quinta-feira, dezembro 23, 2010

Material didático contra homofobia mostra adolescente que virou travesti

Tudo aquilo que cai dentro da esfera de influência dos marxistas culturais invariavelmente degenera-se. Desde a música, as artes visuais, as letras, passando pelo ensino da ciência até chegar às nossas preciosas crianças.

O sistema de ensino não é excepção. Aliás, para manter o fluir de novas gerações de soldados para a causa marxista cultural, os líderes deste movimento usam os sistemas de ensino para tal fim. O resultado disso são histórias como as reportadas nas linhas de baixo.

Original

Ele ainda nem foi lançado oficialmente. Mas um conjunto de material didático destinado a combater a homofobia nas escolas públicas promete longa polêmica. Um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos) produziu kit de material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que será distribuída para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa Mais Educação.

Parte do que se pretende apresentar nas escolas foi exibida ontem em audiência na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara. No vídeo intitulado Encontrando Bianca, um adolescente de aproximadamente 15 anos se apresenta como José Ricardo, nome dado pelo pai, que era fã de futebol. O garoto do filme, no entanto, aparece caracterizado como uma menina, como um exemplo de um travesti jovem. Em seu relato, o garoto conta que gosta de ser chamado de Bianca, pois é nome de sua atriz preferida e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo na hora da chamada.

O jovem travesti do filme aponta um dilema no momento de escolher o banheiro feminino em vez do masculino e simula flerte com um colega do sexo masculino ao dizer que superou o bullying causado pelo comportamento homofóbico na escola. Na versão feminina da peça audiovisual, o material educativo anti-homofobia mostra duas meninas namorando.

O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, afirma que o ministério teve dificuldades para decidir sobre manter ou tirar o beijo gay do filme. “Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”, afirmou o secretário durante a audiência.

O material produzido ainda não foi replicado pelo MEC. A licitação para produzir kit para as 6 mil escolas pode ocorrer ainda este ano, mas a previsão de as peças serem distribuídas em 2010 foi interrompida pelo calor do debate presidencial. A proposta, considerada inovadora, de levar às escolas públicas um recorte do universo homossexual jovem para iniciar dentro da rede de ensino debate sobre a homofobia esbarrou no discurso conservador dos dois principais candidatos à Presidência.

O secretário do MEC reconheceu a dificuldade de convencer as escolas a discutirem o tema e afirmou que o material é apenas complementar. “A gente já conseguiu impedir a discriminação em material didático, não conseguimos ainda que o material tivesse informações sobre o assunto. Tem um grau de tensão. Seria ilusório dizer que o MEC vai aceitar tudo. Não adianta produzir um material que é avançado para nós e a escola guardar.”

Apesar de a abordagem sobre o adolescente homossexual estar longe de ser consenso, o combate à homofobia é uma bandeira que o ministério e as secretarias estaduais de educação tentam encampar. Pesquisa realizada pelas ONGs Reprolatina e Pathfinder percorreram escolas de 11 capitais brasileiras para identificar o comportamento de alunos, professores e gestores em relação a jovens homossexuais. Escolas de Manaus, de Porto Velho, de Goiânia, de Cuiabá, do Rio, de São Paulo, de Natal, de Curitiba, de Porto Alegre, de Belo Horizonte e de Recife receberam os pesquisadores que fizeram 1.406 entrevistas.

O estudo mostrou quadro de tristeza, depressão, baixo rendimento escolar, evasão e suicídio entre os alunos gays, da 6ª à 9ª séries, vítimas de preconceito. “A pesquisa indica que, em diferente níveis, a homofobia é uma realidade entendida como normal. A menina negra é apontada como a representação mais vulnerável, mas nenhuma menina negra apanha do pai porque é pobre e negra”, compara Carlos Laudari, diretor da Pathfinder do Brasil.
Nota: Realmente é lamentável qualquer tipo de preconceito e perseguição a alguém, especialmente jovens ou adolescentes categorizados como gays. É inadmissível este tipo de intolerância, assim como qualquer outro tipo de intolerância, incluindo a religiosa ou social. O problema em um material deste tipo é, na minha opinião, o uso que será feito.

Há algum tipo de capacitação efetiva e permanente realizada com professores de escolas públicas no sentido de lhes explicar como utilizar este tipo de material com a finalidade não de estimular homossexualidade ou promiscuidade, mas de impedir a intolerância?

Se não há, um material deste tipo não tem validadealguma. A probabilidade de ser mal utilizado é grande. Outro ponto é o conteúdo. Se realmente o material contém cenas de homossexualidade escancarada, como a reportagem afirma, eu me pergunto qual o objetivo disso.

Se o material deve servir para combater preconceito, por que tem de chegar a um nível de detalhamento tão grande assim? É promoção de um conceito ou realmente apoio contra a intolerância sexual e prevenção ao bullying escolar?

Cabe às autoridades competentes responder a isso e refletir sobre o assunto antes de distribuir o material.

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