quarta-feira, agosto 31, 2011

Os axiomas tipológicos e a imaginação de Darwin

O padrão empírico da natureza existente conforma-se de um modo notável com o modelo tipológico (vêr este postal). Os axiomas tipológicos básicos - que as classes são absolutamente distintas, que as classes possuem traços diagnósticos únicos e que esses traços diagnósticos estão presentes de um modo fundamentalmente invariante em todos os membros da classe - aplicam-se universalmente em toda a esfera da vida.

Consequentemente, a isolação das classes é invariavelmente absoluta e as transições para um traço característico [que nunca ocorreu] são normalmente abruptas e o fenómeno da descontinuidade encontra-se através de todo o reino dos seres vivos.

Mesmo se um certo número de espécies fossem reconhecidas pela biologia como intermédias, possuindo sistema de órgãos perfeitamente transicional no sentido requerido pela teoria da evolução, isto não seria suficiente para validar o modelo evolutivo da natureza.

Para refutar a tipologia e validar de um modo seguro as alegações evolutiva, seriam necessárias centenas ou mesmo milhares de diferentes espécies, todas intermédias em termos da sua biologia geral, fisiologia e anatomia dos seu sistema de órgãos.

De acordo com alguns evolucionistas, as bases filosóficas e ideológicas por trás do modelo tipológico (Criação Bíblica) podem ser alegações metafísicas descabidas, mas a verdade é que o padrão da biodiversidade ajusta-se de um modo perfeito com o modelo tipológico.

Devido a isto, é fácil de entender a resistência que Cuvier e Agassiz ofereceram às teorias evolutivas dos seus tempos. Aquilo que eles observavam no padrão da natureza estava de acordo com a sua interpretação anti-evolutiva dos dados.

A rejeição da evolução por parte dos grandes biólogos do século 19 não foi um recuar perante os dados empíricos; eles apenas e só não viam qualquer tipo de evidência para a ordem sequencial do padrão da natureza - e isto eles consideravam essencial antes de alguém sugerir o conceito da evolução orgânica a partir dos factos da biologia.

Nesta história toda, se havia alguém que rejeitava os dados, esse alguém era Darwin - o mesmo que admitiu não ter qualquer tipo de evidência empírica sólida para qualquer tipo de transformação evolutiva que ele postulava terem acontecido no passado.

Foi Darwin, o evolucionista, que admitiu numa carta a Asa Gray que "a imaginação tem que preencher as enormes falhas". (Darwin, C. (1858) numa carta a Asa Gray, 5 de Setembro de 1857, Zoologists, 16; 6297-99, ver p6299).


Modificado a partir do livro "Evolution: A Theory in Crisis", página 117.

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