A ilusão de ancestralidade é criada quando se usam grupos supra-específicos como ancestrais e descendentes nas linhagens evolutivas.
A literatura em torno da macroevolução está repleta de referências a derivações de um táxon (categoria de classificação) superior para outro, como por exemplo, quando os mamíferos e as áves são convenientemente ditas como descendentes dos "répteis".Está práctica é questionável por diversos motivos.
(Nils Eldredge, "Macro-Evolutionary Dynamics: Species, Niches, and Adaptive Peaks", 1989, página 158)
Uma das objecções baseia-se na reprodução: não há nenhum mecanismo reprodutivo acima do nível daquilo que hoje chamamos de espécies. Um grupo supra-específico não pode ser um ancestral porque ele não é uma entidade reprodutora. As espécies podem-se reproduzir e deixar descendentes mas os grupos supra-específicos não. Por exemplo, os répteis, como um grupo, não podem deixar descendentes, mas o crocodilo já pode.
Nós já concluímos que, logicamente falando, só as espécies podem servir de unidades evolutivas. Categorias de classificação superiores são apenas agregados monofiléticos de uma ou mais espécies e portanto não existem no mesmo sentido que as espécies existeme.Outra objecção centra-se no facto dos grupos supra-específicos distorcerem a nossa percepção dos dados, e quanto mais diverso for o grupo, maior é a distorção. Esta distorção facilita o trabalho de criar a ilusão de linhagem.
(Eldredge e Cracraft, 1980, "Phylogenetic Patterns and the Evolutionary Process: Method and Theory in Comparative Biology", página 114)
A distorção ocorre de duas formas:
- Primeiro, cria informação imaginária que de facto não existe.
Suponhamos que alguém coloca o mamífero na linhagem evolutiva. Não existe um ponto de dados (eng: "data point) chamado de mamífero uma vez que os grupos supra-específicos não são pontos de dados mas criações abstractas geradas durante o processo de classificação. A palavra "mamífero" cria um ponto de dados algures entre a vasta região morfológica conhecida como "mamífero".
- Segundo, um grupo supra-específico apaga pontos de dados que realmente existem. Ele destrói toda a diversidade que há.
Quando um evolucionista lista os "mamíferos" na linhagem evolutiva, essa palavra efectivamente esconde a enorme variedade contida entre os mamíferos: as focas, os morcegos, as baleias, os ursos, as toupeiras, os castores, etc, etc. Quanto maior a diversidade do grupo supra-específico, maior é a diversidade escondida.
A habilidade de artificialmente esconder e gerar dados é precisamente o que é necessário para a ilusão das linhagens, e esta habilidade é fornecida pela alusão a grupos supra-específicos.
Eis aqui uma evolucionista a usar esta táctica:
[Os criacionistas alegam que] o mundo fóssil não revelou nenhum intermédio entre os "tipos básicos" como por exemplo os "tubarões e as baleias". Que coisa sem nexo algum! Existe uma multitude de intermediários entre tais "tipos" ... Entre tubarões e baleias, por exemplo, encontrámos peixes com ossos, anfíbios, répteis, répteis parecidos a mamíferos e alguns mamíferos.Repararam na ilusão de ancestralidade? Todos os "intermédios" listados são grupos supra-específicos. Um dos tais "intermédios" - os répteis - é um grupo que inclui cobras, tartarugas, lagartos, dinossauros, ichthyosaurs (réptil parecido com golfinhos) e muitos outros. Os outros grupos por ela listados são também bastante diversos. A diversidade destes grupos anulam a sua tentativa de construir uma linhagem e identificar os intermédios.
(Laurie Godfrey, "Creationism and Gaps in the Fossil Record", página 203)
Conclusão:
Sempre que um evolucionista disser que "os mamíferos descendem dos répteis" nós temos logo que parar a conversa e perguntar: "QUAL é o mamífero e QUAL réptil?" Se disserem que as "áves" evoluíram a partir dum dinossauro, fazemos o mesmo: "QUAL áve e QUAL dinossauro?"
Claro que os evolucionistas não sabem, porque se soubessem não usariam um grupo supra-específico na sua tentativa de gerar uma linhagem. Mas acho que todos nós já nos apercebemos que a teoria da evolução é uma ilusão criada com o expresso propósito de negar a Deus o Seu Papel Legítimo e exclusivo de Criador da vida.
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