Estas perguntas foram as que o Rui Passos fêz há dias atrás. Com a autorização dele, resolvi pô-las aqui.
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- Quanto tempo tem o teu blogue?
Em termos de visitas, tem vindo a evoluir melhor ou pior do que o esperado inicialmente?
- Que percepção tens sobre os portugueses: só uma minoria é receptiva e aceita o criacionismo ou a percentagem é elevada?
- A tua “vida” na blogosfera é voltada exclusivamente para questões ligadas ao surgimento da vida, do Homem, o fim da existência humana e outras matérias em que a ciência e a religião se entrecruzam?
Sentes-te uma espécie de “pregador” da blogosfera?
O mesmo se passa com o darwinismo. As pessoas assumem que a teoria é firme como o facto de a Terra girar à volta so sól, mas quando no informamos melhor, vêmos que por trás da teoria está apenas uma crença religiosa. Como o Jónatas costuma dizer, religião por religião, mais vale ficar com a cristã. Ao menos essa faz sentido do mundo em que vivêmos.
- Sentes que tens uma formação sólida tanto em termos de conhecimento sobre Deus e a criação mas também em relação à Ciência e à evolução?
- Há algo de diabólico (no sentido bíblico do termo) no evolucionismo e no ateísmo, enquanto métodos de avaliação da realidade?
Eles são duas faces da mesma moeda?
- Como se explica que haja evolucionistas cristãos?
Faz sentido ser-se uma coisa e a outra?
- O evolucionismo é uma teoria científica ou um ramo da ciência, independente dela e com códigos de conduta que impõe proibições a investigações que concluam algo contrário à evolução?
- Há Ciência ou ciências? E há hierarquia e censura internas?
Sim. O Dr Richard Sternberg, como editor de uma revista científica, foi perseguido por ter aprovado a publicação de um artigo cientifico que atacava a teoria da evolução.- A adopção massiva do evolucionismo pela ciência significa que o evolucionismo foi e continua a ser entendido como a melhor teoria explicativa das origens ou que houve uma imposição dessa teoria e a censura a opiniões científicas divergentes?
A meu vêr, a adopção massiva por parte dos cientistas da teoria da evolução é o resultado de muitos factores, sendo que um deles é a própria definição de ciência usada hoje em dia. Se se define a ciência como a actividade que procura apenas respostas que estejam de acordo com o naturalismo, então, por definição, alguma coisa parecida com o darwinismo tem que ser verdade. Agora é só uma questão de se descobrir qual a melhor explicação naturalista existente. Qualquer teoria sobre as origens que alege uma causa não restrita pelas leis da Física e da Química (tal como as conhecêmos hoje) tem que ser falsa, não por falta de evidências, mas porque vai contra a definição de ciência usada pelos evolucionistas.- A teoria da evolução é científica ou tem algo de religioso, no sentido de que parta de princípios não verificados e, portanto, só criados pela imaginação do Homem?
A teoria da evolução é uma crença religiosa mascarada de ciência empírica. Aquilo que a teoria alega, e que é factual, não é exclusivo da teoria. Aquilo que é exclusivo da teoria não é factual.- Ao reconhecer para si mesma limitações na procura da Verdade absoluta, a ciência está amputada a priori?
Depende do propósito. Se o propósito é apenas saber como o mundo funciona, então não há “amputamento”. Quanto mais se estuda, mais se aprende.Isso faz dela menos válida do que a fé em Deus?
A fé que assume que podemos entender os mecanismos que operam na natureza, e a fé em Deus não são inimigas uma da outra. Os limites da ciência não a tornam menos válida que a fé em Deus. Os limites da ciência apenas nos dizem que a ciência tem limites.Não se deveria, isso sim, ser céptico em relação a ambas as teorias, visto que não há provas de que qualquer delas seja “a” verdadeira? Ou há?
Mas o cepticismo em relação a Deus é auto-refutante, uma vez que para se ser um céptico tem que se assumir coisas que só fazem sentido se Deus existe. Para se ser um céptico tem que se assumir que a nossa mente é capaz de produzir pensamentos organizados e lógicos, e que as leis que operam na nossa mente são absolutas e universais (ex: a lei da não contradição é absoluta ou há partes do universo onde dois opostos podem ser ambos válidos?). Mas se Deus não existe, como é que se explica a existência de leis imateriais, absolutas e universais? Como é que se explica a existência de lógica? Se o nosso cérebro é apenas uma massa química que se assemblou por meios aleatórios, porque é que confiamos no que lá se passa? Desde quando é que químicos sabem o que é a lógica?Portanto, ser-se um céptico em relação à existência de Deus é auto-refutante.
Agora, como a teoria da evolução diz-se ser uma teoria científica, é absolutamente normal ser-se céptico dela. A total falta de observações que confirmem mecanismo darwinista levanta grandes suspeitas em relação a ela.- Sendo então imperioso acreditar em Deus como fonte da Verdade, porquê o Deus cristão?
O facto de Deus ser a Verdade é uma das muitas razões para se pôr a confiança Nele. Porquê o Deus cristão? Muitas razões:
1. Tudo aquilo que podemos observar está de acordo com o que a Bíblia diz.
2. A História confirma a Bíblia.
3. O Carácter do Senhor Jesus Cristo.
4. As vidas transformadas pelo Poder de Jesus Cristo.
5. O profundo conhecimento da natureza humana.
…e muito mais.Eis aqui uma boa citaçãoJosh McDowell in Evidence That Demands a Verdict, citing Sidney Collett’s book All About the Bible, quoted M. Montiero-Williams, a professor of Sanskrit, who said this about Eastern religious texts which he had studied for 42 years:“Pile them, if you will, on the left side of your study table, but place your own Holy Bible on the right side—all by itself, all alone—and with a wide gap between them. For, … there is a gulf between it and the so-called sacred books of the East which severs the one from the other utterly, hopelessly, and forever … a veritable gulf which cannot be bridged over by any science of religious thought.“- O criacionismo deve ser ensinado nas aulas de ciências na escola?
Eu acho que os professores deveriam ser livres de apresentar as evidências cientificas que suportem a criação, se eles bem entendessem. O criacionismo não deveria ser forçado nas escolas. Quem quisesse, deveria ser livre do o fazer, desde que apresentasse evidências científicas.Na educação que é veiculada às crianças do mundo é censurado o conhecimento do criacionismo, através da amputação programática?
Sim.Ou simplesmente o criacionismo não é incluído nas aulas de ciência por não ser uma ciência?
Não há razões científicas para ser rejeitar à priori o criacionismo. O que há é razões ideológicas. Se podemos ensinar nas escolas que dinossauros transformaram-se em pássaros, mesmo sendo isso uma crença que vai contra o que podemos observar, porque é que não podemos ser livres para apresentar evidências de design presentes na natureza? Portanto o criacionismo não é rejeitado or razões científicas, se a definição de ciência é a procura da verdade.No entanto, se por “ciência” as pessoas entendem por “naturalismo”, então o criacionismo não é “ciência”.
Mas, para ser mais claro, tanto o criacionismo como o evolucionismo estão fora do domínio da ciência empírica e observável. Ambas tentam explicar eventos passados baseando-se na interpretação de factos presentes. Se uma é ensinada nas escolas, então os professores deveriam ter a liberdade de apresentar as evidências científicas que eles achem que suporta a criação.
- Há quem aponte contradições em textos do Génesis… Ele é verdadeiramente fiável?
Sim, é fiável. As alegadas contradições já foram esclarecidas em muitos sites cristãos.- A Bíblia deve ser interpretada literalmente em todos os casos?
Não. Quando o Senhor Jesus diz que Ele é a “Porta”, isto não que dizer que Ele é feito de madeira. A meu vêr, a Bíblia deve ser interpretada contextualmente.Ou deve ser lida integralmente aqui, poeticamente ali, de acordo com algum critério universal?
O “critério universal” é o criterio da leitura contextual. Quando se lêem livros históricos, não se pergunta se o devemos levar literalmente ou não. Quando se lê num livro histórico que os Japoneses atacaram Pearl Harbour a uma certa data, não é lógico perguntar-se se devêmos lêr o texto “literalmente” ou alegoricamente.Ou o critério é pessoal? Se é universal, que critério é? E se é pessoal, isso não a fragiliza enquanto método universal de procura da verdade?
Eu não sei o que entendes por “método universal de procura da verdade“.- Sentes-te como Jesus, um pregador minoritário com uma missão evangelizadora?
Como já disse em cima, o propósito deste blogue é apenas e só propagar informação. Quanto mais informados nós estamos mais difícil é sermos enganados. Sim, há uma temática dominante (evolucionismo vs criacionismo) mas daí até eu ser um pregador há uma grande distância. Mas sim, os criacionistas são de facto minoritários.
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