O Luis fêz uma comparação entre um tabuleiro 5x5 e o ADN, como forma de mostrar que o ADN não tem em si informação codificada. Ele afirma:
Imaginem que têm um tabuleiro 5×5 e distribuem 5 peças aleatoriamente por essas casas. A partir desse tabuleiro posso escrever a informação do estado do tabuleiro através de um código qualquer (existe outra forma de escrever informação sem usar código?). Por exemplo, atribuindo letras às colunas e números às linhas. Posso então, por exemplo, descrever esse tabuleiro como A1-A3-B2-C2-D5. Isto significa que podemos codificar o tabuleiro. Agora digam-me: esse tabuleiro contém informação codificada? Esse tabuleiro necessita de uma inteligência criadora? O mesmo que se passa para este modelo hipotético passa-se para o ADNEsta analogia falha por alguns motivos.
Imaginem que têm um tabuleiro 5×5 e distribuem 5 peças aleatoriamente por essas casas.Até aqui tudo bem. O tabuleiro não tem informação e disposição das peças, embora tendo sido colocada por uma inteligência (o Luis), não respeita nenhuma convenção linguística, nem respeita nenhuma ordem significativa.
A partir desse tabuleiro posso escrever a informação do estado do tabuleiro através de um código qualquer (existe outra forma de escrever informação sem usar código?)E existe algum código que não tenha uma causa inteligente?
Mas convém reparar o que se está a dizer. Neste caso, o que estás a fazer é 1) definir a posição geográfica das peças colocadas aleatóriamente, e 2) a estipular à ordem um significado que não existia anteriormente. Em relação ao ADN o que se passa não é nós impôrmos um significado e uma função à organização lá existente, mas sim extrair à ordem um significado que já existia. No teu exemplo tu estás a criar o significado, enquanto que no ADN tu estás a extrair o significado lá presente. São coisas diferentes.
Se ao adenina, timina, citosina e guanina dessemos nomes como "Carlos, Manuel, Joaquim e Felisberto", será que a sua função seria diferente? Obviamente que não. No teu exemplo, se eu chegasse lá e dissesse que as peças colocadas nas casas ímpares tinham um significado, e as outras tinham outro, isso sim haveria de mudar o significado da ordem lá estabelecida. Portanto não existe informação embutida no teu tabuleiro, mas existe informação embutida no ADN.
O facto de estarmos a usar conceitos nossos para extrair significado do ADN não significa que o nosso processo de tradução está a criar significado.
Por exemplo, atribuindo letras às colunas e números às linhas. Posso então, por exemplo, descrever esse tabuleiro como A1-A3-B2-C2-D5. Isto significa que podemos codificar o tabuleiro.Repara que, neste caso, és tu que estás a criar o código, enquanto que no ADN o código já lá está, mesmo que nós não saibamos a função do mesmo.
Agora digam-me: esse tabuleiro contém informação codificada?Agora sim, porque tu assim o definiste. Antes de tu teres estipulado um código e uma função, as peças não faziam absolutamente nada. É isso que se passa no ADN? Será que o ADN não faz nada até que nós entendámos o que lá está? Será que traduzir é o mesmo que criar um significado que antes não existia?
Esse tabuleiro necessita de uma inteligência criadora?A mensagem por trás da localização geográfica das peças no tabuleiro precisa de uma mente criadora que os dê significado.
O mesmo que se passa para este modelo hipotético passa-se para o ADN.O problema é que o teu exemplo confirma a posição cristã. Tu definiste um significado à ordem lá existente. O ADN tem um significado mesmo que nós não o entendamos.
Quem é que definiu o seu significado? Quem é que determinou a função das quatro bases ACTG dentro do ADN?
A conclusão óbvia disto tudo é que, longe de ser um exemplo que falsifica a posição cristã no que toca ao ADN, o teu exemplo confirma-a.
Além disso, tu confundes a tradução do significado com a criação do mesmo. Traduzir não é criar o significado, mas sim dispôr o já existente significado em linguagem que nós possamos entender.
Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu, não a criando para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor e não há outro.
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