sábado, outubro 18, 2008

O (Imaginado) Poder da Natureza

O ateu darwinista

Darwin não inventou a evolução, que era um facto já conhecido no século XIX.
Tradução: Darwin não foi o primeiro a imaginar que o mundo biológico tinha-se criado a si próprio. Essas crenças naturalistas já tinha sido propostas antes de Darwin, indo atrás no tempo até antigos gregos e romanos.
O filósofo romano Lucrécio afirmou coisas que para o darwinista contemporâneo são bem familiares. No seu livro "De Rerum Natura" ele afirma:

‘Nothing can ever be created by divine power out of nothing’ ... ‘the theory that they (the gods) deliberately created the world in all its natural splendour for the sake of man .... This theory ... with all its attendant fictions is sheer nonsense!’


Basicamente, o que Lucrécio afirma é que os "deuses" não criaram nada, mas que a natureza criou-se a si própria. Essa crença, embora agora posta num domínio monoteísta, é o fundamento ideológico da teoria da evolução tal como ela é indoctrinada nas escolas públicas.
Devido a isso, e uma vez removido o Poder Criativo de Deus como fonte da diversidade biológica, os ateus darwinistas estão ideológicamente forçados a atribuir poderes criativos àquilo que foi criado por Deus, num remanescente claro daquilo que o Apóstolo Paulo diz em Romanos 1:25:

Pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.

Foi exactamente isso que o Ludwig demonstrou no seu post. Ao tentar justificar os poderes criativos da Natureza, ele está a "servir a criatura" e não ao Criador. Ele está a atribuir poderes criativos àquilo que foi criado por Deus.
Ele diz:

Todos os organismos são diferentes, são tão mais diferentes quanto mais afastado o parentesco e não há limites para estas diferenças.

Claro. Se ignorarmos a ciência e os limites genéticos que existem para a variação, qualquer coisa é possível . Até é possível que um dinossauro se transforme num pássaro.
Obviamente que há limites para a variação. Por mais factores externos que se usem numa forma de vida, ela nunca se vai modificar para além das intrucções genéticas que os progenitores já possuem. Se o Ludwig acha que sim, ele tem que providenciar as evidências para isso. Os cristãos não tem que providenciar evidências para aquilo que é observado diariamente.
Aquilo que as observações nos dizem é que todas as formas de vida se reproduzem de acordo com as intrucções genéticas já presentes nos progenitores. Isto é exactamente o contrário daquilo que deveria ser a norma se a evolução, tal como imaginada por Darwin e os seus discípulos contemporâneos, fosse verdade.

É preciso ter-se em atenção ao salto de lógica que o Ludwig tenta fazer no seu post. O Ludwig tenta demonstrar que não há limites nas variações, e como evidência ele usa as variações que são observadas. O problema é que as variações que são observadas, para além de estarem a ir em direcção contrária à evolução ao nível informacional, elas não demonstram de maneira nenhuma que as variações podem ocorrer perpetuamente.


Não há barreiras a prender um organismo à essência do seu tipo porque não há essência nenhuma. E sem compreender isto não se compreende a biologia, como demonstra o Rodrigo Bento.

Compreende-se a Biologia moderna sem problemas nenhuns mesmo rejeitantando-se a não-suportada crença de que as formas de vida podem-se modificar indefinidamente. Existem barreiras biológicas para o desenvolvimento e diversificação das formas de vida, e isso é por demais manifesto no que podemos observar. Veja-se a plasticidade dos cães. Vejam-se as tentivas de se gerar cavalos cada vez mais rápidos. Por máis rápidos que eles posam vir a ser, não vão deixar de serem cavalos, e um dia o limite vai ser atingido. Por mais engenharia genética que se faça, nunca vai ser possível criar um porco do tamanho de uma cidade como Lisboa. Há limites nas variações possíveis, e isto é um facto que via contra o darwinismo.

Segundo, sem a crença nos "tipos básicos" (ou arquétipos) a tipologia do criacionista Lineu, que é a base da Biologia moderna, essa ciência seria mais complicada.

Além disso, o facto de que as formas de vida "variam" não é evidência para a crença de que elas podem variar sem limites. Se isto é assim, então o facto de que eu posso andar nas estradas de Oeiras é evidência que que eu posso andar daqui até a lua, certo?
"Variação" não significa "evolução".

O Ludwig cita o Rodrigo Bento:


«num determinado ponto da história (no tal em que os seres se tornaram (?!) sexuados, macho e fêmea, [curiosamente] no mesmo ponto geográfico, no mesmo tempo de vida útil, no mesmo estado de desenvolvimento sexual e não só, sentindo atracção um pelo outro, com vontade de procriar, sendo capazes de, pela primeira vez na história, reproduzir sexuadamente e logo sem erros, produzindo descendência fértil com as mesmas características...)» (1)


Se a evolução verdadeiramente aconteceu, então isto deve ter acontecido. Para além das monstruosidades estatísticas que estão envolvidas nesse evento, a falta de evidências parece não preocupar os ateus.

A questão é que os seres não se tornaram sexuados em grupo. Tal como os romanos não passaram a falar português de uma só vez.


O Ludwig agora tenta equivaler a evolução linguística, que é uma construção inteligente, com o darwinismo, que, segundo os próprios darwinistas, não tem intervenção inteligente em nenhuma parte do processo. Falsa analogia.

O que aconteceu foi que seres distintos entre si formavam populações onde a distribuição de certos atributos ia variando com o passar das gerações, à sorte ou sob pressão reprodutiva.


Ou, por outras palavras, "o que aconteceu aconteceu!". Se viveu, então foi evolução. Se morreu, então evolução foi. Onde está a ciência nisso?
Quais atributos, Ludwig? Onde? Porquê? Como? A tua resposta não invalida o que o Rodrigo disse. Se a evolução aconteceu, então "num determinado ponto da história (no tal em que os seres se tornaram (?!) sexuados, macho e fêmea, [curiosamente] no mesmo ponto geográfico, no mesmo tempo de vida útil, no mesmo estado de desenvolvimento sexual e não só, sentindo atracção um pelo outro, com vontade de procriar, sendo capazes de, pela primeira vez na história, reproduzir sexuadamente e logo sem erros, produzindo descendência fértil com as mesmas características...)".
Tudo isto por acaso!

Ninguém saltou a “barreira” entre o português e o latim. O que transformou estas línguas foi a acumulação das idiossincrasias individuais de quem as falava.


Alterações essas que tiveram o design inteligente de seres humanos, contrariamente à teoria da evolução onde não há lugar para Uma Inteligência por trás do processo evolutivo. Repito, falsa analogia.

Tal como não há uma barreira histórica entre o latim e o português, nem um número exacto de cabelos a separar o careca do cabeludo, também não há barreiras entre tipos ancestrais e descendentes.


Não há barreiras entre gatos e.......gatos. Não há barreiras entre cães e....hmm.....cães. Não há barreiras entre dinossauros e.....hmm....pássaros?

O requisito do Rodrigo Bento para a reprodução sexuada é tão ridículo como exigir que surgissem dois romanos a falar português ao mesmo tempo para que o latim desse origem ao português (se fosse só um, diria o Rodrigo, ninguém o compreendia e morria frustrado).


Não, não é ridículo, uma vez que para ser seleccionado pela "toda poderosa" selecção natural, ela tinha que ter alguma vantagem "seleccionável". Se um organismo "evolve" a sexualidade mas ela não serve de nada, a selecção natural vai eliminá-la (consumo de recursos e energia). Uma vez que em termos evolutivos reprodução sexual é MENOS eficiente que reprodução asexuada (na asexuada a descendência recebe os genes de apenas um progenitor), dois organismos com reprodução sexual teriam que aparecer na mesma área geográfica, ter instrucções genéticas sobre como reproduzir, saber o que fazer, gestação, etc, etc. Tudo isto tinha que aparecer à mesma altura. Se um tem, e o outro não, então nem valia à pena.

Para compreender a evolução é preciso perceber que não há tipos de organismos.


Só é pena que a biologia moderna assente na crença na tipologia do criacionista Lineu. Mas evolução não precisa de evidência, por isso, está tudo bem.

Há populações. A evolução não é o aparecimento súbito de um tipo diferente mas a transformação gradual de populações pela substituição de organismos que morrem por outros ligeiramente diferentes.


Os defensores do evolucionismo "Punctuated Equilibrium" discordam contigo. Eles defendem que o registo fóssil de facto mostra o aparecimento súbito. Agora entendam-se..


Gaivotas dão gaivotas, mas não exactamente iguais. E se passar tempo suficiente acabamos por lhes dar outro nome.


Mas nunca vão deixar de ser gaivotas!

Conclusão:

Uma vez que o darwinista Ludwig rejeita filosoficamente a existência de Deus, ele tem que arranjar "outro criador" para a biologia. Tal como Romanos 1:25 diz, quando o homem rejeita Deus como Criador, ele invariavelmente confere poderes criativos àquilo que foi criado.

A crença nos poderes criativos da natureza não é uma necessidade científica mas uma necessidade ideológica. O Ludwig tem que acreditar que a Natureza tem esse poder porque na sua visão do mundo não há outra forma de explicar a diversificação da vida biológica.

Se Deus não existe, então o mundo criou-se a si próprio. A questão é: será que Deus não existe?

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