sábado, setembro 03, 2011

Alfred Wallace rejeitou selecção natural como mecanismo suficiente

Numa nova biografia, Alfred Russel Wallace: A Rediscovered Life, o historiador de ciência e professor na Universidade do Alabama Michael Flannery reporta como Wallace, co-fundador da teoria da evolução, progressivamente ficou desencantado com a noção da selecção natural ser mecanismo suficiente para explicar a complexidade da vida.

Wallace (1823-1913) concluiu que muitas das características dos organismos vivos só poderiam ser explicadas como o resultado de design por parte "Duma Mente Criativa.

Os críticos do DI frequentemente atacam a teoria afirmando que a mesma é "um impedimento para o avanço da ciência". Flannery mostra, por outro lado, que foi o compromisso de Alfred Wallace com a investigação aberta que o levou a concluir que, longe de ser aleatória e não-direccionada como Darwin insistia, a evolução manifesta evidências cientificamente detectáveis de design planeado.

Segudo Flannery, a Biologia está finalmente a aperceber-se da presciência de Wallace.

O livro de Flannery recebeu endosso entusiástico por parte de cientistas e historiadores incluindo Philip K. Wilson da Penn State College of Medicine, John S. Haller da Southern Illinois University e Michael Behe da Lehigh University.

Michael Egnor, professor e vice-director do"Department of Neurological Surgery" na "Stony Brook University Medical Center" disse:

O livro soberbo Flannery providencia o leitor com uma visão indespensável das guerras iniciais em torno da tempestade moderna em torno da teoria de Darwin e o design inteligente.

Para além do livro, as ideias de Wallace são o assunto dum novo site, www.alfredwallace.org, repleto de recursos gratuitos que incluem vídeos, excertos de livros e informação biográfica adicional àcerca de Wallace.

Wallace, um naturalista inglês, concebeu a sua versão da selecção natural no ano de 1859, altura em que Darwin ainda se encontrava "sentado" sobre o seu livro ainda por publicar. Depois de ter entrado em contacto com Darwin e ter partilhado a sua ideia com ele, Wallace colocou Darwin num tumulto, forçando-o a publicar o seu livro rapidamente antes que fosse suplantado por Wallace.

A tensão cresceu entre os dois quando no ano de 1869 Wallace revelou publicamente as suas dúvidas em torno da teoria darwiniana. Posteriormente, Wallace elaborou a uma versão madura da "evolução inteligente" culminando no seu magnum opus, The World of Life (1910).

Ao contrário de Darwin, Wallace opôs-se vocalmente ao racismo e à eugénica pseudo-científica.


Sem dúvida que qualquer escola pública interessada na educação científica dos alunos informaria os seus alunos que um dos promotores iniciais da teoria da selecção natural como mecanismo da evolução perdeu fé nessa posição e começou a postular um tipo de design inteligente.

Mas como nós todos sabemos, o papel do "professor" de Biologia não é ensinar a verdade mas sim ensinar a teoria da evolução. Daí se infere que a "apostasia" de Wallace vai ser ignorada pelas pessoas que alegadamente tem como missão informar os alunos.

1 comentários:

Primeiramente quero dizer que como biólogo e professor achei muito desrespeitoso escrever "professor" de Biologia entre aspas. O conhecimento ensinado pelos professores é conhecimento científico. Design Inteligente não entra no mérito de ciência, mas ,pelo menos por mim, é sim citado quando explicando teorias de origem da vida. CITADO disse eu, pois no meu ver uma afirmação que não precisa nem pode ser comprovada é exatamente a mentalidade que torna o aluno um objeto que pode ser controlado (seja por religião ou governos).
Quanto a rejeição de Wallace sobre a seleção natural ser o único e exclusivo mecanismo por trás da diversidade de espécies, ele estava certo! É óbvio que não é. Nem poderia ser. Uma série de fatores influenciam na evolução, não só seleção natural. Não vou entrar nesse mérito aqui, mas se você procurar o que tem sido publicado no ambito da evolução você vai ter surpresas interessantes.

André

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