quinta-feira, setembro 08, 2011

Revendo a revisão


Um estudo que tenha sido alvo de revisão de pares (eng: "peer-review") é normalmente considerado o exemplo perfeito para a verdade e fiabilidade científica. No entanto, depois de vários escândalos proeminentes, a preocupação em torno da utilidade do "peer-review" propagou-se para além do mundo académico.

A situação tornou-se de tal maneira alarmante que a Casa dos Comuns inglesa publicou uma reportagem em torno do processo de revisão depares. Uma vez que o governo britânico é um financiador relevante das pesquisas científicas, o seu parecer é relevante.

Como pano de fundo para esta desconfiança em torno da revisão de pares estão os escândalos em torno do Dr Andrew Wakefield e a sua fraudulenta e sem ética pesquisa em torno do autismo, e o "ClimateGate", a enorme controvérsia em torno de emails revelados ao público mostrando manipulação de dados e preconceitos editoriais por parte de alguns defensores do aquecimento global.

Mesmo alguns cientistas estão-se a tornar críticos. Entre algumas das objecções levantadas na reportagem encontram-se alegações de que a revisão depares "afoga" a novidade, reflecte os preconceitos dos editores, é onerosa e cansativa para os pesquisadores.

Para além disso, alguns editores de jornais científicos mundiais de renome questionam a sua eficiência. Drummond Rennie, editor do "Journal of the American Medical Association" disse a dada altura:

Se a revisão de pares fosse uma droga [com fins médicos], nunca teria permissão para ser vendida ao público.
Richard Horton, editor-chefe do "The Lancet", citou um estudo que concluía:
A revisão de pares editorial, embora amplamente usada, não é, em larga medida, testada e os seus efeitos são incertos.
Por outro lado, o grupo Research Councils UK afirmou ao comité que "a força da revisão de pares excede em muito as suas fraquezas."

De um modo geral, a reportagem expressa um certo grau de confiança na revisão de pares, mas ao mesmo afirma que o processo pode ser melhorado. A fiscalização da integridade das pesquisas é insatisfatória, segundo a reportagem. Deveria existir um regulador externo que lidasse com os raros casos de má conduta profissional nas pesquisas.

O MP que presidia o comité, Andrew Miller, disse o seguinte à BBC:

A questão aqui não são quantos erros são feitos e quantos desses erros escapam à rede, mas sim a potencial seriedade dos erros e da actividade fraudulenta. Para além disto ser algo que nos deveria preocupar, nós temos que pensar não só no incidente individual mas também no impacto que tal teria na confiança depositada na ciência. ~ BBC, Julho 28.
Fonte

Claro que se Deus não existe, não há"Regulador Externo" que lide com os "raros" (?) casos de má conduta profissional. No mundo estritamente materialista e naturalista, as fraudes são moralmente neutras. Sim, ninguém gosta de ser enganado, mas quem disse que a moralidade se deve basear no que nós gostamos ou deixamos de gostar?

Este tipo de notícia revela também a forma como o consenso evolutivo rejeita à priori qualquer artigo que mostra a fragilidade dos mitológicos "milhões de anos" ou do naturalismo: preconceito editorial.

Todos nós sabemos que estas coisas existem em todas as áreas da existência humana, mas os crentes evolucionistas esperam que nós acreditemos que a única razão que leva a que os jornais "científicos" rejeitem à priori trabalhos anti-evolutivos é a falta de "base científica".

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