A ciência é normalmente retratada como a pura busca de conhecimento por parte de indivíduos bem treinados e dedicados. Mas os cientistas são seres humanos e portanto eles não só são capazes de cometer erros como também estão sujeitos aos maus impulsos que afectam o resto da humanidade. Quando um cientista comete uma fraude científica, como é que os cientistas ateus lidam com as implicações morais de tal comportamento?
Como o reitor do Instituto de Tecnologia da Califórnia, David Goodstein é responsável por investigar instâncias onde tenha havido má-conduta científica. Um seu livro recentemente publicado - que se debruçava sobre este assunto - foi discutido pelo ateu Michael Shermer no seu artigo da Scientific American intitulado de "When Scientists Sin."
Na sua análise ao livro de Goodstein intitulado de On Fact and Fraud: Cautionary Tales from the Front Lines of Science, Shermer sumarizou a avaliação de Goodstein ao afirmar que..
...os cientistas estão fortemente motivados por perspectivas de estatuto e prémios; não são nem menos nem mais objectivos que os profissionais de outras áreas; eles podem defender uma ideia com a mesma veemência que ideólogos, e eles podem ser arrastados pela corrente da autoridade.1De acordo com a Scientific American, Goodstein escreveu que "introduzir falsidades no corpo da ciência raramente (se alguma vez) é o propósito daqueles que cometem fraudes"1. Aparentemente Goodstein nunca ouviu falar do Piltdown Man, as falsas ilustrações do ateu Ernst Heackel, o Nebraska Man e todos os fósseis que os evolucionistas falsamente usaram como evidência de que a vida criou-se a si mesma.
Mas mesmo que os cientistas não comentam as fraudes propositadamente e como forma de arruinar o conhecimento científico, isso não significa que uma motivação distinta é mais pura ou menos destrutiva.
O artigo da Scientific American listou 4 casos de fraude científica mas uma busca mais abrangente entre os órgãos de informação revelou uma lista bem maior. No ano de 2004 um pesquisador médico da Texas Tech perdeu o seu emprego e foi preso devido a uma condenação por motivo de fraude.2 A "Mentira dos Himalaias" foi perpetuada por um paleontólogo da Índia que tentou usar imagens já publicadas de fósseis como se fossem suas.3
O ateu Michael Shermer concluiu:
Portanto, alguns cientistas de facto pecam....O ambiente geral de abertura e honestidade, embora mítico na sua forma idealizada, existe.1Aqui Shermer demonstra claramente que ele acredita que o pecado e a honestidade de facto existem. Estas duas entidades fazem parte da composição das experiências humanas e possuem precedentes históricos no Livro de Génesis. Mas como o pecado e a honestidade não fazem parte da estrutura do ateísmo, tais conceitos tem que ser emprestados da visão Teísta do mundo. Não só esta visão afirma que o Criador existe fora da esfera natural, como também defende que esta esfera deve a sua existência a Esse Mesmo Criador.
No ano de 2009 Shermer debateu Gregory Koukl, apologista cristão e co-autor do livro Relativism: Feet Firmly Planted in Midair. Koukl disse o seguinte em relação ao livro de 2004 de Shermer The Science of Good and Evil:
Já li a maior parte dele; está bem escrito e é muito persuasivo. No entanto este livro é uma descrição do quanto a ilusão da ética já está enraizada.....não se pode falar da moralidade como algo objectivo quando as explicações são subjectivas.4Shermer "defendeu" a sua alegação de que os padrões morais podem existir à parte de Deus ao negar que a moralidade necessitasse de uma Referência Absoluta. Mas se as leis morais são invenções subjectivas, então qualquer pessoa pode dizer que este ou aquele acto não é pecado. O acto pode estar errado para alguns mas não para outros, mas no entanto Shermer assume a posição Teísta de que o certo e o errado são-no para todos e não só para alguns.
Conclusão:
Referências
- Shermer, M. 2010. When Scientists Sin. Scientific American. 303 (1): 34.
- Enserink, M. and D. Malakoff. 2003. The Trials of Thomas Butler. Science. 302 (5653): 2054-2063.
- Stevens, W. K. Scientist Accused of Faking Findings. The New York Times. Published April 23, 1989, accessed on nytimes.com June 28, 2010.
- Greg Koukl and Michael Shermer at the End of the Decade of the New Atheists. Hugh Hewitt radio show transcript. Posted on hughhewitt.com December 31, 2009, accessed June 28, 2010.
- Thomas, B. Baby Morality Defies Evolution. ICR News. Posted on icr.org May 26, 2010, accessed July 7, 2010.
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