quarta-feira, março 16, 2011

Ancestrais Supra-específicos

Grupos supra-específicos são grupos que contém mais do que uma espécie. Áves, mamíferos, e répteis são grupos supra-específicos. Normalmente estes são termos úteis que nos ajudam a discutir de forma mais conveniente diversas colecções de organismos.

A ilusão de ancestralidade é criada quando se usam grupos supra-específicos como ancestrais e descendentes nas linhagens evolutivas.

A literatura em torno da macroevolução está repleta de referências a derivações de um táxon (categoria de classificação) superior para outro, como por exemplo, quando os mamíferos e as áves são convenientemente ditas como descendentes dos "répteis".
(Nils Eldredge, "Macro-Evolutionary Dynamics: Species, Niches, and Adaptive Peaks", 1989, página 158)
Está práctica é questionável por diversos motivos.

Uma das objecções baseia-se na reprodução: não há nenhum mecanismo reprodutivo acima do nível daquilo que hoje chamamos de espécies. Um grupo supra-específico não pode ser um ancestral porque ele não é uma entidade reprodutora. As espécies podem-se reproduzir e deixar descendentes mas os grupos supra-específicos não. Por exemplo, os répteis, como um grupo, não podem deixar descendentes, mas o crocodilo já pode.

Nós já concluímos que, logicamente falando, só as espécies podem servir de unidades evolutivas. Categorias de classificação superiores são apenas agregados monofiléticos de uma ou mais espécies e portanto não existem no mesmo sentido que as espécies existeme.
(Eldredge e Cracraft, 1980, "Phylogenetic Patterns and the Evolutionary Process: Method and Theory in Comparative Biology", página 114)
Outra objecção centra-se no facto dos grupos supra-específicos distorcerem a nossa percepção dos dados, e quanto mais diverso for o grupo, maior é a distorção. Esta distorção facilita o trabalho de criar a ilusão de linhagem.

A distorção ocorre de duas formas:

  • Primeiro, cria informação imaginária que de facto não existe.

Suponhamos que alguém coloca o mamífero na linhagem evolutiva. Não existe um ponto de dados (eng: "data point) chamado de mamífero uma vez que os grupos supra-específicos não são pontos de dados mas criações abstractas geradas durante o processo de classificação. A palavra "mamífero" cria um ponto de dados algures entre a vasta região morfológica conhecida como "mamífero".

  • Segundo, um grupo supra-específico apaga pontos de dados que realmente existem. Ele destrói toda a diversidade que há.

Quando um evolucionista lista os "mamíferos" na linhagem evolutiva, essa palavra efectivamente esconde a enorme variedade contida entre os mamíferos: as focas, os morcegos, as baleias, os ursos, as toupeiras, os castores, etc, etc. Quanto maior a diversidade do grupo supra-específico, maior é a diversidade escondida.


E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus - Génesis 1:20

A habilidade de artificialmente esconder e gerar dados é precisamente o que é necessário para a ilusão das linhagens, e esta habilidade é fornecida pela alusão a grupos supra-específicos.

Eis aqui uma evolucionista a usar esta táctica:

[Os criacionistas alegam que] o mundo fóssil não revelou nenhum intermédio entre os "tipos básicos" como por exemplo os "tubarões e as baleias". Que coisa sem nexo algum! Existe uma multitude de intermediários entre tais "tipos" ... Entre tubarões e baleias, por exemplo, encontrámos peixes com ossos, anfíbios, répteis, répteis parecidos a mamíferos e alguns mamíferos.
(Laurie Godfrey, "Creationism and Gaps in the Fossil Record", página 203)
Repararam na ilusão de ancestralidade? Todos os "intermédios" listados são grupos supra-específicos. Um dos tais "intermédios" - os répteis - é um grupo que inclui cobras, tartarugas, lagartos, dinossauros, ichthyosaurs (réptil parecido com golfinhos) e muitos outros. Os outros grupos por ela listados são também bastante diversos. A diversidade destes grupos anulam a sua tentativa de construir uma linhagem e identificar os intermédios.

Conclusão:

Muitas vezes é complicado notar neste tipo de ilusão, mas quando nos apercebemos da dificuldade evolucionista de construir uma linhagem baseada nos factos, tudo fica mais fácil.

Sempre que um evolucionista disser que "os mamíferos descendem dos répteis" nós temos logo que parar a conversa e perguntar: "QUAL é o mamífero e QUAL réptil?" Se disserem que as "áves" evoluíram a partir dum dinossauro, fazemos o mesmo: "QUAL áve e QUAL dinossauro?"


E Deus criou as grandes baleias e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram, conforme as suas espécies; e toda a ave de asas, conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom - Génesis 1:21

Claro que os evolucionistas não sabem, porque se soubessem não usariam um grupo supra-específico na sua tentativa de gerar uma linhagem. Mas acho que todos nós já nos apercebemos que a teoria da evolução é uma ilusão criada com o expresso propósito de negar a Deus o Seu Papel Legítimo e exclusivo de Criador da vida.


Modificado a partir das páginas 278 e 279 do livro "The Biotic Message" (Walter ReMine)

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