sábado, agosto 18, 2012

Evolucionistas tentam confirmar hipótese refutada há mais de 100 anos


"Cientistas britânicos recriam as moléculas que geraram a vida" - este é o título dum artigo recentemente colocado no Mail Online (Enoch, 2012). Um título tão presunçoso e corajoso certamente que agarra a nossa atenção, considerando que o mesmo deixa-nos com a impressão de que, contrariamente ao facto científico de que, na natureza, a vida biológica só pode surgir a partir da vida biológica, a abiogénese foi finalmente comprovada (Miller 2012). Infelizmente para os evolucionistas ateus, o artigo admite mais más notícias do que boas para a sua preciosa teoria.

O artigo em causa começa com a declaração, "Os cientistas [isto é, os cientistas evolucionistas] encontram-se mais perto de entender a origem da vida." (Enoch). Para os ateus, isto parecem ser boas notícias, até que ele se apercebe que o autor admite tacitamente que, depois de décadas a tentar confirmar que a vida pode de alguma forma evoluir daquilo que não tem vida - o que tem que ter ocorrido, se a evolução darwiniana ocorreu - os cientistas [evolucionistas] ainda não entendem a origem da vida.

Robert Hazen, pesquisador na "Carnegie Institution" (Geophysical Laboratory de Washington), admitiu durante a sua série de palestras com o nome de "Origins of Life" que "os cientistas não sabem como é que a vida teve início" e que em vez disso têm que "assumir que a vida emergiu a partir de matéria básica por meio de sequências de eventos consistentes com as leis da Química e da Física" (Hazen, 2005). Paul Davies, físico, cosmólogo, astrobiólogo e professor na "Arizona State University" disse:
Um dos mais espantosos mistérios científicos é a origem da vida. Como é que ela teve início? . . . A verdade é que ninguém tem a menor evidência.
(2006, 192[2578]:35)
O eminente biólogo evolucionista Richard Dawkins admitiu também que ninguém sabe como é que a vida teve início (Stein and Miller, 2008).

Do ponto de vista científico, o problema com esta ideia é que a ciência já forneceu pistas sobre a origem da vida ao demonstrar repetidamente que, na natureza, a vida vem sempre da outra vida (Miller, 2012); na natureza, a vida biológica nunca pode vir daquilo que não está vivo. Devido a isto, e de acordo com a ciência, a resposta para a origem da vida tem que ser encontrada fora da natureza - Uma Fonte Sobrenatural. Não esperem que os evolucionistas ateus aceitem esta implicação lógica proveniente dos dados da ciência, e nem esperem que o artigo de Enoch faça esta admissão.

Quais são os factos que podem ser extraídos da pesquisa discutida no artigo? Os testes levados a cabo por químicos orgânicos na Universidade de York revelaram que "usando uma simples amostra de aminoácidos canhotos, para catalisar a formação de açucares, resultou na produção de aminoácidos predominantemente destros." (Enoch). Esta pesquisa é espantosa e significativa. O problema, como é normal, não é o que a ciência revela, mas a interpretação que os evolucionistas fazem das evidências.

Os pesquisadores afirmam que os seus achados podem explicar a forma como os carbohidratos podem ter evoluído originalmente na Terra, e o porquê da forma destra dominar na natureza. Segundo Paul Clark, que liderou a equipa de cientistas que levou a cabo a pesquisa, "Uma das questões interessantes é donde se originaram os carbohidratos uma vez que eles são os tijolos de construção do ADN e o ARN. O que nós conseguímos foi o primeiro passo em direcção à demonstração da forma como açucares simples - treose e eritrose - (inglês: "threose" e "erythrose") se originaram.(Enoch).

Note-se que ao afirmarem que as suas pesquisas revelaram como é que "açucares simples. . . . se originaram", eles "saltam do A para o Z" na sua conclusão. Como é que alguém pode declarar uma coisa dessas? Isto é análogo a ver pela primeira um carro, reparar que é verde, e assumir que o primeiro passo foi dado para provar que todos os carros são verdes.

Os pesquisadores vão para além das evidências quando aplicam a sua excelente pesquisa num mundo hipotético que alegadamente pode ter existidos há milhões de milhões de anos atrás (talvez), que pode ter tido as condições certas e os materiais disponíveis correctos para produzir os resultados que eles produziram nas suas experiências - condições e materiais que só foram apresentados nos seus laboratórios e não no mundo natural -, que podem (ou não) ter sido o caminho através do qual - segundo os evolucionistas - a vida se pode, de alguma forma, ter originado espontaneamente.

Como é normal quando as pesquisas são publicadas, os autores quiseram cativar a atenção dos leitores ao alegar de forma corajosa algo que não ocorreu. É preciso ler o artigo de forma cuidada para detectar a miríade de avisos espalhados pelo artigo, que subtilmente ressalvam o facto das implicações estarem caracterizadas por meras afirmações e conjecturas - sem qualquer tipo de evidências.

Uma leitura rápida ao artigo com 357 palavras, levando em conta os avisos, revela as frases que se seguem:
  • "pode ter ocorrido"
  • "pode explicar"
  • "muitas pessoas pensam"
  • "estamos a tentar compreender"
  • "a maior parte dos cientistas acredita"
  • "condições hipotéticas"
  • "que podem ter estado presentes na Terra primordial"
A verdade é completamente diferente: os cientistas [evolucionistas] não têm pistas algumas em torno da forma como a vida originou. Eles podem apenas adivinhar e especular porque (1) eles não estavam presentes quando a vida teve início e (2) a natureza revela que a vida não pode surgir daquilo que não está biologicamente vivo.

Com isto em mente, observem a admissão de Paul Clarke:
Para que a vida tenha evoluído, é preciso que exista um momento onde algo sem vida se tornou vivo - tudo o que se passou até esse ponto é Química. Estamos a tentar entender a origem química da vida.
(Enoch)
Portanto, Clark admite que a pesquisa da sua equipa não envolve sequer produzir uma resposta à pergunta rainha de como é que a vida surgiu a partir da não-vida. A sua equipa estava apenas interessada em tentar descobrir a forma como os tijolos de construção da vida podem ter surgido - e não como é que eles podem ter feito o salto para a vida. Essa pergunta continua intocável por parte da equipa de Clark e de toda a comunidade científica [evolucionista].

Essencialmente, estes cientistas estão apenas a tentar descobrir a forma como os componentes essenciais da vida se podem ter originado a partir de materiais pré-existentes que eles pensam terem estado em abundância há milhões de anos atrás - e não a forma como esses componentes se podem ter organizado acidentalmente de forma a passarem a estar vivas e a produzir outras formas de vida iguais a ela.

Verdadeiramente, a questão "como é que a vida pode ter originado da não-vida" foi já respondida por Redi, Spallanzani, e Pasteur através das suas pesquisas científicas que revelam como a abiogénese não pode ocorrer (Miller, 2012). Porquê, então, Clark e a sua equipa estão a investir o seu tempo em tentar provar a forma como os componentes da vida se podem formar, dando apoio a uma teoria já refutada? Segundo o artigo,
A pesquisa ecoa o importante estudo de 1952 levado a cabo por pela equipa Miller-Urey, que simulou as hipotéticas condições que podem ter estado presentes na Terra primordial. A mesma mostrou como os componentes necessários para a vida se podem formar a partir de reacções químicas simples - por exemplo, a actividade eléctrica tal como aquela associada aos trovões pode dar início à formação de aminoácidos.
O problema com esta declaração é que os autores parecem não saber que as experiências de Miller-Urey são, actualmente, consideradas por quase todos como totalmente irrelevantes para as questões em torno da abiogénese. (Miller, 2012). O facto deles usarem a experiência de 1952 como suporte para o seu trabalho indica que, quando comparados com outros evolucionistas, eles encontram-se bastante atrasados, ou então eles estão tão desesperados para validar a sua possibilidade que ignoram pesquisas recentes que refutam as suas esperanças.

Infelizmente, nos dias actuais, muitos cientistas estão apenas interessados em analisar a natureza como forma de determinar como é que as coisas aconteceram através das várias hipóteses evolutivas, e não como é que as coisas realmente aconteceram. As suas posições tomadas à priori corrompem as interpretações que eles fazem das evidências.

Porque é que pessoas que se auto-qualificam de "cientistas" se recusam a seguir para onde as evidências os conduz? Será porque eles possuem "comichão nos ouvidos" que lhes impede que suportar "sã doutrina" ? (2 Timóteo 4:3)? Será porque eles se recusam a receber "o amor da verdade", mas em vez disso, escolhem "acreditar na mentira" porque têm "prazer na iniquidade" ? (2 Tessalonicenses 2:10-12)?

Independentemente disso, as evidências são bastante claras: na natureza, a vida só vem de vida pre-existente. Devido a isso, segundo as evidências científicas. a única forma da vida se ter originado é através da Intervenção Sobrenatural. É em direcção a esta conclusão que as evidências científicas nos transportam.


REFERÊNCIAS:

Davies, Paul (2006), New Scientist, 192[2578]:35, November 18.

Enoch, Nick (2012), “British Scientists Recreate the Molecules that Gave Birth to Life Itself,” Mail Online, January 27,

Hazen, Robert (2005), Origins of Life (Chantilly, VA: The Teaching Company).

Miller, Jeff (2012), “The Law of Biogenesis,” Reason & Revelation, 32[1]:2-11, January (Montgomery, AL: Apologetics Press),

Stein, Ben and Kevin Miller (2008), Expelled: No Intelligence Allowed (Premise Media).

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