quinta-feira, março 03, 2011

Como a ciência destruiu o lamarckismo

Para além da selecção natural, o mecanismo evolutivo mais influente foi o proposto pelo francês Jean Baptiste Lamarck. A teoria de Lamarck foi popular entre os 1800s e 1940s.

O seu mecanismo principal era a hereditariedade Lamarckina - também conhecida como os efeitos hereditários do uso e desuso das partes. A teoria alegava que as características adquiridas (ou perdidas) durante a vida podem ser herdadas pelas gerações futuras.

O seu exemplo clássico era o do pescoço da girafa.

As girafas esticam os seus pescoços para chegar ao topo das árvores e comer das folhas lá presentes. Este esticar aumenta levemente o comprimento dos seus pescoços. A teoria de Lamarck sugeria que esta capacidade adquirida é herdada pela descendência.

Após várias gerações isto teria um efeito cumulativo que faria com que cada geração tivesse pescoços cada vez maiores.

E foi deste modo que a girafa supostamente adquiriu o pescoço que actualmente possui.

A queda do Lamarckismo começou no ano de 1885 quando Weismann publicou a sua hipótese acerca da "continuidade do plasma germinativo". A sua hipótese diz que as células responsáveis pela reprodução (as células germinativas) são separadas das células do corpo (soma) desde o princípio da vida, e nada do que acontece às células do corpo durante a vida pode ser comunicado às células germinativas de forma que possa ser passado à geração seguinte.

Actualmente nós temos uma base sólida para rejeitar a teoria de Lamarck.

Primeiro, muitas experiências falharam ao tentarem demonstrar a veracidade do Lamarckismo. Segundo, o nosso conhecimento do ADN e da fisiologia das células confirmam Weismann em detalhe.

Nós agora entendemos os mecanismos específicos que previnem a comunicação da informação adquirida das células somáticas para o ADN das células germinativas. A hipótese de Weismann está hoje em dia perfeitamente confirmada, embora tenha havido algumas tentativas de a destronar.

Portanto, a teoria de Lamarck está falsificada - pelo menos na sua forma clássica - embora alguns evolucionistas tentem ainda confirmá-la.

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