sexta-feira, março 21, 2008

Resposta ao Ludwig Krippahl - Origem da Vida - 2

O ateu Ludwig Krippahl "respondeu" a este post, e essencialmente resolveu fazer aquilo que muitos darwinistas tentam a todo custo não fazer (publicamente): fazer uma ligação entre o darwinismo (evolução biológica) e a origem da vida (evolução química).

Eu li e reli a resposta, mas não consegui encontrar na sua resposta alguma coisa que de alguma forma suportasse a origem da vida naturalista nem que suportasse a teoria da evolução. (Não que eu estivessa à espera).

Aquilo que o Ludwig tem feito é usar a verificação de eventos não controversos (variação genética) como evidência de que todo o design existente na biosfera é resultado de um processo não-inteligente, não-guiado, e não-teleológico.

É preciso vêr que o Ludwig usa a variação genética como evidência para a evolução, e a teoria da evolução como a explicação "científica" da origem das formas de vida, anulando a necessidade de Um Deus Criador. Como a teoria é a alternativa a Deus, essa mesma teoria tem que ser capaz de explicar aquilo que os Criacionistas dizem só seres inteligentes são capazes de fazer, nomeadamente, criar vida a partir de matéria morta. Usar variações de animais que já existam como forma de refutar Deus não é lógico.

Nós não queremos saber como é que uma bactéria se transforma numa bactéria. Nós queremos saber qual é a força natural capaz de criar bactérias a partir da matéria morta.

Convém comentar algumas coisas:

As características de uma população variam ao longo do tempo pela forma como afectam a reprodução, pela forma como surgem ou se propagam entre os indivíduos. Os detalhes podem ser complexos mas a ideia central, que a população muda ao longo do tempo por mecanismos compreensíveis, aplica-se qualquer que seja a origem da população.

O facto de que a população varia através dos tempos não explica como é que essa população surgiu inicialmente.

Mas há uma relação entre a teoria da evolução e a origem da vida, só que é ao contrário do que os criacionistas julgam. Não é a teoria da evolução que exige uma origem particular para a vida. É a origem da vida que se explica com a teoria da evolução.

Isto também não é factual, uma vez que a teoria da evolução exige uma origem da vida 100% naturalista, isto é, sem intervenção Divina. Isto parece-me bem particular para mim. É fácil de se perceber porquê: se a origem da vida se deve a Deus, então não há razão nenhuma para se acreditar que Deus necessitasse de um processo tão longo, dispendioso e cruel como a evolução para criar mamíferos e outros animais.

Segundo, a experiência Miller/Urey anda é usada hoje como evidência a favor da evolução, embora desde os anos 70 que os cientistas a tenham descartado.

Portanto, a teoria da evolução precisa de um tipo específico de origem de vida (naturalista).

Mas para evoluir basta reprodução com herança e modificação.

Não necessariamente. Para evoluir era necessário um certo tipo de modificação na composição genética (incremental). Para se vêr isso, basta estudar as experiências que foram feias com as moscas das frutas. Durante cerca de 100 anos elas foram alvo de todo o tipo de mutações e experiências, no entanto, 100 anos depois, ainda eram moscas. Houve n modificações, e n moscas foram reproduzidas, no entanto não houve evolução nenhuma.

Portanto, para haver evolução não é só necessário haver reprodução e modificação.

Os criacionistas aldrabam a resposta. O objectivo é compreender os processos que deram origem a esta complexidade e isto não se resolve apontando para um livro antigo e dizendo foi o meu deus.

Repara no que disseste em cima: " O objectivo é compreender os processos que deram origem a esta complexidade". Sim, de facto é preciso saber quais os processos capazes de criarem toda a complexidade que vêmos na biosfera. Apontar para variações dentro da biosfera não serve de evidência para a evolução.

Há mais de quatro mil milhões de anos terão surgido sistemas químicos que, apesar de simples, eram capazes de replicar moléculas.

Sim, se calhar, provavelmente, supostamente, terão surgido (mais ou menos), Obviamente, não evidência nenhuma que compostos quimicos por si só consigam criar o complexo processo de reproducção, mas....segundo o naturalismo, isso deve ter acontecido. E porquê? Ora, porque não há mais nada!

Não é um mistério, não faltam hipóteses plausíveis e não há necessidade de pedir aos deuses que nos resolvam o problema.

A existência de múltiplas e contraditórias hipóteses para a origem naturalista da vida, é uma forte evidência que esse campo está literalmente "aos papéis". Ninguém tem a mínima ideia como é que compostos químicos aprenderam a reproduzir-se. Ninguém tem a mínima ideia de como é que a matéria morta conseguiu "escrever" o sistema de informação mais complexo do mundo, nomeadamente, o ADN. No entanto, somos bombardeados quase diariamente com a ideia de que tais eventos são "factos científicos". O facto de nunca terem sido verificados, e irem totalmente contra aquilo que vêmos diariamente, não parece incomodar os crentes evolucionistas.

É como qualquer questão histórica. Podemos afirmar com confiança que Dom Afonso Henriques andava a pé ou a cavalo. Não precisamos de postular um deus que o carregasse de um lado para o outro.

Podemos confiar que ele andava à pé ou a cavalo porque não havia muito por onde escolher. No que toca à origem da vida, não podemos dizer com toda a confiança que ela surgiu por si só, sem nenhuma intervenção Divina, primeiramente porque não há evidências, e depois, as evidências que existem enquadram-se facilmente dentro da Criação.

Portanto não há comparação possível.

Assim que as primeiras moléculas se começaram a copiar estavam presentes todos os ingredientes necessários para a evolução. A vida surgiu pela evolução de sistemas químicos não vivos.

E....quem disse que as "primeiras moléculas" se começaram a copiar? Donde é que surgiram essas moléculas em primeiro lugar? Se eram moléculas sem vida, como é que elas sabiam o complexo processo de autocópia?

Como sempre, os evolucionistas assumem aquilo que tem que ser confirmado cientificamente.

Há várias perguntas que poderiam ser feitas sobre a origem da vida, e são essas perguntas difíceis que levam que a pesquisa sobre a origem naturalista da vida esteja totalmente aos papétis.

Ah, e andar aos papéis não é desistir, mas sim, não ter ideia alguma como explicar um dado fenômeno. A origem da vida é o maior problema que a teoria da evolução enfrenta, e até hoje, não há explicação naturalista.

Se ao menos os darwinistas lêssem e acreditassem no primeiro verso da Bíblia, eles haveriam de
entender o porquê do naturalismo ser uma hipótese nao-científica falhada, e o porquê das pequisas sobre a origem da vida serem uma perda de tempo.

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