quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Resposta ao João: Mutações não implicam evolução

Esta é a segunda parte da resposta ao João. A primeira parte pode ser encontrada aqui.

O João afirma corajosamente:

Mas a negação mesmo presente no texto do Mats, a que ele explicíta é:

“1. Mutações re-organizam e/ou apagam informação que já exista.. Elas não geram novas funções genéticas.

2. As mutações são na sua esmagadora maioria malignas para o sistema biológico. Acreditar que um processo aleatório como as mutações genéticas possam gerar sistemas sofisticados como o sistema de visão é ter uma fé imensa e totalmente infundada.”

Não é assim. As mutações quando aparecem podem ser de vários tipos.

Todas elas envolvem recombinação e/ou remoção de informação genética existente.
Por diversos processos e com variadas consequências. Podem ir desde uma troca de um nucleotideo por outro,

Troca implica a substituição de algo que já exista por outra que já exista. Nada disto é evidência para a evolução.
a perdas de bocados de cromossomas

A perda de informação genética, obviamente, não é evidência para a teoria que tenta explicar o ganho de informação genética.
ou duplicação do seu numero

Duplicação é a repetição de informação que já existia.
Acrescentam diversidade ao genoma.

"Diversidade" não é sinónimo de "evolução".
Ou seja, vai haver mais genes no total no património genético de uma população depois da mutação do que antes.

Mas não há nova informação, mas sim repetição de informação que já existia. Se um aluno fizer um trabalho escolar, copiá-lo, e entregar ao professor, será que ele vai ter o dobro da nota só porque entregou uma cópia do mesmo trabalho juntamente com o original?
A adaptação e a sobrevivência, para o meio ambiente específico do organismo melhorou ou piorou?

Adaptação não implica evolução. Um animal pode perder informação genética mas ficar mais adaptado a um ecosistema. Por exemplo, em algumas ilhas ventosas, insectos que perdam a habilidade de voar ficam mais adaptadas ao ecosistema, no entanto essa mutação involveu a perda de informação genética, e não a aquisição de nova informação.
Esta resistência à malária é ganha através da simples troca de ácido glutâmico por valina (aminoácidos) na cadeia de aminoácidos da hemoglobina.

Troca não é evidência para a evolução.
A probabilidade de uma mutação pontual surgir que melhore ainda mais aquilo que tem milhares de anos de evolução é pequena. Mas não inexistente. E muitas vezes é preciso um acumular de várias mutações, que até podem ser neutras, para dar origem a uma nova função, como ilustrado na já referida experiencia de Lensky.

Mutações que não envolvam a aquisição de informação genética é irrelevante para a teoria da evolução, uma vez que a teoria da evolução veio para tentar explicar como novas funcionalidades podem aparecer por si só, sem intervenção inteligente.

Os cientistas criacionistas aceitam as mutações genéticas como um facto científico principalmente porque é observável. O que os darwinistas nunca mostram é mutações que acrescentem informação genética.

É obvio que se acreditamos que a Terra só tem cerca de 6000 anos, não vai haver tempo para tal processo.

Exactamente. Por isso a necessidade ideológica (e não científica) dos imaginados "milhões de anos". Vocês precisam dos milhões de anos senão a vossa teoria seria ainda mais ridícula.
Mas resultados CIENTIFICOS não convergem nessa direcção.

Por acaso até convergem. O imaginado estrato geológico, que supostamente serve de manto de fundo para as eras geológicas, é uma confusão total. Animais que supostamente já deveriam ter desaparecido ainda estão vivos e com saúde, e animais que supostamente viveram há milhões de anos atrás estão exactamente iguais HOJE. Pelos vistos a evolução "esqueceu-se" deles.
Quanto ao acreditar que processos aleatórios não podem dar origem a mecanismos complexos como o olho é não querer compreender a analogia que eu dei do desenho do gato. Mas como eu disse, se no caso do desenho do gato poderia argumentar-se que era preciso uma guia ou algo parecido que fosse inteligente, em relação à filtragem das mutações por selecção natural essa guia é o meio ambiente.

Se assim fosse, nós haveríamos de ter algum tipo de evidência que demonstrasse o poder do "meio ambiente" para gerar sistemas tão sofisticados, ou menos, que o olho. Temos algum tipo de evidência assim? Ou será que "não temos tempo para vêr isso a acontecer, porque a evolução demora milhões de anos"?

Conclusão
Como seria de esperar, e como consequência da teoria da evolução, os exemplos de "evolução" são totalmente irrelevantes. Em todos os exemplos que forneceste, nenhum deles de facto mostra os poderes criativos das forças da natureza. Mas isso não é culpa tua, mas sim dos limites das forças da natureza.

O tempo passa, mas a evolução continua a segurar-se por arames cada vez mais frágeis.

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