sexta-feira, outubro 08, 2010

Como é que o ateísmo lida com os "pecados cientificos"?

A ciência é normalmente retratada como a pura busca de conhecimento por parte de indivíduos bem treinados e dedicados. Mas os cientistas são seres humanos e portanto eles não só são capazes de cometer erros como também estão sujeitos aos maus impulsos que afectam o resto da humanidade. Quando um cientista comete uma fraude científica, como é que os cientistas ateus lidam com as implicações morais de tal comportamento?

Como o reitor do Instituto de Tecnologia da Califórnia, David Goodstein é responsável por investigar instâncias onde tenha havido má-conduta científica. Um seu livro recentemente publicado - que se debruçava sobre este assunto - foi discutido pelo ateu Michael Shermer no seu artigo da Scientific American intitulado de "When Scientists Sin."

Na sua análise ao livro de Goodstein intitulado de On Fact and Fraud: Cautionary Tales from the Front Lines of Science, Shermer sumarizou a avaliação de Goodstein ao afirmar que..

...os cientistas estão fortemente motivados por perspectivas de estatuto e prémios; não são nem menos nem mais objectivos que os profissionais de outras áreas; eles podem defender uma ideia com a mesma veemência que ideólogos, e eles podem ser arrastados pela corrente da autoridade.1
De acordo com a Scientific American, Goodstein escreveu que "introduzir falsidades no corpo da ciência raramente (se alguma vez) é o propósito daqueles que cometem fraudes"1. Aparentemente Goodstein nunca ouviu falar do Piltdown Man, as falsas ilustrações do ateu Ernst Heackel, o Nebraska Man e todos os fósseis que os evolucionistas falsamente usaram como evidência de que a vida criou-se a si mesma.

Mas mesmo que os cientistas não comentam as fraudes propositadamente e como forma de arruinar o conhecimento científico, isso não significa que uma motivação distinta é mais pura ou menos destrutiva.

O artigo da Scientific American listou 4 casos de fraude científica mas uma busca mais abrangente entre os órgãos de informação revelou uma lista bem maior. No ano de 2004 um pesquisador médico da Texas Tech perdeu o seu emprego e foi preso devido a uma condenação por motivo de fraude.2 A "Mentira dos Himalaias" foi perpetuada por um paleontólogo da Índia que tentou usar imagens já publicadas de fósseis como se fossem suas.3

O ateu Michael Shermer concluiu:

Portanto, alguns cientistas de facto pecam....O ambiente geral de abertura e honestidade, embora mítico na sua forma idealizada, existe.1
Aqui Shermer demonstra claramente que ele acredita que o pecado e a honestidade de facto existem. Estas duas entidades fazem parte da composição das experiências humanas e possuem precedentes históricos no Livro de Génesis. Mas como o pecado e a honestidade não fazem parte da estrutura do ateísmo, tais conceitos tem que ser emprestados da visão Teísta do mundo. Não só esta visão afirma que o Criador existe fora da esfera natural, como também defende que esta esfera deve a sua existência a Esse Mesmo Criador.

No ano de 2009 Shermer debateu Gregory Koukl, apologista cristão e co-autor do livro Relativism: Feet Firmly Planted in Midair. Koukl disse o seguinte em relação ao livro de 2004 de Shermer The Science of Good and Evil:

Já li a maior parte dele; está bem escrito e é muito persuasivo. No entanto este livro é uma descrição do quanto a ilusão da ética já está enraizada.....não se pode falar da moralidade como algo objectivo quando as explicações são subjectivas.4
Shermer "defendeu" a sua alegação de que os padrões morais podem existir à parte de Deus ao negar que a moralidade necessitasse de uma Referência Absoluta. Mas se as leis morais são invenções subjectivas, então qualquer pessoa pode dizer que este ou aquele acto não é pecado. O acto pode estar errado para alguns mas não para outros, mas no entanto Shermer assume a posição Teísta de que o certo e o errado são-no para todos e não só para alguns.

Conclusão:

Os cientistas vão continuar a cometer fraudes porque os cientistas são pessoas com falhas como o resto da humanidade. Semelhantemente, toda a humanidade - quer eles admitam a existência dO Criador ou não - vão continuar a reconhecer que a fraude está absolutamente errada uma vez que todos os seres humanos foram programados para a moralidade quando foram feitos à Imagem de Deus.5

Referências

  1. Shermer, M. 2010. When Scientists Sin. Scientific American. 303 (1): 34.
  2. Enserink, M. and D. Malakoff. 2003. The Trials of Thomas Butler. Science. 302 (5653): 2054-2063.
  3. Stevens, W. K. Scientist Accused of Faking Findings. The New York Times. Published April 23, 1989, accessed on nytimes.com June 28, 2010.
  4. Greg Koukl and Michael Shermer at the End of the Decade of the New Atheists. Hugh Hewitt radio show transcript. Posted on hughhewitt.com December 31, 2009, accessed June 28, 2010.
  5. Thomas, B. Baby Morality Defies Evolution. ICR News. Posted on icr.org May 26, 2010, accessed July 7, 2010.

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