terça-feira, junho 30, 2009

Resposta ao Perce - A Fé do Ateu

Esta é uma resposta dada ao Perce relativa a este comentário.

Eu disse que você era ignorante principalmente quando declarou que aTerra não tinha nem 1 milhão de anos.

Ou dito de outra forma, eu sou "ignorante" porque não partilho da tua fé nos milhões de anos, certo? Lembra-te de uma coisa, Perce: a maioria pode estar enganada, e tal situação não seria nova na ciência. O facto da maioria dos cientistas modernos acreditarem que o mundo criou-se a si próprio não quer dizer que seja verdade.

Isso de pensar que, se os cientistas precisam criar vida em laboratório, a vida tem de ter sido criada também é tipicamente um sofisma do século 19, quando se raciocinava, confortavelmente (ou estrategicamente) assim.

Por acaso não é esse o prisma na base da qual se ataca a teoria da evolulção e a defunta teoria da abiogénese (destruída pelo cientista católico Pasteur, por sinal). O que os cientistas criacionistas dizem que a lógica por trás das vossas experiências é de todo irracional. Como é que um processo onde há input inteligente durante quase todo o evento serve de evidência para um processo onde supostamente não houve causação inteligente?

Afirmar-se que experiências feitas no laboratório, e sob condições controladas, são de alguma forma análogas para o que supostamente passou na Natureza é do mais ridículo que pode haver. Se vocês darwinistas conseguem criar vida no laboratório, isso é evidência que vocês conseguem criar vida no laboratório, nada mais. Afirmar-se que, como os ateus conseguem criar vida no laboratório serve de evidência que Deus não é o Criador é ilógico, e eu estou profundamente surpreendido que pessoas inteligentes ainda pensem assim no século 21.

Diante de uma máquina, um relógio, por exemplo, fica claro para nós que tem de ter sido um relojoeiro, um engenheiro, o seu criador, o seu projetista.

Porque é que "fica claro"?

Portanto, quando deparamos com algo como o corpo humano ou com o sistema planetário (que, aliás, não têm nada de perfeitos),

Muitos relógios, máquinas e obras de engenharia têm defeitos mas isso não invalida que elas tenham sido feitas por alguém. Mau design, para além de ser um argumento não científico, continua a ser design. Uma má pintura continua a ser uma pintura.

usa-se a mesma ideia e se conclui que têm de ter sido projetados por “alguém”. Mas há diferenças enormes entre esses dois exemplos. O que existe naturalmente (um corpo humano, uma flor ou o sistema solar) desenvolveu-se através de processos muito lentos e sutis.

...........??? É essa a tua explicação? "Deus não é o Criador porque a vida desenvolveu-se através de processos muito lentos e subtis"? Que processos são esses? Evidências? Alguém alguma vez viu uma única célula (que é mais complexa que QUALQUER máquina feita pelo homem) a surgir devido a "processos muito lentos e subtis"?

A tua resposta é a tua declaração de fé, e não uma evidência. Dizer-se que a vida não foi criada por Deus porque "se desenvolveu segundo processos muito lentos e subtis" não diz nada sobre a sua origem.

Nada disso foi “criado” de um nada para algo.

Aparentemente foi, uma vez que não há nenhuma força não-inteligente capaz de gerar sistemas de informação como o que nós temos dentro de nós (ADN)

Ou teriam surgido de um momento para outro, o que nenhum estudo, nenhuma pesquisa, nenhuma experiência indicam (ao contrário).

Mais uma declaração de fé.

Outra diferença muito importante é que qualquer obejto ou máquina criada por nós tem uma função definida, tem um propósito, não fabricaríamos garfos se não tivessem utilidade, o que não ocorre na natureza.

Impressionante! Os olhos não têm propósito? Os dentes molares não têm uma função? O fígado não executa operações específicas?

A tua fé cega-te à beleza da natureza, amigo. Tira as vendas e vê o mundo que Deus criou, cheio de sistemas e sub-sistemas capazes de humilhar o melhor dos engenheiros.

Não há nenhum propósito nas formas vivas. Uma espécie pode desaparecer (ou mesmo todas as espécies ao mesmo tempo) e não havia nenhum motivo para que sobrevivessem ou sucumbissem.

O facto de assumires que as formas de vida (como individuos) não têm propósito não invalida que DENTRO das formas de vida existam sistemas com propósitos bem claros. Isto mostra que a analogia entre o que nós construímos e as formas de vida, usando o teu critério do "propósito", é perfeitamente válido.

Tu não gostas dessa analogia, não porque não haja fundamento para tal, mas devido às implicações.

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