domingo, agosto 03, 2008

Diamantes e a Origem da Vida

"No princípio criou Deus os céus e a Terra"

(Este post vem directamente do nosso departamento que se dá pelo nome de "Ciência Inútil".)

Não contentes com as já existentes e mutuamente exclusivas teorias naturalistas sobre a origem da vida, os evolucionistas avançam com mais uma para a colecção. (Alguma há-de estar certa!)

Chamando a origem da vida como "um dos maiores mistérios da ciência", Robert Roy Britt, editor da "LiveScience", procura respostas nos diamantes. Ele faz isso porque alguns "cientistas" (tradução: evolucionistas) acreditam (pela fé) que os diamantes podem ter a resposta para esse grande "mistério".


O Robert Britt admite uma coisa que é um embaraço para quem despreza a descrição da Criação reportada pelo Livro do Génesis:
“[N]obody knows how . . . simple amino acids, known to be the building blocks of life, were assembled into complex polymers needed as a platform for genesis.”
Tradução: ninguém tem a mínima ideia como é que os aminoácidos organizaram-se a si mesmos de uma forma relevante para o início da vida.
Bonita admissão, mas não se deixem enganar por ela. Embora o Robert admita que ninguém saiba como é que esse milagre aconteceu, ele e os outros naturalistas têm a certeza de que aconteceu.

Donde é que vém a sua certeza? A sua certeza vem do facto de que, uma vez que "Deus não existe" (se existe, Ele é Irrelevante!), então a natureza tem que ter tido a força e inteligência suficiente para se criar a si própria. E como é que eles sabem que Deus não existe, ou que Ele é Irrelevante no que toca à origem do mundo? Eles não sabem. Eles assumem isso como ponto de partida.

Segundo o artigo, baseados em mais de 30 anos de experiências, pesquisadores alemães da Universidade de Ulm trataram os diamantes naturais com hidrogénio. Como resultado, os diamantes formaram na sua superfície "camadas cristalinas de água", bem como condutividade eléctrica.

Britt explica a conclusão dos pequisadores:

"Quando moléculas primitivas aterraram na superfície destes diamantes "hidrogenados" na atmosfera da Terra jovem, há milhões de anos atrás, a reacção resultante pode ter sido suficiente para gerar moléculas orgânicas mais complexas que, eventualmente, deram origem à vida."

Pois....

"A nova pesquisa não determina de forma conclusiva como é que a vida começou", diz o Robert Britt, no entanto os pesquisadores dizem que "Os diamantes saturados de hidrogénio avançam a melhor da plataformas para a origem da vida".

Isto, diga-se de passagem, é bem elucidativo da "firmeza" que os modelos evolutivos para a origem da vida possuem.

Há três coisas que convém ressalvar deste artigo, como muito bem elucida o site Answers in Genesis:
1. Os modelos evolutivos para a origem da vida residem no campo do "se calhar", ou "provavelmente", ou "mais ou menos". É tudo teorético sem confirmação evidencial.

2. Ambas as ideias sobre a origem da vida — que foi criada por Deus, ou que se criou a si própria — não podem ser testadas empiricamente. Ambas são posições históricas que não podem ser "provadas" tal como nós comprovamos uma teoria da Química ou da Física. Ambas as posições baseam-se na fé, e isto é uma coisa que não podemos esquecer sempre que vêmos programas de TV a mostrar a versão evolucionista da origem da vida.

3. Mesmo que os evolucionistas pudessem desenvolver um modelo onde mostrassem que é possível a vida aparecer naturalmente, isso não implica que foi exactamente isso que aconteceu. Uma coisa é o que é possível, e outra é o que verdadeiramente aconteceu.

Convém ressalvar, para terminar, que do ponto de vista cristão, não há "mistério" nenhum no que toca à origem da vida. A Bíblia resolve esse "mistério" com um só verso:

"Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há" - Êxodo 20:11


3 comentários:

Meu caramelo,

1) Não se pode ser ao mesmo dogmático, uma fé, uma religião e dizer que as coisas são "provavelmente", "talvez", "acho que". Não se pode dizer que não ter certeza absoluta é ter certeza absoluta.

2) As ciências forense e arqueológica todos os dias faz estudos e testes sobre eventos históricos, sejam de acontecimentos há umas horas, há umas semanas, na Idade Média, na Antiguidade Egípcia, ou seja o que for.Tal como as "teorias químicas e físicas" também estão no campo do "provável" e "talvez", mas estão fundamentadas num método para decidir o que vai para além da dúvida razoável, ao ponto de pessoas serem presas por causa disso.
Já chegou-se a criar aminoácidos, proteínas e DNA em simulações de modelos sobre como se pensa ter sido a Terra quando se deu a origem dessas estruturas. Conclui-se que é possível criar essas estruturas sob certas condições, mas isso não é suficiente para haver uma teoria. Portanto, por agora só posso refutar um apelo à ignorância sua (uma falácia: "não se sabe X, logo não X"), notando como está o ponto de situação na Ciência sobre o assunto.

3) As experiências científicas verifica-se a plausibilidade de uma ideia, ela torna-se uma teoria e ela será sempre testada. É processo heurístico, um no progresso sucessivo para se tentar aproximar mais da verdade. E se encontrar um erro que a teoria não pode explicar, volta-se a elaborar uma nova explicação. [ Tu próprio disseste que a Ciência é falível (e é). Mas parece que só notas para a ciência onde colocas aspas. ]
Já dei um exemplo: a Teoria da Gravidade Universal era também uma possibilidade. Não se pode saber com toda a certeza o que acontece em todo o Universo, o que aconteceu e o que acontecerá (os criacionistas não parecem ter problemas com isso). Mas resultava sempre. Até que chegou a Teoria da Relatividade, para explicar a origem da gravidade, e para substituir os cálculos de Newton que estavam errados; quer dizer, se fosse tentar fazer satélites com a teoria de Newton, não iriam funcionar. Se mesma Teoria da Relatividade estiver correcta, então estamos como as estrelas como estavam há biliões de anos, por causa do tempo que a luz leva a chegar à Terra, do espectro de luz e porque existe um método para calcular a distância de objectos sem medi-la directamente (se fechares um olho, vês o objecto à tua frente a deslocar-se - calcula a distância do deslocamento). Tomando em consideração o mesmo, com a mesma consistência, para a origem da vida, os criacionistas borravam-se, especialmente tendo em conta que existem experiências na Física para criar máquinas do tempo (já teletransportaram uma molécula com o maior acelerador de partículas do mundo: Large Hadron Collider). É que é possível, então os argumentos do "não é possível" são absurdos. E se as amostras nas rochas foram a base para descobrir como é possível, então o possível é muito mais provável do que o impossível, tal seria improvável que os cientistas forenses descobrissem tudo por mero acaso. Se a certa altura concorda que é possível, e por causa de algo assim, então o criacionismo seria anti-científico (uma pseudo-ciência) se não fosse tratado como pelo menos uma hipótese (nesse caso seria uma proto-ciência para realizar testes de refutabilidade a teoria, o que poderia fortalicer a teoria). Se calhar até possa ser útil na minha área, como a programação evolutiva (conjunto de técnicas informáticas baseadas na Teoria da Evolução) são para mim.

Artigos relacionados que escrevi:
A Ciência e o criacionismo - p1 (A Ciência falível)
A Ciência e o criacionismo - p2 (A Bíblia falível)

Como podes ver, coloco todas as referências para serem verificadas, com exemplos concretos, inclusivamente mostrando que os argumentos da Bíblia infalível também servem para mostrar que o Corão é infalível.

Gostava de mostrar uma experiência científica criacionista, mas não conheço alguma.

E para concluir, realço esses trechos do artigo:
(...) «ele e os outros naturalistas têm a certeza de que aconteceu.»

Comparem com o seguinte, no mesmo artigo:
«Britt explica a conclusão dos pequisadores: "» (...) «a reacção resultante pode ter sido suficiente para gerar moléculas orgânicas mais complexas que, eventualmente, deram origem à vida."»
«Os modelos evolutivos para a origem da vida residem no campo do "se calhar", ou "provavelmente", ou "mais ou menos". É tudo teorético sem confirmação evidencial.»

Repare-se que isso contradiz "a certeza de que aconteceu". Para além de misturar evolução (que é uma teoria científica) com origem da vida (onde só existem hipóteses científicas), para além de, ao citar o texto, é dito: «no entanto os pesquisadores dizem que "Os diamantes saturados de hidrogénio avançam a melhor da plataformas para a origem da vida"», como se não tivesse existido o "pode". Por isso é que se fazem testes, Mats: porque há o "pode". Criticar o "pode" é criticar a existência de experiências para testar o "pode". Mais uma argolada da anti-ciência...

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