Há uns tempos atrás, durante uma apresentação pública, ofereci uma refutação composta por 5 pontos ao neo-ateísmo - sendo este baseado em princípios neo-darwinianos: O Universo é cego, a vida evolui, não há Deus transcendente nem propósito transcendente, e assim por diante.
Vou repetir os pontos aqui uma vez que os mesmos são dignos de reflexão genuína. É mais ou menos assim:
- (1) Se tu és um darwinista, o que verdadeiramente interessa é o sucesso reprodutivo.
O resto é irrelevante. Esquece Deus, a fé e outras relíquias da era da crença. Estamos aqui para passar a nossa herança genética à próxima geração. Cada pessoa está à distância dum gene de criar outro gene. A linha fulcral é só a reprodução.
- (2) A Europa é o lugar mais secular da Terra. Em todos os outros lugares a religião está em crescimento enquanto que na Europa está em queda.
- (3) A Europa está a falhar no propósito de se reproduzir.
A taxa de fertilidade para uma população estável é 2,1 (maior do que 2 porque algumas crianças morrem antes de chegar à idade adulta). Nenhuma nação europeia possui uma taxa de fertilidade assim tão alta hoje em dia.
Na França é 1,9, na Grã-Bretanha é 1,37, na Itália é 1,33, na Grécia é 1,29. A média é 1,47. A população nativa da Europa está a envelhecer e a declinar.
- (4) Em quase todo o mundo, quanto mais religiosa for uma população, mais filhos ela vai produzir.
Isto é verdadeiro em relação ao Judaísmo, ao Cristianismo e ao islão. Quanto mais ortodoxos forem os crentes, maiores são as suas famílias. Suspeito que isto seja verdade em relação aos hindus e aos sikhs. A revolução demográfica a ocorrer actualmente é detalhada no recente livro de Eric Kaufmann "Shall the Religious Inherit the Earth?" ("Irão os Religiosos Herdar a Terra?")
- (5) A maior ameaça à crença religiosa nos dias de hoje é o ateísmo baseado no neo-Darwinismo.
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