segunda-feira, julho 18, 2011

"Cientistas" não sabem como a vida começou

Há vinte anos atrás John Horgan, escrevendo para o Scientific American, queria publicar um artigo com o título:

“Pssst! Não Digam Nada aos Criacionistas, mas os Cientistas Não Sabem como é que a Vida Começou”
O editor da altura não gostou do título e alterou-o. No entanto, Horgan esperou 20 anos e agora que o editor que não aprovou o seu título já não se encontra por lá, Horgan reutilizou o título para um artigo que ele escreveu em Fevereiro de 2001, duas décadas após a primeira tentativa.

O facto de Horgan poder acertadamente dizer que a comunidade científica não fazia ideia nenhuma há 20 anos como a vida tinha iniciado, e a situação se manter após duas décadas de pesquisa intensas, revela-nos muito sobre a mitologia da teoria da evolução e os cenários naturalistas para a origem da vida.

O motivo pelo qual os "cientistas não sabem como a vida teve início" é devido ao facto daqueles a quem Horgan identifica como "cientistas" eliminaram à priori a única opção viável para a origem da vida.

O que Horgan quer realmente dizer é que os cientistas que acreditam na teoria da evolução não conseguem fornecer qualquer cenário naturalista cientificamente sólido que explique o que torna a vida possível. Horgan erradamente equivale "cientistas" com "cientistas evolucionistas".

A verdade é que milhares de cientistas por todo o mundo sabem exactamente como a vida começou: Deus criou-a durante os seis dias da Semana da Criação. De facto, sites Cristãos como a Apologetics Press possuem vários cientistas qualificados que estudaram as evidências e sabem como a vida começou.

O dilema em que se encontram os "cientistas" evolucionistas surge devido à crença de que, segundo a evolução, a vida ter surgido espontaneamente a partir de químicos sem vida - e não há justificação naturalista para isto. Para defender a posição de que os "cientistas" não possuem a mínima pista, Horgan explicou que a ideia das moléculas de ADN formarem-se espontaneamente possui vários problemas:

O ADN não consegue fazer cópias de si mesmo, nem fazer proteínas catalíticas, sem a ajuda de proteínas catalíticas conhecidas por enzimas.

Isto transformou a origem da vida num clássico dilema ovo-ou-galinha: o que veio primeiro: proteínas ou o ADN?

Horgan ressalvou então que os cientistas que estudam a origem da vida postularam que o RNA pode ser a resposta para para o início da vida. No entanto ele concluiu:
O mundo RNA é tão insatisfatório que alguns cientistas frustrados estão a propôr especulações bem absurdas.
(Sim, porque propôr que a vida criou-se a si mesma não é absurdo!)

As ideias absurdas a que Horgan se refere são noções tais como a vida ter sido largada na Terra por extra-terrestres, ou a mesma ter-se originado a partir de micróbios provenientes do espaço que se "plantaram" na Terra.

Horgan correctamente observou que tais cenários só mudam o problema da origem da vida para o espaço. Se a vida não começou na Terra, como é que começou no espaço?

No seu parágrafo final, Horgan escreveu:

Sem dúvida que os criacionistas estão alegres com o facto das pesquisas em torno da origem da vida terem chegado a um impasse....mas eles não tem razões para estar.

As suas explicações sofrem da mesma falha: Quem criou o Criador Divino? Pelo menos os cientistas estão a levar a cabo um esforço honesto para resolver o mistério em vez de culparem Deus por tudo.

Horgan está correcto quando afirma que os cientistas (leia-se "cientistas evolucionistas") não fazem ideia nenhuma da forma como a vida começou. Ele está errado, no entanto, quando insiste que a ignorância evolutiva sobre a origem da vida está ao mesmo nível da alegada "ignorância" em torno das "origens" do Criador.

As pesquisas em torno da origem da vida não mostram apenas que os cenários naturalistas são improváveis; elas mostram que são sim impossíveis - a vida não se pode gerar espontaneamente a partir de químicos sem vida.

Dada esta situação, a única ideia verdadeiramente "científica" seria seguir as evidências onde quer que elas nos levem: para Um Criador Sobrenatural e Infinitamente Inteligente.

Anthony Flew, que durante décadas foi o líder filosófico do mundo ateu, chegou a essa conclusão:

A única explicação satisfatória para a origem da vida com um fim, e auto-replicante tal como vêmos na Terra é Uma Mente Infinitamente Inteligente.
○Fonte: Apologetics Press○

REFERENCIAS:

  • Flew, Antony and Roy Varghese (2007), There Is No God: How the World’s Most Notorious Atheist Changed His Mind (New York: HarperOne).

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