quinta-feira, janeiro 14, 2010

Cientistas Mapeam Processos Químicos e Ignoram Darwin

Impressionante como os cientistas aparentam poder fazer o seu trabalho alegramente sem levar em conta as estórias do tio Darwin.

Sinceramente, começamos a reparar num padrão: cientistas fazem o seu trabalho científico calmamente, sem levar em conta o darwinismo, mas depois do trabalho todo estar feito, os ateus aparecem e dizem que nada do que foi feito teria sido possível sem uma fé firme nos mitos evolucionistas.

Cientistas fazem 1º mapa completo do funcionamento de um ser vivo

REINALDO JOSÉ LOPES
da Folha de S. Paulo

Uma equipe internacional de cientistas conseguiu mapear pela primeira vez todos os processos bioquímicos que mantêm um ser vivo (no caso, uma das bactérias mais simples do planeta) em funcionamento.

Os cientistas detalharam a receita toda: o conjunto de proteínas, os genes ativos e a cadeia de reações químicas que constroem a Mycoplasma pneumoniae, causadora, como indica seu nome, de um tipo de pneumonia em seres humanos.

O feito abre caminho para um plano acalentado há anos pelos biólogos moleculares: criar vida artificial --ou, ao menos, uma forma "customizada" dos micróbios atuais. E a análise de como a M. pneumoniae leva sua vidinha unicelular derruba de vez o velho preconceito de que bactérias funcionam de forma rudimentar quando comparadas com seres de células complexas, como plantas ou animais.


Editoria de Arte/Folha Imagem

A maior diferença entre micróbios como bactérias e organismos mais complexos tem a ver com como o DNA se abriga no interior da célula. Criaturas como árvores e pessoas têm seu material genético cuidadosamente empacotado no núcleo de suas muitas células, enquanto as bactérias não têm núcleo em sua célula única.

Além do empacotamento no núcleo, o DNA dos organismos mais complexos também apresenta uma série de firulas na maneira como é "lido", possibilitando variar a maneira como as instruções contidas nele são seguidas pela célula.

Complicada e perfeitinha

Pois o mapeamento da bactéria, apresentado em uma série de artigos na revista especializada americana "Science", indica que não é preciso ter núcleo para desenvolver métodos sofisticados de leitura do DNA.

O grupo coordenado por Luis Serrano, da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, mostrou que a bactéria usa um sistema flexível na hora de transmitir os dados codificados em seu DNA para o mRNA, ou RNA mensageiro, que inicia o processo de produção de proteínas na célula.

Essa flexibilidade depende dos chamados operons, conjuntos de genes cuja ativação é controlada pelo mesmo "interruptor". Em tese, se esse "interruptor" fosse apertado, todos os genes ligados a ele seriam ativados. Mas não é o que acontece. "Existe uma regulação interna, de forma que alguns genes do operon podem se expressar [se ativar] mais ou menos que os outros", diz Serrano.

A mesma versatilidade aparece nas proteínas que a bactéria produz --apenas 689, contra dezenas de milhares do organismo humano. É que esse punhado de moléculas consegue desempenhar múltiplas funções, explica Anne-Claude Gavin, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular.

"Muitas enzimas [proteínas que aceleram reações químicas] são capazes de catalisar reações diferentes, de processar substâncias diferentes ou interagir com várias moléculas parceiras."

1 comentários:

"Impressionante como os cientistas aparentam poder fazer o seu trabalho alegramente sem levar em conta as estórias do tio Darwin"

Sinceramente! "Tio Darwin"? O que fez o pobre senhor para ser tratado com tal desrespeito? Se lhe desse o nome de avô Darwin poderia (talvez) compreender-se melhor. As fotografias de Darwin mais idoso, tal como alguas das fotografias actuais de Michael Behe parecem as fotografias de um avó bondoso.

Não concordo com o que Behe defende. Mas parece ser, pelas descrições que são feitas dele, inclusivê pelos seus críticos mais acérrimos, uma pessoa simpática e acessível.

Nunca vi nenhum texto escrito por um crítico de Behe trata-lo por "tio Behe". Espero numca ver uma tão grande falta de educação (o mesmo se aplica para outros defensores do design inteligente, como Dembski e Johnson, e demais defensores do criacionismo científico)!

P.S.: Os cientistas, mesmo os biólogos, não precisam de estar sempre a invocar o nome ou o trabalho de Darwin quando expõem as suas conclusões. Não quer dizer que façam "o seu trabalho científico calmamente, sem levar em conta o darwinismo". Apenas quer dizer que não estão sempre a invocar o nome de Darwin para tentar que o seu trabalho seja levado mais a sério.

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