O Joaquim pôs aqui no blog os comentários do "moderador" do debate entre o Ludwig e o Jónatas.
Como sempre, há coisas na sua conclusão pró-darwinista que deixa algo a desejar, quer em termos de ciência, quer em termos de crença na Autoridade da Palavra do Criador, o Senhor Jesus Cristo.
O Alfredo diz:
Eu honestamente não sei que "cristianismo" é que o Alfredo tem em mente. Não deve ser o Cristianismo que está na Biblia, uma vez que a Bíblia diz que:
Como se isto não fosse suficiente, durante quase 2000 anos, a posição oficial e histórica da Igreja sobre o
Livro do Génesis está de acordo com aquilo que o criacionismo Bíblico diz.
Por exemplo, Calvino diz:
2. Deus criou em seis dias:
3. Adão e Eva são figuras históricas, e não alegóricas:
O que Calvino disse sobre a criação, a origem do pecado e o dilúvio pode ser visto neste site. O mesmo pode ser dito de Basil e de qualquer outro líder cristão durante os primeiros 19 séculos do cristianismo.
Aliás, Basil disse uma coisa que deveria fazer pensar todos aqueles que se chamam de "cristãos" mas estão debaixo do feitiço darwinista:
‘Avoid the nonsense of those arrogant philosophers who do not blush to liken their soul to that of a dog; who say that they have been formerly themselves women, shrubs, fish. Have they ever been fish? I do not know; but I do not fear to affirm that in their writings they show less sense than fish.’ (Homily VIII:2)
Impressionante como as palavras de Basil continuam tão actuais, principalmente se levarmos em conta o que a teoria da evolução diz sobre o imaginado passado aquático do homem. Parece que mitos ateus já andam a atacar a verdade há muito tempo.
Portanto, longe de estar contra o cristianismo, o criacionismo sempre foi a interpretação OFICIAL da igreja de Cristo. Só deixou de o ser quando alguns cristãos resolveram pôr os pensamentos dos homens acima da Palavra de Deus.
Foi aí que se começou a imaginar que o mundo tem milhões de anos, e a RE-imaginar que as formas de vida criaram-se a si próprias.
A interpretação do Alfredo é a novidade. A posição dos cristãos criacionistas é a histórica.
A "critica textual", não só ignora o contexto, a lógica interna, e o propósito, mas vai contra as regras gramaticais do hebraico. Aqueles que sabem hebraico dizem que o texto de Génesis é escrito em forma de narrativa histórica:
‘… probably, so far as I know, there is no professor of Hebrew or Old Testament at any world-class university who does not believe that the writer(s) of Genesis 1–11 intended to convey to their readers the ideas that:
- creation took place in a series of six days which were the same as the days of 24 hours we now experience
- the figures contained in the Genesis genealogies provided by simple addition a chronology from the beginning of the world up to later stages in the biblical story
- Noah’s flood was understood to be world-wide and extinguish all human and animal life except for those in the ark.’ James Barr, Oriel Professor of the interpretation of the Holy Scripture, Oxford University, England, in a letter to David C.C. Watson, 23 April 1984.
O texto do Génesis quer apenas dizer que Deus é a explicação última de todas as coisas, e pretende também resolver o enigma do sofrimento e da morte.
Se isso fosse a intenção do Livro de Génesis, então bastava dizer "No princípio, criou Deus todas as coisas, e a morte entrou no mundo graças ao pecado do homem". Ponto final. Não era preciso Deus alongar-Se por 1 capítulo com mais de 30 versículos só para dizer que Ele é o Criador.
Não. A razão (ou uma das razões) pela qual o Criador deixou-nos a correcta ordem da criação, incluindo a duração da criação é porque Ele sabia que isso haveria de ser importante. Graças ao relato Histórico da Bíblia, nós podemops saber Quem é o Criador, mas também como é que Ele criou, quanto tempo demorou, a razão do pecado, e muitas outras coisas.
Deus deu-Se ao trabalho de relatar a criação porque ela é fundamental para a teologia cristão.
A argumentação criacionista apresenta-nos um deus inacreditável,exterior ao universo e que se revela mais por certos acontecimentos inexplicáveis porque complexos, do que pela totalidade do universo.
A teoria da evolução revela um "deus" que precisa de tentar várias vezes até as coisas sairem bem. Além disso, revela um "deus" cruel, que deixa milhões de animais morrerem durante o processo evolutivo e não faz absolutamente nada por isso. Quem é que quer adorar um "deus" assim? Quem é que quer adorar um "deus" criou um mundo onde havia morte, doenças, e derramamento de sangue desde o princípio? Que "deus" é esse que precisa de morte e eliminação dos mais fracos para criar algo novo? Os próprios darwinistas apercebem-se disso:
"What kind of God can one infer from the sort of phenomena epitomized by the species on Darwin's Galapagos Islands? The evolutionary process is rife with happenstance, contingency, incredible waste, death, pain and horror.... The God of the Galapagos is careless, wasteful, indifferent, almost diabolical. He is certainly not the sort of God to whom anyone would be inclined to pray." (David Hull)
O Meu Deus, o Deus que criou todas as coisas, fez as coisas BEM Á PRIMEIRA. Ele não precisou de "tentativas" para criar nada do que foi criado. Ele falou, e as coisas apareceram:
Ou seja, o Deus de Israel, o Deus Verdadeiro, não precisa de tentativas. Ele fala, e as coisas acontecem. O "deus" da evolução é um "deus" cruel e fraco.
Sim, é inacreditável que Alguém seja capaz de criar a partir do nada. É impressionante que Alguém seja capaz de criar um universo tão vasto e tão elegante como o que nõs temos. Mas o facto de a nossa mente limitada não entender o Deus infinito não nos dá legitimada para deturpar as Suas Palavras. O Alfredo foi pela via mais fácil. Como ele não entende (ou não quer entender) o que Deus diz, então segue no erro dos homens, e as suas filosofias pagãs.
Se Deus existe e é o criador do universo, então Ele é tão identificável nas estruturas complexas como nas simples. Definitivamente, não necessitamos de um deus que é interessante sobretudo porque vem de vez em quando tapar os buracos da nossa ignorância, até que a ciência acabe por tapar esses buracos, dispensando esse deus.
Felizmente, o Deus da Bíblia não é o "deus das falhas". Quando os criacionistas invocam a Deus como a única explicação lógica para a origem das formas biológicas, eles suportam essa crença na Palavra de Deus, que nunca falha, e nas evidências científicas. A ciência, quando propriamente interpretada, confirma a Criação, e refuta o mito da evolução. Portanto longe de ser o "deus das falhas", o Deus da Biblia é o Deus de TODO o processo.
Nada na biologia faz sentido a não ser à luz da criação.
O criacionismo não tenta "vencer a ciência", mas sim mostrar que a ciência está de acordo com a criação, e em total desarcodo com o mito darwinista.
Por exemplo: facto de um fóssil ter sido erradamente identificado como sendo de um hominídeo, acabando por se revelar ser de um burro, em nada contradiz as teses evolucionistas.
Não, mas o facto de a teoria da evolução ter tantos fósseis que tiveram que ser "redatados" e/ou reclassificados não abona a favor da teoria. A teoria da evolução não está errada porque os darwinistas mentiram ao público por causa do "Piltdown Man".
A teoria está errada porque não foram oferecidas evidências que confirmem o mecanismo, nem foram oferecidas evidências que confirmem a descendência comum. Os fósseis que os darwinistas usam como evidência para evolução HOJE são postos em causa POR OUTROS darwinistas. Ou seja, eles nem se quer estão de acordo sobre eles, mas mostram uma face unida ao público como se estivesse tudo resolvido.
Não há nada nos "progressos da hermenêutica" do século XIX (1900 anos depois dos textos terem sido escritos!) que anule as palavras claras do Novo Testamento. O Senhor Jesus Cristo, e os Apostolos fazim uma leitura contextual do Livro do Genesis e, por incrível que pareça, acreditavam nas mesmas coisa que os criacionsitas acrteditam hoje.
O que o Alfredo sugere é que nós abandonemos a consistência interna da Bíblia, a história do Cristianismo, o contexto das palavras, e as leis da gramática hebraica, e que adoptemos filosofias lançadas (e desacreditadas) ao ar por filósofos alemães, sem o mínimo de conhecimeno da cultura, da história ou da lingua.
É preciso muita fé para isso, e eu não tenho. Prefiro acreditar naquilo que Moisés (o escritor/editor do Livro do Génesis), os Profetas, o Senhor Jesus, os Apóstolos e os cristãos durante a História acreditavam.
A argumentação criacionista corresponde a um estado de alta ansiedade porque se recusa a enfrentar o facto de que a narração cristã tradicional sobre a origem do universo e da vida não poderá continuar a ignorar os progressos da ciência e necessita, por conseguinte, de ser substituído por uma nova narração que seja credível e compreensível pela cultura contemporânea.
Uma pergunta para o Alfredo: a ciência diz que mortos não retornam à vida, mas o Senhor Jesus Cristo obviamente ressuscitou. Quem é que está certo? A "ciência" ou a Biblia?
Conclusão:
A resposta do Alfredo é a típica dos liberais. Não tem aliança nenhuma com a Bíblia, mas chamam-se de "cristãos". Não são nem frios nem quentes, tal como a igreja de Laodiceia (Rev 3:14-16). Por fora, tem a forma de cristãos, mas negam o poder de Deus (2 Timóteo 3:5). Juntam-se na roda dos escarnecedores da Bíblia, e não têm problemas em dizer que a Bíblia tem que ser "actualizada". Nunca lhes passa pela cabeça que se calhar *eles* é que têm que ser "actualizados".
Talvez seja o tempo do Alfredo rever as suas alianças....
2 comentários:
Caro Mats,
Parabéns! Sua aliança e compromisso com a Bíblia, demonstrados mais uma vez nesse post, servem de inspiração para todo cristão. Que Deus continue iluminando sua mente com a verdade incontaminada que exsurge da Palavra dEle. Um abraço fraterno! Darjo
Obrigado.
Deus abençoe.
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