E alguns deles disseram: Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?
Infelizmente os ateus não nos dizem porque é que Deus teria que curar todos os amputados: eles dizem que é isso que Deus deveria fazer, e mais nada. Claro que se Deus curasse todos os amputados do mundo, os ateus mudavam-se para os cegos: "Porque é que Deus não cura todos os cegos do mundo?!!" - diriam eles. Se Deus curasse todos os cegos, eles passariam para os surdos. Este padrão revela mais má vontade do que razões lógicas para se rejeitar o Criador. E assim por diante.
Isto nada mais são que argumentos emotivos com a finalidade de chocar a audiência.
Para além disso, este tipo de argumento assume conhecimento que eles não justificam, nomeadamente, as motivações de Deus. Quem sabe a razão porque Deus faz e deixa de fazer algumas coisas?
Nós sabemos muito da Vontade de Deus à medida que Ele nos revela, mas "As coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus; porém, as reveladas são para nós e para os nossos filhos, para sempre, para cumprirmos todas as palavras desta lei." (Deut. 29:29)
Segundo, se esta questão está a ser feita dentro do Cristianismo, então deve-se recorrer ao Cristianismo para defende-la. Dentro da visão cristã, a resposta para essas deformações é simples: vivemos num mundo amaldiçoado pelo pecado, e portanto, coisas más estão destinadas a acontecer. Aliás, nós nem nos deveríamos admirar quando coisas más acontecem, mas sim ficar surpresos quando coisas boas acontecem (o nascimento de um filho, por exemplo)
Terceiro, do ponto de vista ateu, esta questão não faz sentido nenhum. Segundo a evolução ateísta, as mutações aleatórias geram melhorias mas também geram coisas más. A natureza "não tem culpa" que algumas mutações causem deficiências. Aconteceu porque aconteceu, ponto final. A natureza "não tem culpa" que os homens façam guerras uns com os outros, e que por vezes seja necessário amputar as pernas de alguns feridos. São coisas que acontecem num mundo guiado pelas forças da natureza (impessoais, frias, sem emoções e distantes). É o mundo que o ateu julga ser o único que existe.
Dada esta situação, do que é que o ateu se queixa? Se quer se queixar, queixe-se à natureza e não ao Deus que ele verbalmente diz não acreditar (embora a sua constante referência ao "mal" seja evidência para o facto dele saber que Deus existe). Ele não tem argumentos lógicos, e por isso apela à emotividade.
Só que argumentos emotivos não são forma válida para se propagar o ateísmo.
Ver também:
1. Ateísmo e argumentos emotivos
2. CS Lewis: O Ateu Não Tem Justificação Para Usar o Argumento do Mal
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