Como seria de esperar, os mesmos ateus que gritam e esperneiam quando se sabe que um 'padre' abusou de crianças estão totalmente silenciosos. Onde estão os repetidos posts do Ludwig (ou de outro antro ateu) sobre este assunto? Nada.
O Henrique Raposo expande este tema:
E se Polanski fosse um bispoAqueles que passam a vida a vampirizar a Igreja por causa da pedofilia são os mesmos que ficam muito contentinhos por verem Polanski a fugir do seu passado de pedofilia. Bravo.
I. Os "progressistas" europeus andam muito felizes. A Suíça recusou extraditar Polanski para os EUA. Que beleza. Eis um belo episódio para encaixar na narrativa que, apesar de Obama, continua forte: os EUA das trevas vs. A Europa das luzes. Aqui gostamos de Woody Allen.
Aqui desculpamos pedófilos desde que eles sejam cineastas e homens das artes. O filósofo pop, Bernard-Henri Lévy, diz que está "louco de alegria" pela libertação de Polanski.
Ora, contra isto, convém ouvir outras vozes: a decisão do tribunal deixa sair em impunidade um homem que "cometeu um crime sexual hediondo contra uma menina" (Barbara Blaine, líder de uma associação americana de crianças vítimas de abusos, citada discretamente pelo Público de 13 de Julho).
II. Não deixa de ser curioso a inversão dos valores dos media. No caso da pedofilia dos bispos e padres, as vozes das associações de crianças molestadas são (e bem) destacadas. No caso de Polanski, essas vozes são silenciadas e o destaque vai todo para o mundo das artes e do cinema, que, não sei porquê, julga sempre que os seus membros estão acima do bem e do mal.
Se Polanski fosse um bispo pedófilo foragido, podem crer que os "progressistas" europeus perseguiriam esse bispo como se ele fosse um Mengele tarado e de batina (e ainda bem).
Se um bispo tivesse dado champanhe e sedativos a uma menina de 13 anos, para depois a violar, podem crer que os nossos "progressistas" não teriam a tolerância que agora revelam com o artista Polanski.
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