sábado, junho 23, 2012

O papel da selecção natural no mundo real


Quando vejo os Teus céus, obra dos Teus Dedos, a lua e as estrelas que preparaste
Salmo 8:3

O livro "A Origem das Espécies Por Meio da Selecção Natural" tornou-se popular - e ainda é - porque tenta [sem sucesso] explicar a criação sem referência ao Criador - colocando no Seu lugar um fenómeno conhecido como selecção natural (ou "sobrevivência do mais apto").

Hoje, se um evolucionista ateu e um criacionista se encontrassem lado a lado a observar uma bela flor - ou o vôo espectacular do beija-flor - eles teriam ideias bastante díspares em relação à origem de tais mecanismos. O ateu, limitado pela sua aderência ao naturalismo, não teria escolha senão em reconhecer o imaginado "poder ilimitado" da selecção natural afirmando algo do género:

A selecção, agindo sobre a variabilidade genética nas populações naturais, é responsável pela espantosa e aparente diversidade entre os animais e as plantas à nossa volta.
(Wen-Hsiung Li, Molecular Evolution, Sinauer, 1997, p. 432)
Mas estas alegações estão cheias de problemas científicos, tal como os próprios darwinistas modernos (neo-darwinistas) reconhecem. Numa admissão franca, um eminente evolucionista declarou:
No entanto, quando, em 1859 [Charles Darwin] publicou a Origem das Espécies, ele não tinha qualquer tipo de evidência inequívoca da existência da selecção [natural].
(Ernest Mayr, What Evolution Is, Basic Books, N.J., 2001, p. 1213. . Vêr também: Margulis & Sagan, Acquiring Genomes, Basic Books, 2002.)

Um professor da "Nottingham Trent University" questiona:

Mesmo que os neo-darwinistas estejam correctos, a que nível é que a selecção natural é suposta operar?
(Trevor Palmer, Controversy—Catastrophism and Evolution, Kluwer Academic, 1999)
Certamente que não é ao nível mais baixo:
A forma como a selecção natural opera ao nível molecular é ainda um problema enorme para a biologia evolutiva.
(Yokoyama, "Color vision of the Coelacanth," Journal of Heredity, May/June 2000)
O falecido evolucionista Stephen Jay Gould descreveu os limites deste processo supostamente criativo:
A selecção natural é, portanto, um princípio de adaptação local e não um avanço ou progresso geral.
(Scientific American, Outubro 1994, p. 85)
E é exactamente esse o ponto que os criacionistas levantam contra a mitologia evolutiva. Os cientistas criacionistas não só não possuem qualquer tipo de argumento contra as palavras de Gould. como acrescentariam ainda que a selecção natural não tem nada a ver com a origem das espécies ou dos tipos básicos.

Outros biólogos evolucionistas concordam:

A selecção natural só pode operar sobre as propriedades biológicas que já existem [criação]; não pode criar propriedades que satisfaçam necessidades de adaptação.
(Noble, et al., Parasitology, sixth edition, "Evolution of Parasitism," Lea and Febiger, 1989, p. 516)
Fonte

. . . .

Concluindo, sempre que um evolucionista apelar à selecção natural como agente criativo, podemos ter a certeza que estamos a falar com uma pessoa muito mal informado sobre aquilo que ela diz acreditar.

Para nós cristãos, os limites das forças naturais não são problemáticas uma vez que nós sabemos que a natureza não se criou a ela mesma (Salmo 8:3-4).


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