domingo, fevereiro 08, 2009

Pode um darwinista ser um ambientalista?

À primeira vista a pergunta que serve de tópico a este post pode parecer sem sentido uma vez que a maioria dos ambientalistas subscreve a teoria de que o mundo biológico criou-se a si próprio. No entanto, convém ressalvar que acreditar numa coisa e viver de acordo com o que se acredita não existe no ateísmo.

Para melhor podermos responder à pergunta, vamos vêr em traços gerais o que é que significam o "ambientalismo" e o "darwinismo".

O darwinismo é a crença de que o mundo biológico é o resultado de um processo aleatório, sem plano, sem direcção, sem propósito. O evolucionista G.G. Simpson diz:

"Man is the result of a purposeless and materialistic process that did not have him in mind. He was not planned. He is a state of matter, a form of life, a sort of animal, and a species of the Order Primates, akin nearly or remotely to all of life and indeed to all that is material."

Dito de outra forma, o ser humano é apenas mais uma das formas de vida neste grandioso esquema da vida. Se assim é, o seu comportamento (as suas acções, as suas escolhas, o seu temperamento) são o resultado das mesmas forças naturais que controlam os "pensamentos" dos gatos, cães e crocodilos.

No entanto, eis o que os evolucionistas da Wikipédia dizem sobre o ambientalismo (cores postas por mim):

"O ambientalismo, movimento ecológico ou movimento verde consiste em diferentes correntes de pensamento de um movimento social, que tem na defesa do meio ambiente sua principal preocupação, demandando medidas de proteção ambiental, tais como medidas de anti-poluição.

O ambientalismo não visa somente os problemas ligados ao meio ambiente. Ele vai muito além. Visa as atitudes a serem tomadas para uma possível diminução ou até mesmo solução deste."

Reparem nas palavras que estão a vermelho. Elas são dirigidas a quem? Ao ser humano. Segundo o ambientalismo, portanto, o ser humano tem que ter a "preocupação" de "defender" e "proteger" o meio ambiente. Para isso, ele tem que condicionar as suas "atitudes" de forma a que elas estejam de acordo com o propósito de preservar o meio ambiente.

Mas se o homem é apenas mais um animal que existe no biosfera, donde é que vem a sua "preocupação" em proteger o meio ambiente? Porque é que o homem tem a obrigação de cuidar do mundo onde ele vive? Será que os gatos têm a preocupação em "proteger" o meio ambiente? Será que quando a quantidade de herbívoros dos quais ele se alimenta fica demasiado baixa, os leões das savanas africanas condicionam o seu comportamento de forma a preservá-los?

Ivan Couée, pesquisador na secção "Ecosistemas-Biodiversidade-Evolução" na "French National Center for Scientific Research", compreendeu a contradição que existe entre o ambientalismo e a evolução e afirmou:

"Certas visões da natureza, como uma criação sagrada, um património precioso, como um sistema de funcionamento óptimo. podem justificar a conservação sistemática."

Pergunta: Quem são aqueles que acreditam que a natureza é uma criação sagrada, um sistema originalmente feito com um design óptimo, e um património precioso?
"Por outro lado, a biologia evolutiva fornece uma lição radical de modéstia não só ao ser humano, mas à própria natureza."

Por outras palavras, nós podemos pensar que somos algo de especial, mas a "biologia evolutiva" (seja lá o que isso fôr) diz que não devemos pensar assim.
"O Caos, catástrofes históricas, alterações, heterogeneidade, processos aleatórios e flutuações erráticas deram origem à química da reprodução molecular que por sua vez gerou uma miríade de formas de vida.(...) Em stricto sensu, a consequência fundamental da biologia evolutiva pode ser que a biodiversidade e a conservação são palavras oximorónicas"

Resumindo, a preocupação humana em proteger o meio ambiente é diametricamente oposta à crença de que o homem é apenas "mais um animal" da natureza.

Conclusão:
Os evolucionistas não podem viver de acordo com as suas crenças, e as palavras do Ivan Couée assim o confirmam. Um evolucionista consistente nunca pode ser um ambientalista, e um ambientalista consistente nunca poder ser um evolucionista. Claro que evolucionistas consistentes não existem, e como tal muitos deles subescrevem o ambientalismo sem saberem que isso contradiz a sua fé em Darwin.

Sempre que ouvires darwinistas a afirmarem que o ser humano tem o imperativo moral de proteger o meio ambiente, isso é a Imagem de Deus neles a falar mais alto.

Do ponto de vista cristão faz todo o sentido nós cuidarmos da natureza. Deus criou o meio ambiente para o ser humano (e não o contrário), e como tal é nosso dever e obrigação cuidar daquilo que Deus nos deu.

A Bíblia é o único Fundamento ideológico consistente que suporta o verdadeiro movimento ambientalista.

Génesis 2:15
Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Édem para o lavrar e guardar.

1 comentários:

Valha-nos Deus e um burro aos coices...

A ecologia não se preocupa com as pobrezinhas das aranhas e cobras venenosas da Amazónia.

Preocupa-se é em manter um planeta habitável. Se a gente lixar este é duvidoso que tenhamos outro.

Agora um criacionista da terra jovem é que nos diz que após o dilúvio (há 4500 anos) as florestas recompõem-se em meia dúzia de anos, logo se a gente lixar a Amazonia a coisa em poucos anos compõem-se.

A questão ecológica é uma questão de sobrevivência da espécie. O nosso ecossistema demorou milhões de anos a equilibrar-se. Se a gente o lixa não é o fim da vida. as espécies vão adaptar-se, desaparecendo umas e surgindo outras. Pode é não haver espaço para nós.
O que não me agradava particularmente.
Agora os criacionistas e fundamentalistas religiosos, certos da segunda vida de Cristo, o mais tardar para daqui a pouco não tem de se preocupar com o caso, não é ?

O fim está próximo para quê a preocupação ?

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