terça-feira, janeiro 12, 2010

Teoria da evolução e a sua importância para o avanço do ateísmo

Um dos grandes paradoxos da religião ateísta está na veneração a que Darwin é alvo: os seus fiéis devotos consideram-no como um dos grandes cientistas de todos os tempos, posição esta que não deixa de ser curiosa uma vez que ele estava errado em practicamente tudo o que postulou:
1. A natureza das características herdadas (foi o criacionista Gregory Mendel - que não achou as teorias de Darwin convincentes - quem estabeleceu os fundamentos da genética moderna);

2. A origem das variações (Darwin pensava que elas apareciam devido ao uso e desuso);

3. O poder da selecção natural (que nunca foi mostrado como sendo capaz de produzir nada mais que as pequenas variações dentro do mesmo tipo);

4. A origem das espécies (que continua a ser um problema para os ateus);

5. Embriões dos vertebrados (que Darwin falsamente acreditava que mostravam o nosso progenitor "na fase adulta");

6. E a distribuição geográfica das espécies (muitas das quais, como documentou o biólogo francês Léon Croizat, não estão de acordo com a teoria de Darwin).

Apesar dos óbvios falhanços científicos de Darwin, o jornalista Chris Mooney afirma que o livro de Darwin é "um dos livros mais brilhantes alguma vez escritos".

Em relação às festividades do Ano de Darwin, Mooney questiona:

Porque é que será que isto acontece? Existirá algum outro cientista que nós celebremos assim tanto? E será apenas devido a mais famosa teoria de Darwin ou será algo mais?
Mooney responde às suas próprias perguntas:
Eu acho que Darwin significa muito (mas muito!) mais do que a ciência por si só pode transmitir. Ele epitomiza algo mais e eu quero arriscar que é o seguinte: uma visão secular.....Darwin não é apenas alguém era brilhante; ele é uma forma de vida.
Importantes admissões por parte deste evolucionista.

Apanharam bem o que ele disse? Para os ateus, Darwin não é só alguém que transmite informação científica, mas um estilo de vida. Vida secular. Secularismo mascarado de ciência.

Existem cientistas mais importantes que Darwin.

Outros cientistas que nós poderíamos celebrar incluem nomes como Isaac Newton, James Clerk Maxwell e Albert Einstein na Física; Robert Boyle, Antoine Lavoisier e Willard Gibbs na Química; e Carolus Linnaeus, Georges Cuvier e Gregor Mendel na Biologia.

Cada um deles contribuiu mais para a ciência e tecnologia que Charles Darwin.

De facto, a Física, a Química e a Biologia contemporânea poderia nem existir se não fossem eles.

Se vamos celebrar o livro mais importante para a história da ciência, o livro "Principia" do criacionista Isaac Newton seria um candidato melhor colocado que "A Origem das Espécies" de Charles Darwin. Mas como Mooney afirmou, a importância de Darwin é a de suportar a "visão secular" (ateísmo).

Conclusão:

O ano de Darwin não era tanto uma celebração em torno de alguém cujas palavras foram cientificamente importantes, mas sim a celebração de alguém que ofereceu aos ateus uma plataforma pseudo-científica para avançar com o ateísmo. Isto explica o porque do Dia Internacional de Darwin ter sido projectado pela Associação Humanista Americana. Esta organização dedica-se a promover uma filosofia "não teísta". Isto também explica o porquê dos ateus quererem estabelecer o "Dia de Darwin" como a alternativa secular ao Natal.

O debate entre a criação e a evolução não é um debate entre religiosos e cientistas, mas sim entre dois grupos religiosos. O que muda é só a religião, mas o fervor é o mesmo.

1 comentários:

Esta comentadora enumera algumas das razões para o teísmo e para a crença religiosa institucional, que justifica tamanha campanha (verdadeira cruzada) dogmática e fundamentalista:
1. Submissão e infantilidade moral e intelectual;
2. Compreensão parcial dos fenômenos culturais, morais e psicológicos humanos;
3. Superficialidade;
4. Irracionalidade e sugestionabilidade - predisposiçaõ ao autoengano;
5. Doutrinação ideológica institucional;
6. Relação de submissão e resignação irrestrita e irrefletida a figuras de dominação;
6.1. Infantilidade psicológica, que cria o desejo constante de amparo e proteção, melhor se forem sobrenaturais;
6.2. Recusa da figura materna e excessiva referência à paterna (no cristianismo, especificamente);
7. Adesão irrefletida ou coagida a instituições humanas que se autoproclamam sobrenaturais e persuadem os mais desamparados intelectualmente e os mais sugestionáveis;
8. Pessimismo com relação à capacidade racional humana de progredir e se autoconhecer, o que o faz sentir necessidade de remeter a alguma instância protetora superior;
9. Ignorância e incompreensão de outras formas de se viver os símbolos, os valores, os sentimentos, a vida.
9.1. Intolerância com relação a outras formas de se viver a vida.
10. Más experiências com ateus.
10.1. Más experiências com religiosos de outras denominações, pois a idéia da Verdade que é Una e Intransferível não admite concorrência.

Esses são os argumentos contrários à religiosidade. Mas tenho argumentos favoráveis à espiritualidade:

1. Necessidade de se amparar nalguma Verdade, algo sólido e duradouro, que sustente sua estrutura psicológica e os significados de sua vida.
2. Desejo (muito bonito, admito) de que a vida não se reduza somente ao mundo empírico, mas que haja algo além.
3. Desejo de vivenciar o mistério que a vida humana comporta.
4. Necessidade de manifestar a vontade de transcender os nossos próprios limites, o que é um fenômeno bastante humano e pode ser visto em todas as esferas, inclusive e principalmente as ciências.

Deixo claro que não confundo religiosidade institucional, que é um produto cultural e histórico humano, com Espiritualidade, que é um fenômeno sincero da nossa natureza que aponta para a necessidade de experiências que transcendam a vida ordinária e que pode receber as mais diversas roupagens simbólicas.

E deixo um comentário em tom de sugestão: nota-se que tens domínio de grande quantidade de informações, mas tua argumentação é muito frágil e sem consistência. Cometes muitas falácias e sofismas, além de que se vales de estratégias retóricas pra lá de velhacas. Perdes credibilidade ao criticar crenças com nada mais que outras crenças, tão infundadas ou criticáveis como as que acusas, e resultas em argumentos vazios e circulares. Sua discussão com douglas foi risível. Tentavas induzí-lo a labirintos retóricos que só indicavam que sua argumentação é tendenciosa e viciada.
Judith Cani

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