Não fosse suficiente o mundo ateu estar em oposição à ciência, à moralidade, ao pensamento lógico e a Deus, os ateus ainda têm que lidar com as palavras de pessoas que abandonaram a sua religião, e que agora escrevem contra ela.
Está cada vez mais difícil de ser um "ateu intelectualmente realizado"
A 1 de Novembro de 2007, o livro do Professor Anthony Flew intitulado "There is a God: How the World's Most Notorious Atheist Changed his Mind" foi publicado pela "Harper One". O Professor Flew já foi chamado de "o ateu filosófico mais influente do mundo" bem como "um dos ateus mais renomeados do século 20".
Sem surpresa alguma, o seu livro causou imensa comoção - tal como se pode vêr nos cometários deixados no site Amazonz.co.uk.
O Professor voltou e pelo vistos está determinado em abanar o já-de-si-frágil edifício ateu. Ele, mais uma vez, está na mira de fundamentalists ateus ao ter revisto (e dismantelado) o livro do ateu Richard Dawkins intitulado "The God Delusion".
O Professor Flew essencialmente disse aquilo que já se tinha notado há muito em certos blogs ateus: como forma de validarem a sua fé, os ateus fazem caricaturas do Cristianismo e da doutrina da Criação, e "refutam" as caricaturas que eles mesmos criaram. Depois disto, apresentam a sua versão da realidade como se a mesma fosse nada mais que o resultado óbvio da análise imparcial dos factos.
Flew diz o seguinte sobre Dawkins:
"This whole business makes all too clear that Dawkins is not interested in the truth as such but is primarily concerned to discredit an ideological opponent by any available means."
Ou seja, a verdade não interessa. O que interessa para Dawkins (e para os ateus em geral) é refutar e desacreditar uma ideologia que está em oposição à sua, nem que para isso se tenha que distorcer a verdade (caricaturas).
23 comentários:
«Ou seja, a verdade não interessa. O que interessa para Dawkins (e para os ateus em geral) é refutar e desacreditar uma ideologia que está em oposição à sua, nem que para isso se tenha que distorcer a verdade (caricaturas).»
Mas não é isso que tu fazes aqui? :)
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Leandro,
Não. O que se faz aqui é mostrar que a ciência e a Bíblia estão em perfeita harmonia.
Não há nenhuma observação que contradiga aquilo que Deus disse, quer seja no que toca às origens do universo, quer no que toca às origens do mundo biológico.
Aquilo que podemos observar está em perfeita sintonia com a Bíblia, e em total contradição com o ateísmo.
Segundo, é normal os blogs ateus mascarados de blogs sobre a "ciência" fazerem caricaturas do Cristianismo e da ciência da Criação. Talvez seja mais fácil refutar caricaturas do que a realidade.
Mats, não me venhas com tretas.
Já interagi contigo em várias situações. Se a verdade interessasse, se fosse só a verdade a interessar, então a primeira coisa que terias a fazer era partir do princípio que podes estar errado e, a partir daí, tentar construir, a partir do que observas e das reflexões da tua razão, um modelo descritivo e/ou explicativo do universo onde vives. Não é isso que tu fazes: tu partes do princípio que a Bíblia é verdade e não admites qualquer infirmação a esse respeito. A partir daí enfias-te apenas em esgrima de argumentos e em discussões das quais muitas vezes sais sem responderes ao que te é perguntado.
Por isso, e em bom português falando, não me fodas com hipocrisias. Tu tens uma crença e perante essa crença "a verdade não interessa. O que interessa (...) é refutar e desacreditar uma ideologia que está em oposição à sua".
«Não fosse suficiente o mundo ateu estar em oposição à ciência» (...)
«"É muito fácil ser-se ateu quando se é bem sucedido, mas é muito difícil ser-se ateu numa cama de um hospital, às portas da morte"»
«Por estas e por outras razões, os ateus deixaram cair a máscara, e agora estão totalmente claros naquilo que pretendem: destruir o Cristianismo.»
«Não deixa de ser curioso que num debate entre um cristão e um ateu, o "moderador" entra em debate com uma das partes, e pior, sendo o moderador um "cristão", entra em debate CONTRA o cristão»
(...) «não só não respeitam a vontade do povo, não só respiram intenções totalitárias, não só promovem o ateísmo mascarado de ciência que se dá pelo nome de "evolução"» (...)
«Currently, there is an ongoing debate on whether atheism was a causal factor for Friedrich Nietzsche's insanity or whether it was caused purely through disease.»
(...) «Pitzer College sociologist Phil Zuckerman stated concerning suicide rates: "this is the one indicator of societal health in which religious nations fare much better than secular nations."»
(fonte: www.conservapedia.com ...)
etc, etc, etc
Os vídeos que enviei são um teste para avaliar o seu espírito crítico. Note que foram feitos por um evangélico criacionista.
E gostaria de deixar uma citação de Antony Flew, quando se tornou deísta:
«I'm thinking of a God very different from the God of the Christian and far and away from the God of Islam, because both are depicted as omnipotent Oriental despots, cosmic Saddam Husseins.» (LiveScience : Atheist Philosopher, 81, Now Believes in God)
Existem muitíssimos ateus que criticam Dawkins, seja por casos em particular (como qualquer pessoa que pensa por si mesmo: indivíduo), ou pela sua abordagem em geral, tal como o deísta Anthony Flew está a fazer. Noto que o deísmo é um exemplo de uma crença na existência de um Deus, mas que não é uma religião: é uma crença com bases filosóficas. E é muito respeitada e até atractiva por ateus.
Eu, um ateu dogmático, amanhã vou para a Suíça para participar num ritual religioso Católico no Sábado, por convite de uma prima, por isso não vou poder ler respostas até à próxima segunda. Mas posso dizer que com esse artigo deu um tiro no pé, e posso prová-lo com um simples artigo com cartoons e textos da AnswersInGenesis. E já agora, pode encontrar também caricaturas de ateus em sites de ateus.
Anthony Flew é só um filósofo que com a idade foi perdendo as capacidades intelectuais e deixou de conseguir acompanhar o debate ciêntifico e filosófico.
O livro não foi escrito por ele. É um embuste! Ver aqui
Obstinado Leandro
"Já interagi contigo em várias situações. Se a verdade interessasse, se fosse só a verdade a interessar, então a primeira coisa que terias a fazer era partir do princípio que podes estar errado e, a partir daí, tentar construir, a partir do que observas e das reflexões da tua razão, um modelo descritivo e/ou explicativo do universo onde vives.
Eu posso estar errado. Aliás, muitas vezes eu estou e errado, e são os próprios ateus a corrigirem os meus erros. Nunca encontrarás nas minhas palavras algo que possa indicar que *eu* sou infalível.
Não é isso que tu fazes: tu partes do princípio que a Bíblia é verdade e não admites qualquer infirmação a esse respeito.
Ah, portanto, o "partir do princípio que a Bíblia está certa" é o mesmo que "não me interessar pela verdade?"
Mas Leandro, tu também tens os teus presupostos metafísicos. Na base do teu raciocínio estáo "verdades" que tu não pões em causa. Por que carga de água tu dizes que eu também não possa ter presupostos?
A partir daí enfias-te apenas em esgrima de argumentos e em discussões das quais muitas vezes sais sem responderes ao que te é perguntado.
Muitas vezes as "perguntas" são carregadas de presuposições não-provadas, e essas mesmas perguntas qurem que eu opera dentro dessa visão. Não é lógico.
Por isso, e em bom português falando, não me fodas com hipocrisias. Tu tens uma crença e perante essa crença "a verdade não interessa. O que interessa (...) é refutar e desacreditar uma ideologia que está em oposição à sua".
Não mostraste onde está a minha "hipocrisia". Ter pressupostos não é hipocrisia.
- com - dá
O próprio Flew refutou esse mito ateu. Segue o link que eu pus no post, e vais vêr a resposta dele.
Adorável Mats,
«Nunca encontrarás nas minhas palavras algo que possa indicar que *eu* sou infalível.»
Cruzes! De modo algum! Isso é apenas com Deus. Não te imaginaria a cometer tamanha heresia.
«Ah, portanto, o "partir do princípio que a Bíblia está certa" é o mesmo que "não me interessar pela verdade?"»
Errr... sim, claro :)
Mas não nos fiquemos pela Bíblia: partir do princípio que (introduzir livro qualquer aqui... até a origem das espécies serve) está certo é não se interessar pela verdade. Parece-me que é uma conclusão simples, acessível a qualquer um.
«Não mostraste onde está a minha "hipocrisia". Ter pressupostos não é hipocrisia.»
Demonstrar até demonstrei: tu é que não percebeste, mas eu simplifico a contra-ordenação:
Hipocrisia é acusar outros de não se interessarem pela verdade, porque se limitam a esgrimar argumentos na defesa de uma ideologia resultante de certos pressupostos, quando o que estás a fazer é exactamente a mesma coisa.
Mats,
não entendeste, o Anthony Flew mostrou uma grande inconstância de posições na última década e acabou assinando um livro que não foi escrito por ele.
Isso não abona nem o criacionismo nem o naturalismo, apenas diz que Flew perdeu a sua integridade e as suas capacidades como pensador.
Se a última década do seu pensamento te serve de referência, ótimo! Só revela a podridão de uma corrente de pnsamento que está, tudo menos interessada na verdade.
Estamos conversados!
- com - dá
O argumento que é o mesmo que outros ateus usaram. Eu nunca disse que o Flew é um cristão. Eu disse que ele abandonou o ateísmo por razões científicas. Mas até isso parece ser suficientemente ofensivo.
Deixa-me citar as próprias palavras do próprio Flew:
"My name is on the book and it represents exactly my opinions. I would not have a book issued in my name that I do not 100 per cent agree with. I needed someone to do the actual writing because I’m 84 and that was Roy Varghese’s role. The idea that someone manipulated me because I’m old is exactly wrong. I may be old but it is hard to manipulate me. That is my book and it represents my thinking.”
Não sei que mais é preciso para que os ateus vejam que o livro é mesmo do Flew.
Ah! Ok, não tinha percebido
In “There Is a God,” Flew quotes extensively from a conversation he had with Leftow, a professor at Oxford. So I asked Flew, “Do you know Brian Leftow?”
“No,” he said. “I don’t think I do.”
“Do you know the work of the philosopher John Leslie?” Leslie is discussed extensively in the book.
Flew paused, seeming unsure. “I think he’s quite good.” But he said he did not remember the specifics of Leslie’s work.
“Have you ever run across the philosopher Paul Davies?” In his book, Flew calls Paul Davies “arguably the most influential contemporary expositor of modern science.”
“I’m afraid this is a spectacle of my not remembering!”
He said this with a laugh. When we began the interview, he warned me, with merry self-deprecation, that he suffers from “nominal aphasia,” or the inability to reproduce names. But he forgot more than names. He didn’t remember talking with Paul Kurtz about his introduction to “God and Philosophy” just two years ago. There were words in his book, like “abiogenesis,” that now he could not define. When I asked about Gary Habermas, who told me that he and Flew had been friends for 22 years and exchanged “dozens” of letters, Flew said, “He and I met at a debate, I think.” I pointed out to him that in his earlier philosophical work he argued that the mere concept of God was incoherent, so if he was now a theist, he must reject huge chunks of his old philosophy. “Yes, maybe there’s a major inconsistency there,” he said, seeming grateful for my insight. And he seemed generally uninterested in the content of his book — he spent far more time talking about the dangers of unchecked Muslim immigration and his embrace of the anti-E.U. United Kingdom Independence Party.
As he himself conceded, he had not written his book.
“This is really Roy’s doing,” he said, before I had even figured out a polite way to ask. “He showed it to me, and I said O.K. I’m too old for this kind of work!”
When I asked Varghese, he freely admitted that the book was his idea and that he had done all the original writing for it. But he made the book sound like more of a joint effort — slightly more, anyway. “There was stuff he had written before, and some of that was adapted to this,” Varghese said. “There is stuff he’d written to me in correspondence, and I organized a lot of it. And I had interviews with him. So those three elements went into it. Oh, and I exposed him to certain authors and got his views on them. We pulled it together. And then to make it more reader-friendly, HarperCollins had a more popular author go through it.”
So even the ghostwriter had a ghostwriter: Bob Hostetler, an evangelical pastor and author from Ohio, rewrote many passages, especially in the section that narrates Flew’s childhood. With three authors, how much Flew was left in the book? “He went through everything, was happy with everything,” Varghese said.
I’m too old for this kind of work!
I’m too old for this kind of work!
I’m too old for this kind of work!
I’m too old for this kind of work!
I’m too old for this kind of work!
I’m too old for this kind of work!
Confuso Mats,
Tu começas logo mal toda esta história do Flew com as citações que fazes: numa primeira abordagem, não interessam as reacções dos ateus, não interessa quem mudou de opinião, se era um ateu muito esperto e importante ou o merceeiro ateu lá da esquina. O que importa são os motivos que ele advoga para ter mudado de opinião. Isso sim, teria interesse citar, Mats, isso sim, seria interessante para a discussão, para o aferimento da (cof cof) "verdade". Mas nenhuma citação tua vai nesse sentido, todas ficam presas às quezílias palermas entre "crentes" e "ateus", às reacções deste e às acusações daquele. Tristeza... Perdeste assim mais uma excelente oportunidade para demonstrar que estás mais interessado em discutir filosofica e cientificamente estes assuntos e não em andar à porrada em defesa de uma ideologia.
É por motivos como este que muito mais me apraz gozar-te que "dialogar-te" :)
Argumentativo Leandro,
Mais uma vez o propósito do post passou mais cedo.
Este post apenas foi para dizer: "Ex-ateu critica o livro de Dawkins". Convém ressalvar que não é um ateu qualquer.
Se amanhã de manhã o Ken Ham anunciasse ao mundo que se tinha tornado num ateu, seria uma grande notícia, dado o seu ministério e o seu envolvimento na obra missionária.
Este post apenas foi para dizer: "Ex-ateu critica o livro de Dawkins"...
Não Mats, isso era o título do post!
Este post foi para tu utilizares as trapalhadas de um velho (provavelmente com alzheimer)filósofo como alavanca para projectares as tuas diarreias mentais.
Imagino que, na senda para disparares contra tudo o que é ateu, não consigas ver a triste figura que acabaste por fazer.
- com - dá,
"Este post foi para tu utilizares as trapalhadas de um velho (provavelmente com alzheimer)filósofo como alavanca para projectares as tuas diarreias mentais."
Não sabia que tinhas o poder de lêr mentes..? Vocês ateus não param de me pasmar (pela negativa).
Mats,
penso que eu e o - com - sabemos perfeitamente ler:
«Ou seja, a verdade não interessa. O que interessa para Dawkins (e para os ateus em geral) é refutar e desacreditar uma ideologia que está em oposição à sua, nem que para isso se tenha que distorcer a verdade (caricaturas).»
Desculpa-me, meu caro, mas os seus artigos são praticamente sobre o mesmo. Até colocas um espaço para uma conclusão pessoal para dizer que os ateus são assim e os evolucionistas são assado, e o cristão que concorda com o ateu ou evolucionista é coiso-e-tal. Ainda não encontrei um artigo que argumentasse a posição criacionista sem colocar ateus e evolucionistas no barulho.
Coloquei como primeiro comentário dois vídeos que pensei que iriam fazer-te muito contente, mas ainda não encontrei sequer uma menção sobre eles. São exemplos de "caricaturas" de ateus, que um evangélico enumera.
Ainda não encontrei qualquer comentário em relação àqueles vídeos que coloquei no meu primeiro comentário. Como disse, são de um evangélico criacionista a enumerar caricaturas que os ateus fazem para ser mais fácil atacar a ideia a ser debatida (argumento homem-palha / "strawman argument").
Se quiseres ver uma caricatura que fiz, podes ver também isto: Kent Hovind - Brain Wash/Never Tell A Lie.
Disse que era um teste ao teu espírito crítico. É claro que não vou dizer como funciona, mas se não os comentas até à próxima semana, vou ter o prazer de escrever sobre a falta de espírito crítico entre os criacionistas, já que só encontro exemplos para fundamentar isso. Tens a oportunidade de servir de caso excepcional.
PAC,
no local onde estou normalmente tenho o youtube censurado pelo administrador da rede. I'm sorry but no comments ;-)
Pedro,
Kino, Kdenlive, GIMP... és dos meus :')
leandroribeiro: e também o Cinelerra (o problema é que não se integra com o ambiente de trabalho).
Estava a procurar informações sobre a relação entre a curiosidade e os religiosos. Parece que um padre chamado Dan Barker teve curiosidade em ler livros de ciência, filosofia e ateísmo, e perdeu a fé.
Wikipedia: «Dan Barker (born June 25, 1949) is a prominent American atheist activist who served as a Christian preacher and musician for 19 years, but left Christianity in 1984.»
"Losing Faith In Faith: From Preacher To Atheist" by Dan Barker :
«In my thirst for knowledge I did not limit myself to Christian authors but curiously desired to understand the reasoning behind nonChristian thinking. I figured the only way to truly grasp a subject was to look at it from all sides. If I had limited myself to Christian books I would probably still be a Christian today. I read philosophy, theology, science and psychology. I studied evolution and natural history. I read Bertrand Russell, Thomas Paine, Ayn Rand, John Dewey and others. At first I laughed at these worldly thinkers, but I eventually started discovering some disturbing facts--facts that discredited Christianity. I tried to ignore these facts because they did not integrate with my religious world view.»
(...)
«The only proposed answer was faith, and I gradually grew to dislike the smell of that word. I finally realized that faith is a cop-out, a defeat--an admission that the truths of religion are unknowable through evidence and reason. It is only undemonstrable assertions that require the suspension of reason, and weak ideas that require faith. I just lost faith in faith. Biblical contradictions became more and more discrepant, apologist arguments more and more absurd and, when I finally discarded faith, things became more and more clear.»
É claro que ele não precisou de ajuda para a escrita por ter problemas de memória.
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