quarta-feira, julho 21, 2010

O problema do mal ateísmo

Desde a antiguidade até hoje que o mal existente no mundo tem sido um mandato poderoso para o pensamento evolucionista. Deus nunca poderia ter projectado ou criado o mal que existe, e portanto o mesmo deve-se ter originado como o resultado de forças aleatórias e leis naturais. Durante séculos esta solução tem abastecido o ateísmo, mas donde é que a maldade se originou?

O mal que existe no mundo é óbvio e perturbador. Os terremotos e os tsunamis matam aos milhares, as doenças aterrorizam outros tantos, os dilúvios destroem, e as secas causam escassez . Para além disto há também as narrativas infindáveis da predação no mundo natural. A natureza é "red in tooth and claw", como afirmou o Lord Tennyson.

Os ateus frequentemente proclamam que o problema do mal é justificação para as suas crenças, mas, ironicamente, este mal tanto é um problema para o ateísmo como é motivação para o mesmo. A questão é que o ateísmo falha ao não ser capaz de explicar a existência do mal.

Os ateus afirmam que nós somos capazes de identificar o mal porque o conhecimento do mesmo evoluiu no nosso cérebro. Mas se isso é verdade, então não há um mal objectivo (absoluto). Nós podemos concordar no geral que algo é mau, mas isso é apenas devido às similares interacções moleculares no cérebro que evoluíram por acaso, e não porque algo é mau nele mesmo. Não há um padrão objectivo e imaterial que define o que é o mal.

Podemos pensar que os ateus concordariam com isto, mas as coisas não são assim tão simples. Os ateus podem-se livrar da noção de um mal absoluto, mas sem isso, eles perdem a sua razão de viver. Deus já não é Responsável por criar ou permitir o mal uma vez que já não existe um conceito verdadeiro e objectivo do que é o mal. São tudo coisas que acontecem na nossa cabeça.

Por incrível e por mais auto-refutante que isso seja, os ateus acreditam que existe um conceito objectivo e absoluto do que é o mal, e eles usam-no contra Deus (imagine-se!).

O ateu PZ Myers escreve:

Procedemos directamente à questão central, quer exista um deus ou não. Estamos certos que se existisse Um Ser Todo Poderoso a controlar os eventos e a moldar a História para benefício do ser humano, o universo seria bastante diferente do que é hoje.
Isto não só é religião e a força motora da teoria da evolução, como também é essencialmente o que David Hume e milhares de outros ateus tem afirmado através dos séculos." Deus nunca faria as coisas deste modo, e portanto a nossa única opção é o ateísmo".

Isto é o que motiva os religiosos ateus, e como tal eles nunca largariam a sua arma como se nunca a tivessem usado.

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