Como forma de mostrar o seu "repúdio", a nobre organização chamada AAP resolveu levar a cabo uma "Campanha de Apostasia". Basicamente o que isto significa é que adultos com demasiado tempo para gastar vão rebuscar papéis que a maior parte das pessoas nem se lembra que existem como forma de anunciarem publicamente que rejeitaram a fé católica.
Algumas das preciosidades desta "Campanha" merecem um comentário:
A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), com a chegada de Joseph Ratzinger a Portugal, junta-se aos diversos protestos da sociedade civil no que diz respeito à forma como o papa católico está a ser recebido pelas entidades oficiais.Por "diversos" entenda-se"várias vozes ateístas". Eles querem inflacionar o seu número mas eles são sempre os mesmos e são uma minoria. Graças a Deus.
Reitera o seu repúdio em relação à tolerância de ponto e aos privilégios concedidos pelo Estado à Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), violando grosseiramente os princípios laicos da Constituição da República Portuguesa e agravando a difícil situação económica e social do País.Hilariante! Reparem que eles juntam as suas objecções ateístas com a nobreza de se preocuparem com o estado económico do país. Se tu não ficares convencido pelo primeiro argumento eles oferecem o segundo só por via das dúvidas.
Considera inoportuna a visita de Joseph Ratzinger neste momento quando, a nível internacional, no meio de tantos escândalos de pedofilia e do seu encobrimento, está abalado o seu prestígio.Mais um disfarce das suas motivações ateístas. Eles não rejeitam a presença do Joseph em Portugal por causa do seu prestígio "abalado" e muito menos devido ao alegado encobrimento dos escândalos de agressão homossexual sobre os meninos católicos. Eles rejeitam a presença do líder do mundo católico apenas e só porque ele está identificado com o Cristianismo. Se Fidel Castro viesse a Portugal, e sabendo nós o quão bárbaro o regime por ele imposto é, os ateus não se importariam com isso. E porquê? Ora, porque o comunista Fidel não é um promotor do Cristianismo.
Neste sentido, a AAP começa por recordar que:Irrelevante. Estamos num país onde a cultura e a identidade nacional estão umbilicalmente ligadas ao catolicismo. Se os ateus não gostam, sempre podem imigrar para a Coreia do Norte. Ouvi dizer que lá o cristianismo não só não é bem vindo como o ateísmo é rei.Apenas cerca de 18 por cento dos portugueses se afirmam como “católicos praticantes”, um número que tem vindo a diminuir de forma consistente ao longo dos anos
Desde 2007 existem por ano mais casamentos civis do que religiosos.E?
Desde 2008 cerca de um terço dos nascimentos ocorrem inclusive fora do casamento, segundo dados do INE.Não sei se os ateus do AAP se apercebem do que estão a admitir com isto. O que eles dizem é que à medida que o Cristianismo vai sendo rejeitado, a natalidade fora do casamento aumenta. Não é preciso ser-se um génio para se saber que o aumento de nascimentos fora do casamento não é uma coisa boa para a sociedade.
Famílias disfuncionais aumentam à medida que a Bíblia vai sendo rejeitada, portanto, se a AAP realmente se importa com o bem estar da sociedade, como implícito na alusão aos imaginados problemas económicos que a visita de Bento XVI vai causar, eles deveriam lutar para manter a Bíblia como Autoridade Suprema na sociedade portuguesa. Mas eles não se importam que haja cada vez mais crianças a nascer fora de um lar saudável. Para eles o que importa é destruir a cultura cristã mesmo que isso implique destruir a sociedade que eles afirmam estar a tentar melhorar.
Estes números ilustram uma clara e progressiva secularização da sociedade Portuguesa, de todo incompatível com a encenação pia levada a efeito com a cumplicidade e a expensas do estado laico.Estado laico não significa que não se possam suportar financeiramente celebrações da fé mais representativa do país.
Do ponto de vista ateu, não há argumento contra o que o Estado fez uma vez que o ateísmo defende que o moralmente correcto é definido por aquilo que causa bem estar à maioria. Como na sociedade portuguesa a maioria da população se identifica com o catolicismo, o ateísmo suporta o que o Estado está a fazer em relação à visita de Bento XVI. Ou seja, a sua própria crença refuta o seu queixume contra Joseph Ratzinger.
Assim, de acordo com a referida secularização da sociedade, a AAP toma a iniciativa de lançar, no mesmo dia em que Joseph Ratzinger aterra em Lisboa, uma “Campanha de Apostasia 2010“, a nível nacional, por forma a que todos aqueles que foram baptizados, e que hoje em dia não se consideram católicos, possam agir em conformidade e deixar de ser contabilizados para efeitos estatísticos pela ICAR.Sinceramente. Será que estes adultos não tem mais nada para fazer com o seu tempo?
Esperamos, assim, ajudar a evitar o uso abusivo desses números por parte da Igreja, na sua tentativa de tentar usufruir e reclamar privilégios injustos e injustificáveis.Reparem que eles condenam o "uso abusivo desses números", mas eles usa não se importam de usar os SEUS números de forma "abusiva" como forma de suportar o ateísmo: "apenas cerca de 18 por cento dos portugueses se afirmam como “católicos praticantes”; "um número que tem vindo a diminuir", "existem por ano mais casamentos civis do que religiosos", "Desde 2008 cerca de um terço dos nascimentos ocorrem inclusive fora do casamento". Parece que os números usados a favor do catolicismo é algo "abusivo" mas quando usados a favor do ateísmo já não é.
Pedimos a todos a divulgação da presente “Campanha de Apostasia 2010″.Bem, eu já fiz a minha parte. Espero que os governantes deste país ofereçam a este manifesto o respeito que ele merece, de preferência, a seguir ao mundial e quando a maior parte do país estiver de férias.
Reparem como eles terminam o seu queixume:
Neste ano de centenário, todos juntos poderemos contribuir para uma República mais justa, sempre fiel aos seus princípios laicos.Sim, porque promover eventos e celebrações que estejam de acordo com a fé abraçada pela MAIORIA DO PAÍS é "injusto" e "infiel".
Conclusão:
Lidar com alguns ateus é quase como lidar com crianças: nunca estão satisfeitas e as coisas nunca vão estar "fiéis e justas" enquanto as coisas não estiverem 100% como eles querem.
O problema para eles é que o modelo de sociedade que eles querem impor em Portugal já foi tentado por largas partes da população mundial durante o século vinte. Resultado? Mais de 100 milhões de mortes, pobreza, perseguições, guerras, famílias destruídas, aborto, etc, etc.
Considerando isso, nós dizemos: "Não obrigado". A nossa sociedade portuguesa não é perfeita mas a alternativa ateísta seria um passo atrás.
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