Os evolucionistas choramingam e dizem que esta limitação é inválida porque existem outras alternativas.
O criacionista avança segundo a assumpção subentendida de que a criação pode ser validada desacreditando a evolução - uma forma de pensar que não é nem científica nem lógica.A negação evolucionista tem sido tão bem sucedida que até conseguiram convencer um tribunal federal da existência desse dualismo (citado por "The Biotic Message" na página 457).
(S. Weiberg , "Review of Origins: Two Models", 1984, página 6)A própria justaposição da evolução com a Ciência da Criação - o que os Criacionistas chamam de "a abordagem dois-modelos" - é nela mesma falaciosa. Não se pode provar o Criacionismo refutando a evolução.
(Michael Ruse, "A Philosopher's Day in Court", 1984, página 330)
O curioso desta situação é que, como a teoria da evolução foi inventada especialmente e unicamente para refutar o argumento do design (brilhantemente proposto pelo Teólogo William Paley), quem inventou a abordagem dois-modelos foram os evolucionistas. As "evidências" evolutivas clássicas não são evidências em favor da evolução mas sim, contra o Criador.
A lógica evolutiva funciona do seguinte modo:
- Evolucionistas observavam o facto peculiar na natureza. Chamemos-lhe de X.
- Seguidamente alegam que não faz sentido nenhum o Criador ter criado X.
- Depois arranjam uma teoria qualquer para acomodar X.
- Finalmente concluem que a teoria da evolução faz "mais sentido" que o Designer.
Historicamente, o facto X tem sido as aberturas branquiais, a recapitulação de Haeckel, órgãos vestigiais, estruturas estranhas e curiosas (o argumento da "imperfeição"), adaptações semelhantes usadas para propósitos distintos, adaptações distintas usadas para o mesmo propósito, universalidades biológicas, homologias, e a hierarquia em ninho da vida.
Todos estes argumentos foram usados contra o Criador, mas a teoria da evolução não os prevê. Isto é o dualismo original em acção - tradição que pode ser seguida até o próprio Darwin. Como os evolucionistas ainda usam esta lógica (exemplificada no uso de algumas das "evidências" listadas em cima), eles não se podem queixar do dualismo criação-evolução. Eles ainda o usam.
Stephen Jay Gould, Luria e Singer (1981) exemplificam de forma clara este dualismo no seu livro* dirigido ao iniciantes em Biologia (nível universitário):
- Eles afirmam que as questões biológicas tem "duas potenciais resoluções": ou a criação ou a evolução (página 572). Isto dá legitimidade ao dualismo criação-evolução.
- Todas as "evidências" usadas em favor da evolução - quer sejam a biogeografia, órgãos vestigiais, embriologia, homologia ou design "imperfeito" - são argumentos explicitamente contra o Criador (combinadas com acomodações plásticas por parte da teoria da evolução - página 576-581). Isto valida o dualismo.
Conclusão:
As perguntas para os evolucionistas que pensam assim são:
- Se é verdade que vocês acreditam na existência de "alternativas" à criação e à evolução, porque é que todas as evidências que vocês usam em suporte da teoria da evolução são evidências contra Deus? Onde estão as evidências contra as "alternativas"?
- Porque é que Darwin e os seus adoradores têm usado o dualismo criação-evolução desde o princípio, se o mesmo é uma "invenção criacionista"?
A crítica não deve ser feita aos evolucionistas que se apoiam nesse dualismo mas sim aos evolucionistas que negam a existência dessa crença subentendida na sua visão das origens, mas ao mesmo tempo usarem evidências que validam o mesmo dualismo que eles afirmam não existir.
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