Para além do tempo necessário para se preparar mais esta campanha publicitária, porque é que os evolucionistas demoraram 15 anos a finalmente publicarem a reportagem acerca deste fóssil? Um artigo da revista Science (2002) diz o porquê da demora: os ossos estavam tão "desfragmentados" após a sua limpeza que muitos dos fragmentos tiveram que ser reconstruídos e isso demora tempo (Ann Gibbons, “In Search of the First Hominids,” Science, 295:1214-1219 (February 15, 2002).
Claro que a chave para se demonstrar se este animal era bípede ou não é a forma precisa do pélvis. No entanto notem no que uma das fontes informativas está a referir sobre as condições em que o pélvis foi encontrado:
Um dos problemas é que algumas porções do esqueleto da Ardi foram encontradas esmagadas em pedacinhos e a necessitar de extensiva reconstrução digital. "O Tim White mostrou-me algumas fotos da pélvis quando este ainda estava no solo e o mesmo parecia um guisado irlandês" afirmou Walker.Dito de outra forma, diferentes pessoas teriam diferentes interpretações em relação a conceitos básicos do fóssil. Isto é o que faz da teoria da evolução distinta da ciência empírica. Em relação à última não há margem para interpretações: as coisas ou são ou não são. "E" é igual a "mc" ao quadrado ou não é. A fórmula química do sulfato de magnésio ou é MgSO4 ou não é. A fórmula química do hidróxido de cálcio ou é Ca(OH)2 ou não é. Não há lugar para diferentes cientistas terem as suas interpretações pessoais em relação à fórmula química do sulfato de magnésio ou do hidróxido de cálcio. Na ciência operacional as coisas ou são ou não são.De facto, olhando para as evidências, diferentes paleoantropólogos chegariam a diferentes interpretações em relação à forma como a Ardi se deslocava ou em relação ao último ascendente comum entre os humanos e os chimpanzés.
(Michael D. Lemonick and Andrea Dorfman, "Excavating Ardi: A New Piece for the Puzzle of Human Evolution," Time Magazine (October 1, 2009).)
Na ciência histórica/forense as coisas são bem mais subjectivas e mais condicionadas pela percepção do observador. Diferentes paleoantropólogos chegariam a interpretações distintas dos mesmos dados. Isto é importante de se levar em conta quando um ateu afirmar que "a ciência mostra que a Terra tem milhões de anos". Isto é uma interpretação dos dados baseada em certas crenças não comprováveis.
Em relação ainda ao fóssil chamado de Ardi, as mais recentes notícias vindas da revista Science tornam a pôr ênfase em relação aos problemas em torno da sua preservação:
Mas a euforia da equipa [de investigadores] foi moderada pela terrível condição do esqueleto. Os ossos literalmente se desfaziam ao toque. O Dr White chamou-lhes "roadkill" [animais mortos após embate com veículos em alta velocidade]. Partes do esqueleto tinham sido pisados e espalhados em mais de 100 fragmentos; o crânio estava esmagado e reduzido a 4 centímetros em altura.A National Geographic coloca as coisas desta forma::(Ann Gibbons, "A New Kind of Ancestor: Ardipithecus Unveiled," Science, Vol. 326:36-40 (Oct. 2, 2009).)
Aparentemente, após a morte da Ardi os seus restos foram pisados pela lama adentro pelos hipopótamos e outros herbívoros circundantes. Após milhões de anos, a erosão trouxe à tona os distorcidos e esmagados ossos. Eles eram tão frágeis que transformariam-se em pó ao mínimo toque.Conclusão:
Não se deixem enganar por mais este fóssil que "vem incidir mais luz a certos aspectos da evolução"; é mais uma propaganda com o objectivo de esconder os problemas com a teoria da evolução. Lembrem-se que há uns meses atrás o fóssil com o nome de "Ida" era o tal. Onde estão os evolucionistas que o defendiam? Notem o quão voláteis as teorias evolutivas são: o que hoje é "um facto" amanhã é descartado sem remorso.
Os evolucionistas usualmente respondem com frases como "Mas isto é o que ciência é: ela está sempre em constante movimento e mudança. A ciência está sempre a avançar".
Pois, a ciência está sempre a avançar. Infelizmente a mesma nunca parece avançar na direcção que os evolucionistas querem.
Porque será?
0 comentários:
Enviar um comentário
Os 10 mandamentos do comentador responsável:
1. Não serás excessivamente longo.
2. Não dirás falso testemunho.
3. Não comentarás sem deixar o teu nome.
4. Não blasfemarás porque certamente o editor do blogue não terá por inocente quem blasfemar contra o seu Deus.
5. Não te desviarás do assunto.
6. Não responderás só com links.
7. Não usarás de linguagem profana e grosseira.
8. Não serás demasiado curioso.
9. Não alegarás o que não podes evidenciar.
10. Não escreverás só em maiúsculas.