sexta-feira, agosto 05, 2011

Missão Impossível: A Borboleta Monarca

A borboleta monarca (Danaus plexippus) é uma borboleta (larga, laranja-e-preta) comum na maioria da América do Norte. A mesma é famosa devido a sua migração de e para as áreas invernais do México e Califórnia (National Geographic, vol. 150, no. 2, August 1976).

A monarca começa a vida como um ovo colocado por uma borboleta adulta nas plantas de uma serralha comum, a Asclepias syriaca. Inicialmente, ela é do tamanho da cabeça de um alfinete. Quando 3 a 12 dias depois, o ovo eclode, a pequena borboleta (ainda na forma de uma mini minhoca) possui 8 pares de pernas (de forma a movimentar-se na planta hospedeira) e uma boca arquitectada para mastigar pétalas (o que ela o faz de forma voraz). Mas só as plantas da serralha servem; nenhuma outra planta serve.

A serralha possui uma seiva branca e pegajosa que, embora altamente tóxica para os outros animais, não afecta a larva de borboleta de forma alguma.

À medida que a lagarta de borboleta vai comendo, ela vai crescendo. Passado algum tempo, ela fica demasiado grande para a sua pele, e como tal, a mesma divide-se e de dentro sai a lagarta com uma nova e mais espaçosa pele pronta a ser preenchida.

Durante cerca de duas semanas, isto é tudo o que a lagarta faz: come plantas, cresce, muda de pele, come mais plantas, cresce um pouco mais, muda de pele outra vez. Este processo vai-se repetir cinco vezes.

Finalmente ela pára de comer. De seguida ela encontra um lugar protegido, pendura-se de pernas para o ar, tece uma ligação em seda, e muda de pele mais uma vez. No entanto, desta vez o que sai de dentro desta nova pele não é uma larva maior, mas sim uma "embalagem" compacta, sem pernas, sem olhos e sem partes corporais visíveis chamada de pupa, encapsulada numa crisális. Não é multicolorida como a lagarta, mas é verde viva contendo manchas amarelo-dourado.

Embora do exterior não se descortine movimento algum, no seu interior há muita agitação biológica. O coração ainda bate, mas os restantes órgãos corporais assemelham-se a gelatina verde (enquanto toda a massa se reforma a ela mesma até se transformar numa criatura completamente diferente). A cor verde escurece até se transformar em castanho. Gradualmente a cor muda enquanto a crisália vai clareando. A dada altura, as cores laranja e preto podem ser vistas. São as cores da borboleta adulta.

Finalmente, e após cerca de duas semanas, a crisália abre-se e uma borboleta adulta emerge. Possui 6 pernas longas, uma boca que é um probóscide (usado para atingir o interior das flores de modo a ingerir o néctar das mesmas) e dois pares de asas enrugadas que rapidamente se expandem à medida que fluido é injectado nas suas veias. Enquanto elas se expandem, a borboleta lentamente agita-as para a frente e para a trás (com os seus recentemente adquiridos músculos para o voo) até que as mesmas se encontrem secas, e de modo a que elas, estendidas, fiquem rijas e prontas a voar.


Eis aqui a tua missão, caro evolucionista, caso a aceites:

Explica como é que a transformação acima descrita pôde ocorrer aleatoriamente, como o resultado de erros genéticos (filtrados pela selecção natural), sem propósito, sem inteligência envolvidas, guiada apenas pela sobrevivência do mais apto, à medida que uma criatura primitiva sem asas gradualmente evoluiu até se transformar numa borboleta voadora.

Qual é a fase do processo acima descrito (chamada de metamorfose completa) podes suspender por um bocado na sua evolução gradual? Se apenas uma enzima está em falta, como é que a transformação ovo-larva-pupa-adulta acontece? Tudo tem que estar presente, funcional, na altura certa, senão a criatura morre.

Ou tudo funciona ou nada funciona.

Mas não nos contes "estórias" da carochinha; oferece uma explicação científica que não seja descartada por um geneticista como ridícula.

Não chames a isto um "milagre da natureza" - a menos que estejas disposto a aceitar a existência de design inteligente e criativo no teu deus a que tu dás o nome de Natureza.

Não nos mostres como é que outras metamorfoses acontecem como forma de explicar esta metamorfose. Lembra-te: funcionamento não explica origem. O facto de explicares como é que um sistema funciona não serve de evidência para a forma que tu *pensas* ela veio a existir.

Mostra de forma lógica e coerente como é que *esta* metamorfose veio a existir de forma gradual, sem inteligência envolvida em nenhuma parte do processo.

Este texto não se vai auto-destruir!

Não temas, ó terra: regozija-te e alegra-te; porque o Senhor fez grandes coisas - Joel 2:21

Modificado a partir do artigo original

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