quinta-feira, janeiro 07, 2010

Naturalismo: Ferramenta Inútil

Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado,
tendo horror aos clamores vãos e profanos,
e às oposições da falsamente chamada ciência
1 Tim 6:20

O temor do Senhor é o princípio da sabedoria
Salmo 111:10

Uma das formas através da qual nós podemos ver que certa pessoa não está a ser totalmente honesta à cerca do que professa acreditar é na forma como define as suas crenças. Isto é manifesto em termos como evolução (redefinida como apenas "variação"), aborto (redefinida como "direitos reprodutivos"), pedofilia (reclassificada como "relacionamentos inter-geracionais") e, como se pode ver no texto do ateu evolucionista Ludwig, naturalismo (equivocada com empirismo, testabilidade, repetição, observação, experimentação etc).

Provavelmente muitos ateus já se aperceberam na natureza religiosa da sua crença no naturalismo, mas como forma de continuarem a usar a ciência para avançar com o ateísmo (pese embora o facto da ciência ser uma actividade que refuta o ateísmo), muitos escondem a religiosidade da sua fé por trás do manto da tão mal definida "ciência". Por outras palavras, os ateus sabem que o naturalismo é uma posição de fé, mas para manter a (falsa) aura de neutralidade, eles escondem a sua fé por trás de definições não realistas.

O naturalismo filosófico (NF) afirma que "todos os fenómenos podem ser explicados mecanicamente em termos de causas e leis naturais". Esses fenómenos incluem não só as actividades que podem ser observadas, mas também eventos que não podem ser empiricamente observados (origem da vida, origem do universo, origem das leis da natureza, etc).

O naturalista, baseando-se na sua fé, "sabe" que tudo aquilo que alguma vez aconteceu, está a acontecer, e vai acontecer, tem uma explicação "naturalista". Ele não tem evidências disso, mas assume que isso é assim.

Uma vez que cada um é livre de acreditar no que ele quiser, até aqui, não há problemas com isto.

Os problemas começam quando os naturalistas começam a equivocar "naturalismo" com "ciência". Como mencionado em cima, isto é feito como forma de usar o sucesso da ciência operacional para promover o ateísmo. O problema é que o ateísmo e a ciência estão em total desacordo.

O facto de nós podermos fazer ciência não é algo a favor do naturalismo, como erradamente assumem alguns ateus. A ciência não avança devido à crença de que nada mais existe para além do mundo material, mas sim na crença de que vivemos num universo inteligível.

Diversos académicos já ressalvaram as origens Bíblicas da ciência moderna, mas pelos vistos muitas pessoas (incluindo muitos de nós cristãos) ainda não se aperceberam disso.

Loren Eiseley afirmou:

A filosofia da ciência experimental...começou com as suas descobertas e fez uso dos seus métodos na posição de fé (e não de conhecimento) que propõe que estamos a lidar com um um universo racional controlado por Um Criador que não age caprichosamente, e que não interfere com as forças que Ele pôs em funcionamento.....

É certamente um dos grandes paradoxos da história que a ciência, que profissionalmente pouco tem a ver com a fé, tenha as suas origens no acto de fé que afirma que o universo pode ser racionalmente interpretado, e que a ciência sustenha essa pressuposição.

Rodney Stark:

....suposições teológicas únicas ao Cristianismo explicam o porquê da ciência [moderna] ter nascido apenas na Europa cristã. Contrariamente à sabedoria prevalecente, a religião e a ciência não só são compatíveis, mas eram inseparáveis.

David A. Noebel acrescenta:

O facto da ciência ter emergido de todo é um testemunho poderoso para a veracidade do Cristianismo.

Como Louis Victor de Broglie afirmou, "Nós não estamos suficientemente perplexos com o facto de qualquer tipo de ciência ser possível".

O historiador e filósofo da ciência Stanley Jaki diz que "a crença Num Deus Pessoal e Racional, como manifesta na fé Cristã, suportaram a visão de que o mundo era um entidade objectiva e ordenada, investigável pela mente porque a mente era também um produto ordenado e objectivo proveniente do Mesmo Criador Racional, Consistente e Ordenado".

O ser humano acreditou que a ciência era possível porque o ser humano acreditou no Deus da razão e da ordem.

Tal como se pode ver nestas citações (todas fora do contexto, ou totalmente não existentes, segundo alguns crentes ateus), a ciência moderna teve as suas origens não em crenças naturalistas, como afirma o naturalista Ludwig, mas sim na fé Bíblica de que se estava a lidar com um universo sujeito a Uma Mente Racional (Deus).

Existem certas crenças que são assumidas pelos cientistas mas que só são garantidas pela cosmovisão Bíblica:

  • O universo é real. Nem todas as filosofias postulam que o universo realmente exista

  • O universo é ordenado/organizado. A Bíblia ensina-nos que Deus não é o Autor de confusão (1 Cor 14:33). Outras religiões (por exemplo, o ateísmo) postulam que o universo é o resultado de acasos cósmicos não sujeitos a mentes organizadas, ou que os deuses são caprichosos (ex: a antiga religião grega).

  • O ser humano pode investigar a natureza. Algumas religiões acreditam que o universo é divino, enquanto que a Bíblia ensina-nos que Deus deu ao ser humano domínio sobre a criação (Gen 1:28).

  • Os nossos pensamentos são racionais. A Bíblia ensina que Deus fez o ser humano à Sua Imagem e Semelhança (Gen 1:27), enquanto que o ateísmo postula que os nossos pensamentos são o resultado de uma série de "acidentes" (filtrados pela não-inteligente selecção natural), e que os nossos pensamentos são apenas processos químicos.
Tendo em conta estes dados e acrescentando ainda o facto da maioria dos cientistas fundadores da ciência moderna terem uma visão mais de acordo com a Bíblia do que de acordo com o naturalismo, será lógico atribuir-se o sucesso da ciência a uma visão que está totalmente oposta à dita ciência?

O Ludwig afirma que a ferramenta do naturalismo é "muito superior a qualquer alternativa inventada até hoje". Se isto é assim, porque é que os cientistas conseguem fazer as suas experimentações, observações, e tudo o mais sem assumirem que nada mais existe para além das forças materiais? Qual é a descoberta científica que depende única e exclusivamente de crenças naturalistas?

Se formos honestos nesta análise, a resposta vai ser "nenhuma".

Conclusão

O ateu Ludwig (e todos os ateus que concordam com ele) são livres de acreditarem no que eles bem quiserem. Deus deu-lhes essa liberdade. O que eles não são livres de fazer é distorcer a história e a ciência como forma de avançarem com o ateísmo.

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