Acabo de ler que os talibãs enforcaram um miúdo de apenas 7 anos – ao que parece, culpado de o seu avô se ter manifestado contra os partidários dessa seita de criminosos – com o espantoso argumento de que a criança em questão teria feito espionagem a favor dos Estados Unidos e da Nato!Matar a sangue frio um miúdo de 7 anos…
É certo que os talibãs são uma organização criminosa, terrorista e extremista, conhecida pelas inomináveis crueldades perpetradas contra a população do seu próprio país, pelos horríveis atentados que praticou e ainda pratica contra civis, mas também por ter barbaramente destruído símbolos religiosos e monumentos culturais de incalculável valor.
Quem esqueceu as infames lapidações de mulheres que cometeram o crime de sair à rua sem a companhia de um familiar ou de falar com um estranho?
Quem não recorda as duas monumentais estátuas de Budas – sem dúvida património da humanidade – que aqueles miseráveis biltres se permitiram destruir há uns anos?
Mas enforcar um rapaz de apenas 7 anos…
Se o Mal tem uma face, ela é a dos monstros que foram capazes de uma tal atrocidade. Poderia discorrer sobre as causas da guerra civil, desde as responsabilidades internacionais à cupidez da corrupção e aos criminosos e sujos negócios da droga, ou, ainda, sobre a loucura niilista que para todo o sempre amaldiçoará os talibãs.
Poderia, também, lembrar a estulta retórica dos nossos serôdios trotskistas e estalinistas, no seu incansável afã de atacarem tudo o que lhes lembre o Ocidente. Mas não vale a pena. Uma inocente criança de 7 anos foi enforcada numa árvore.
No ano 2010. Em pleno século XXI.
Sim, o Mal existe.
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