HPV que causa câncer.
Com o objetivo de determinar a preponderância de infecções de HPV entre casais recém-formados, foi realizado o HITCH Cohort Study (Infecção e Transmissão do HPV em Casais por atividade Heterossexual, na sigla em inglês), o primeiro em larga escala entre novos casais formados de jovens adultos, que foi conduzido pela dra. Ann Burchell, coordenadora do projeto e colega do dr. Eduardo Franco na Cancer Epidemiology Unit.
Os resultados foram publicados na edição de janeiro do periódico científico Epidemiology and Sexually Transmitted Diseases e indicam também que há uma grande probabilidade de transmissão do HPV entre parceiros.
Em 42% dos casais foi observado que, quando um era portador do vírus, o outro também tinha a infecção. Além disso, os cientistas identificaram que a incidência do mesmo tipo do vírus nos membros do mesmo casal é bastante comum.
Assim, se um parceiro tem o HPV, a chance da outra pessoa ser infectada com o mesmo tipo do vírus aumenta mais de 50 vezes.
O público participante da pesquisa são jovens mulheres que frequentam universidade ou CEGEPs (um sistema de educação pós-Ensino Médio requerido para ingressar no Ensino Superior na província de Quebec, no Canadá) em Montreal e seus parceiros.
Os “novos casais” foram definidos como aqueles que estavam juntos havia seis meses ou menos. Os “pesquisados” responderam um questionário envolvendo sua história sexual, além de fornecer amostras genitais para testes laboratoriais para identificar a presença de infecção por HPV. O recrutamento ainda vai continuar, para aumentar ainda mais a escala da pesquisa.
A dra. Burchell conta que os resultados obtidos realçam a importância de programas de prevenção contra doenças associadas ao HPV, como exames periódicos para detectar câncer do colo do útero e programas de vacinação contra o agente infeccioso. “Nossas estimativas a respeito da probabilidade de transmissão do HPV serão úteis para outros pesquisadores usarem como modelo para traçar a estratégia da saúde pública e o impacto econômico de planos de vacinação contra o vírus”, destacou a dra. Burchell.
O HPV é sexualmente transmissível e causa câncer do colo do útero, além de outros cânceres, inclusive de vulva, vagina, ânus e pênis.
Embora as infecções por HPV sejam bastante comuns, a vasta maioria delas é assintomática e não dura mais do que um ou dois anos. Outro ponto é que menos de 1% das mulheres que têm HPV terão câncer do colo do útero.
Mesmo assim, a ordem é se cuidar. O estudo mostrou como é fácil a transmissão do vírus entre os casais, inclusive (e principalmente) os recémf ormados, o que é um fator de preocupação, pois mostra que o vírus se espalha em pouco tempo.
“Os resultados sugerem que muitas transmissões do HPV acontecem no início dos relacionamentos, o que reforça a necessidade de prevenção”, sentenciou o dr. François Coutlée, da Universidade de Montreal, que também auxiliou a equipe de cientistas.
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