terça-feira, julho 12, 2011

Evolucionista: Se a evolução não fosse um FACTO eu nem poderia beber um copo de água!


O evolucionista Nuno Mendes comentou neste post e disse:

Eu uso todos os dias modelos evolutivos para fazer investigação.

É mesmo? Será que se a teoria da evolução não fizesse parte do lote de crenças do Nuno, ele faria a sua investigação de alguma forma diferente? Não, e já se vai vêr porquê.

Modelos esses que permitem fazer genómica comparativa e testar hipóteses sobre evolução de proteínas, genes e outras moléculas. Esses modelos permitem comparar a informação genómica associada a organismos cujo antepassado comum existiu presumivelmente há dezenas ou por vezes centenas milhões de anos.

Resumindo, comparam-se genes, fazem-se hipóteses, e especula-se sobre um mitológico "parente comum" que supostamente viveu há “milhões de anos”. Presumivelmente.

Vamos fazer uma jogo. Vamos imaginar que o Nuno não era um evolucionista. Será que ele poderia fazer comparação genómica sem acreditar na evolução? Obviamente que sim! A crença na teoria da evolução não acrescenta nada ao método de trabalho (de uma forma que beneficie a ciência).

Admitamos, por hipótese, que eu amanhã tinha um acesso de fé criacionista e resolvia repudiar a teoria da evolução. Como sugere que eu fizesse o meu trabalho?

Não é preciso acreditar-se na teoria da evolução para se comparar genes.

Em que teoria devem sustentar o seu trabalho os milhares de cientistas que trabalham na área da Biologia e usam constantemente genómica comparativa para fazer pesquisa fundamental e aplicada que eventualmente nos permite compreender melhor os processos biológicos e, por vezes, melhorar a qualidade de vida das pessoas possibilitando o desenvolvimento de medicamentos ou outras terapias?

Qual foi o medicamento que foi desenvolvido tendo como fundamento a crença de que a vida biológica é o resultado de milhões de mutações aleatórias filtradas pela selecção natural?

Deixa-me propôr-te uma situação hipotética. Imagina que eu era mecânico e tinha à minha frente vários carros cujo funcionamento eu tinha que estudar. Se por acaso alguém chegasse, e dissesse “Sabes, Mats, estes carros desenvolveram-se durante um período de milhões de anos por si só, através de uma série de acidentes fortuitos e selecção natural“, deveria eu mudar a minha metodologia de investigação relativo ao funcionamento interno da maquinaria? Obviamente que não.

Agora aplica o mesmo princípio à Biologia e a teoria da evolução. Eu tenho um gato, um pombo e um sapo e tenho que estudar e comparar os seus genes. Se alguém vier e disser “Mats, os pombos, como áves que são, evoluíram dos dinossauros“, deveria eu mudar o meu método investigação se quisesse saber mais sobre a informação genética dos ditos seres vivos? Absolutamente que não.

A teoria da evolução é uma história imaginativa sobre um hipotético passado. Não é alguma coisa que seja fundamental para o progresso e desenvolvimento da Biologia.

Dr Michael Denton, no seu livro “Evolution: A Theory in Crisis”, (páginas 104 e 105), diz:

O anti-evolucionismo dos eminentes biólogos do século 19 não era baseado na religião.

Ele acrescenta na página 100:

O facto de que muitos dos fundadores da Biologia moderna - aqueles que descobriram todos os factos básicos da morfologia comparativa sobre o qual a Biologia evolutiva moderna é baseada - terem mantido uma visão da Natureza como um descontinuo de tipos isolados, únicos e sem “pontes” de variedades transitórias, posição totalmente contrária às ideias evolucionistas, é obviamente muito difícil de reconciliar com a noção popular de que todos os factos da Biologia irrefutavelmente suportam a interpretação evolucionista.

(”Evolution: A Theory in Crisis; pag 100)

Por outras palavras, aqueles que fundaram os alicerces da Biologia moderna não acreditavam na teoria da evolução. Isto não prova nada, mas serve para pôr um grande ponto de interrogação às palavras do Nuno.

Dr Marc Kirschner, fundador do Departamento de Biologia Sistemática, na Universidade de Harvard diz:

De facto, durante os últimos 100 anos, practicamente toda a biologia progrediu independente da teoria da evolução, excepto a própria biologia evolucionária. A Biologia Molecular, Bioquímica. Fisiologia não tiveram em conta a teoria da evolução.

(citado no “Boston Globe” 23 de Outubro 2005)”

Conclusão:

Sim, eu entendo que provavelmente o Nuno tenha uma forte crença na teoria da evolução, mas, tal como os cientistas acima referidos disseram

1) os fundadores dos vários ramos da Biologia não eram evolucionistas e

2) durante os últimos 100 anos a Biologia avançou tranquilamente sem levar em conta os mitos darwinistas.


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